Uma semana após o aperto de mãos, a parceria de trilhões entre a gestora BlackRock e a exchange (corretora) de criptomoedas Coinbase já deu os seus primeiros frutos.
A gestora de investimentos lançou nesta quinta-feira (11) um fundo privado de bitcoin (BTC). Em outras palavras, a empresa vai oferecer investimentos da moeda digital para seus clientes institucionais nos EUA.
O fundo, o primeiro com exposição direta à criptomoeda, vai acompanhar o preço do bitcoin no mercado à vista, descontados as despesas e os passivos do fundo. O anúncio ajudou o BTC a subir cerca de 4% e se aproximar dos US$ 25 mil nas máximas do dia.
“Apesar da forte desaceleração no mercado de ativos digitais, ainda estamos vendo um interesse substancial de alguns clientes institucionais em como acessar esses ativos de forma eficiente e econômica usando nossa tecnologia e recursos de produtos”, afirmou a BlackRock, em comunicado.
Vale ressaltar que as criptomoedas em geral acumulam forte queda no ano em razão da inflação norte-americana e a possibilidade de recessão global. No caso do bitcoin, a moeda digital já derreteu cerca de 50% desde o começo de 2022.
Por fim, as ações da BlackRock registram alta de 0,68%, negociadas a US$ 730,15, às 15h35 (horário de Brasília). A gestora está listada na Bolsa de Nova York (NYSE) com o ticker BLK.
Parceria entre a BlackRock e Coinbase
A parceria entre a Coinbase, a segunda maior corretora de criptomoedas do mundo, e a gestora BlackRock — que tem mais de US$ 10 trilhões de ativos — foi firmada no último dia 4.
Os clientes terão acesso a ativos criptográficos por meio da plataforma Aladdin, segmento da Coinbase Premium, segundo comunicado.
Por enquanto, a parceria permitirá apenas acesso ao bitcoin, mas nada impede que outras criptomoedas passem a ficar disponíveis.
Naturalmente, empresas entram no mercado cripto pelo BTC por se tratar da maior e mais antiga moeda digital do mundo — e a mais segura dentro de um segmento tão volátil de investimentos.
No dia do anúncio da parceria, as ações da Coinbase, listada em Nasdaq, dispararam 22%, mas reduziram a alta em meio ao cenário ainda desfavorável para as criptomoedas.
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*Com informações de CoinMaketCap e The Block