A semana começou positiva para as criptomoedas e todos esperavam que os últimos dias seriam de tranquilidade nas cotações. Mas o preço do bitcoin (BTC) despencou quase 10% nos últimos sete dias — boa parte dessas perdas foi nesta sexta-feira (19).
Tudo aconteceu por causa da criptomoeda da corretora (exchange) Huobi, a chamada HUSD. Essa stablecoin não conseguiu acompanhar as liquidações massivas dos últimos dias e perdeu sua equivalência com o dólar norte-americano — no jargão do mercado, o chamado peg.
Apesar de ser uma criptomoeda menor, o histórico da Terra (LUNA) ainda está presente na memória dos investidores, o que ajudou a pressionar as cotações das maiores moedas do mundo.
Confira o desempenho das dez maiores criptomoedas do mundo hoje:
| # | Nome | Preço | 24h % | 7d % |
| 1 | Bitcoin (BTC) | US$ 21.382,38 | -8,31% | -11,58% |
| 2 | Ethereum (ETH) | US$ 1.700,13 | -8,87% | -11,22% |
| 3 | Tether (USDT) | US$ 1,00 | -0,01% | -0,03% |
| 4 | USD Coin (USDC) | US$ 1,00 | -0,01% | -0,01% |
| 5 | BNB (BNB) | US$ 285,92 | -5,65% | -11,86% |
| 6 | Binance USD (BUSD) | US$ 1,00 | 0,00% | -0,02% |
| 7 | XRP (XRP) | US$ 0,3389 | -9,80% | -9,52% |
| 8 | Cardano (ADA) | US$ 0,4662 | -11,68% | -12,81% |
| 9 | Solana (SOL) | US$ 37,13 | -8,56% | -14,70% |
| 10 | Dogecoin (DOGE) | US$ 0,7064 | -10,90% | -0,47% |
ETFs de bitcoin e criptomoedas da bolsa brasileira
| Ticker | Gestora | Preço | Variação (24h%) | Variação (7d%) |
| HASH11 | Hashdex | R$ 20,41 | -8,88% | -9,49% |
| ETHE11 | Hashdex | R$ 26,15 | -8,25% | -10,41% |
| BITH11 | Hashdex | R$ 26,32 | -8,77% | -10,29% |
| DEFI11 | Hashdex | R$ 22,71 | -11,43% | -17,51% |
| WEB311 | Hashdex | R$ 20,30 | -11,00% | -12,88% |
| META11 | Hashdex | R$ 46,86 | -6,41% | -8,12% |
| QBTC11 | QR Capital | R$ 6,97 | -8,05% | -10,76% |
| QETH11 | QR Capital | R$ 6,40 | -9,22% | -9,73% |
| QDFI11 | QR Capital | R$ 4,25 | -9,96% | -19,51% |
| NFTS11 | Investo | R$ 31,99 | 1,07% | -7,41% |
| CRPT11 | Vítreo | R$ 5,81 | -2,84% | -5,53% |
Adentrando a caverna do dragão
Diferentemente dos últimos dias, o noticiário de indicadores promete ser mais agitado na próxima semana. Na sexta-feira (26), serão publicados os números de inflação preferidos do Federal Reserve, o índice de gastos com consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês).
Depois dos números “mornos” do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) registrarem estabilidade na semana passada, os investidores já não estão tão otimistas com o PCE.
Isso porque o Fed já decidiu manter o aperto monetário para conter a inflação. Em outras palavras, o ciclo de alta dos juros deve continuar independentemente do PCE vir abaixo do esperado.
De olho no relógio
Mas o mais importante é olhar além disso. Afinal, se a inflação ceder frente a postura mais agressiva (hawkish, no jargão do mercado) do Banco Central americano, o aperto pode durar menos.
No fim das contas, os representantes do Fed continuarão usando os números de inflação, atividade econômica e emprego para decidir sobre a política monetária.
Por falar em atividade econômica, na quinta-feira (25) haverá a divulgação dos novos números do PIB do segundo trimestre.
A previsão é de que o indicador avance 0,5% na revisão dos dados, o que retiraria os EUA de uma recessão técnica — quando o PIB cai por dois trimestres consecutivos.
Até lá, os investidores devem adotar uma posição mais defensiva para os ativos de risco, o que deve manter as cotações lateralizadas nos próximos dias.
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