‘Cenário alternativo’ do BC para a inflação gera mais ruídos que acertos, diz gestor
Para CEO e gestor da Parcitas Investimentos, Marcelo Ferman, cenário alternativo do BC é uma aposta arriscada que ele não faria.

A adoção de um 'cenário alternativo' para as projeções de inflação do Banco Central (BC) gerou inquietação no mercado financeiro. Devido à volatilidade provocada pela guerra na Ucrânia, o BC apresentou nesta quarta-feira (16), junto com o aumento da Selic, um pano de fundo hipotético no qual ele trabalha com o preço do barril de petróleo a US$ 100 ao final de 2022.
Nesse cenário, o BC acredita que a inflação acumulada ao longo de 2022 ficará em 6,3%, passando a 3,1% no ano seguinte. No entanto, esses números diferem em muito do cenário de referência do BC - que considera as premissas do Relatório Focus -, no qual o IPCA deste ano ficará em 7,1% e desacelerará para 3,4% em 2023.
A novidade desagradou Marcelo Ferman, CEO e gestor da Parcitas Investimentos. Em entrevista ao Seu Dinheiro logo após a divulgação (atrasada) do Comitê de Política Monetária (Copom), Ferman avaliou que o BC fez uma aposta de risco que ele próprio não faria ao traçar esse cenário alternativo. Confira os principais pontos da conversa com o doutor em política monetária:
De maneira geral, a decisão do BC foi em linha com o que você esperava?
O contexto geral é de inflação surpreendendo para cima consistentemente, mas isso vinha acontecendo independentemente da guerra na Ucrânia. Acredito que o momento exige cautela e não deve ser feito nenhum movimento brusco. Dessa forma, acho que o BC tinha que ser severo, hawkish (favorável ao aumento de juros) no que dá para ser no curto prazo e evitar falar muito sobre o futuro. O aumento de 1 p. p. não acho ruim. Se o BC subisse 1 p.p. hoje, sinalizasse mais 1 p.p. para a próxima reunião e fizesse um comunicado mais aberto sobre o futuro, num tom de 'vamos ver', acharia melhor. Mas quando ele tira esse 'cenário alternativo' da cartola, acho que cria mais ruídos do que acertos.
Em que sentido?
Acho ruim usar um momento de muita volatilidade para mudar a âncora do mercado de lugar. Era melhor ter escolhido um momento mais calmo para passar a adotar o preço do petróleo de acordo com a curva futura de petróleo. Afinal, mesmo com sinais de arrefecimento da guerra, o pano de fundo ainda é de um petróleo pressionado. A commodity está em falta e a demanda muito forte. O BC está fazendo uma aposta que eu não faria.
Como estão suas previsões para os próximos movimentos do Copom?
O BC sinalizou um outro ajuste de mesma magnitude na reunião de maio, mas acredito que, no final das contas, a inflação deve continuar pressionando e o BC terá de fazer um pouco mais. Trabalhamos com a Selic a 13,25% no final do ano, ou seja, um aumento de 1 p.p. em maio e outro de 0,5 p.p. em junho.
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Nesse cenário, que investimentos podemos ver como mais adequados?
A gente ainda aposta que a política monetária do BC tem que ser muito apertada, pois o fenômeno inflacionário está muito ruim. Em geral, a gente tem feito posições que se beneficiam do ambiente de inflação mais alta, de BC mais hawkish etc. Mas com esse comunicado, essas posições vão sofrer um pouco. Porém, o pano de fundo ainda é muito ruim e essas posições continuam a ser boas nesse contexto. A gente tem posição vendida em dólar e vendida em bolsa. E quando chegar o momento em que, efetivamente, a inflação deve começar a cair, tem que ir no Tesouro Direto e apostar que as taxas de juros vão cair e comprar LTNs. Mas acho que ainda não é a hora.
Além do BC, o Fed também subiu os juros nesta Super Quarta. Quais foram as suas impressões?
O Fed foi perfeito. Foi relativamente hawkish e acho que se tornou muito mais próximo da realidade que o momento exige. O Fed está tentando caminhar num espaço onde ele consegue ser hawkish sem descarregar demais no crescimento econômico e na recuperação pós-Covid que ainda está acontecendo. Tenho esperança de que ele consiga um balanço no qual ele sobe os juros e faz frente ao problema inflacionário, sem que a atividade tenha grandes quedas.
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