Uma das métricas usadas para medir o preço à vista do bitcoin (BTC) ficou bem atrás da curva durante a pior fase do mercado. O método stock-to-flow (S2F) errou o preço da maior criptomoeda do mundo em nada menos que US$ 89 mil: enquanto o indicador esperava cotações na casa dos US$ 109 mil, segundo o Coin Market Cap indica valores de US$ 20.100.
O S2F não leva em conta um fator que pesou no BTC no primeiro semestre de 2022: o cenário macroeconômico. Ainda, a métrica não é um preço escrito em pedra — serve como um bom balizador, mas nada muito além disso.
E as criptomoedas não possuem um “valor justo” (fair value, no jargão do mercado), como explica José Arthur Ribeiro, CEO da corretora de criptomoedas Coinext e entrevistado desta semana do Papo Cripto.
“Se me perguntarem se o bitcoin está abaixo do preço que pregam seus fundamentos, eu certamente direi que sim”, comenta. Ainda que não exista um “valor justo” para o bitcoin, o presidente da corretora afirma que o BTC poderia estar em uma faixa de preço entre US$ 40 mil a US$ 45 mil.
Os fundamentos não se alteraram: o bitcoin continua sendo um ativo escasso e a forma de troca pessoa a pessoa (peer-to-peer) mais antiga e sólida do planeta — e ainda tem muito espaço para crescer muito mais.
Não deixe de conferir o último Papo Cripto com José Arthur Ribeiro, CEO da corretora de criptomoedas Coinext e entrevistado desta semana do Papo Cripto.
Exchange não é carteira de bitcoin
É comum que os investidores procurem a maior praticidade possível na hora de investir. Deixar o dinheiro em uma exchange é o mais fácil — mas definitivamente, é o menos recomendado.
“Exchange não é carteira de criptomoedas. Se não são as suas chaves, não é o seu dinheiro”, afirma José Arthur, repetindo uma das máximas mais populares do mundo cripto. Ele relembra o caso da Binance, que congelou saques e depósitos em reais recentemente após o fim da parceria com o Capitual.
Nas corretoras regularizadas, seus ativos estão sujeitos às legislações impostas às empresas por meio de instituições regulatórias — no caso das exchanges, esse órgão é o Banco Central.
“Os criptoativos são a possibilidade de você ser seu próprio banco, e isso demanda um pouco de estudo. Na nossa área de educação da Coinext, o material mais acessado é ‘como criar sua própria wallet’, logo depois de ‘o que é bitcoin’”, afirma.
José Arthur Ribeiro, CEO da corretora de criptomoedas Coinext e entrevistado desta semana do Papo Cripto, ainda responde a pergunta do próximo milhão e diz seus projetos preferidos para o universo das moedas digitais, metaverso, NFTs e DeFis. Dê o play!