Tempo de ajustes: O que as empresas estão fazendo para sobreviver aos maus lençóis da economia dos EUA
Estamos vivenciando o “adjusting time”, quem quiser sobreviver terá que rever tarefas e processos, com um impacto direto no comportamento do consumidor e no mercado de trabalho
Caro leitor,
As notícias e os dados divulgados recentemente servem como ponto de atenção do que podemos vivenciar nos próximos meses, quiçá anos.
Não foram poucos os CEOs de grandes multinacionais que levantaram a lebre de que a economia americana estaria em maus lençóis, o que ensejaria um ajuste em suas operações.
Se antes muitas companhias focavam no conceito de “just in time” para suas operações, a fala desses executivos me fizeram pensar que estamos vivenciando o “adjusting time”.
Quem quiser sobreviver terá que rever tarefas e processos, com um impacto direto no comportamento do consumidor, no mercado de trabalho, nas cadeias de suprimentos e muito mais.
Elon Musk
Elon Musk, o dono da Tesla e da SpaceX – e que está pensando a respeito se ainda vale arrumar mais um “problema” com a aquisição do Twitter – pontuou recentemente sua preocupação com a situação da economia global e solicitou a pausa na contratação de novos funcionários para sua montadora.
Leia Também
Flávio Day: veja dicas para proteger seu patrimônio com contratos de opções e escolhas de boas ações
Além disso, ele também falou da possibilidade de reduzir em até 10% o quadro atual de funcionários da companhia. Apenas para ter uma noção da magnitude dessa decisão, ao final de 2021 a Tesla tinha cerca de 100 mil funcionários na sua folha de pagamento.
Jamie Dimon, CEO do JP Morgan
Sem falar no possível “furacão” que a economia mundial pode ter que atravessar, nas palavras de Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase, maior banco em ativos dos EUA.
Tanto que o executivo reforçou que a instituição será muito conservadora na gestão do seu balanço para passar por esse momento.
E um dos motivos que têm alicerçado essa preocupação é o forte aumento nos juros de longo prazo nos Estados Unidos, que já voltaram para perto dos 3%. Muitas empresas que eram viáveis em um mundo com baixo custo de capital já não são apostas tão óbvias assim.
- ESTÁ GOSTANDO DESTE CONTEÚDO? Tenha acesso a ideias de investimento para sair do lugar comum, multiplicar e proteger o patrimônio.
O mercado imobiliário
E isso não fica restrito ao mundo dessas empresas tidas como disruptoras em um passado recente – que, em alguns casos, já veem os preços de suas ações em níveis menores do que no auge da crise ocasionada pela pandemia em 2020, quando a incerteza imperava e os “circuit-breakers” eram corriqueiros.
O mercado imobiliário é outro em que a alta nos juros fica cada vez mais evidente, dificultando a vida de quem pensava em adquirir um imóvel: o custo de uma hipoteca nos EUA ficou 67% mais caro para um mesmo imóvel em relação a seis meses atrás.
Dessa maneira, a viabilidade de aquisição de uma casa na Terra do Tio Sam está em níveis próximos àqueles observados no auge da crise do subprime, um dos motivos da crise financeira de 2008.
Vem recessão por aí?
E os indicadores econômicos já apontam para a possibilidade de uma recessão nos próximos trimestres.
Segundo o GDPNow, ferramenta elaborada pelo Federal Reserve de Atlanta que busca fazer uma estimativa em tempo real do PIB americano – já que o número trimestral é divulgado somente um mês depois do encerramento do período –, a expectativa é de que a economia cresça apenas 0,9% no 2T22. Uma semana atrás, o crescimento esperado era de 1,3%.
Sem esquecer que no primeiro trimestre a economia já apresentou uma retração de 1,5% (ainda que o número tenha sido por uma questão relacionada aos estoques). Mas isso já demonstra que os dias atuais ensejam um pouco mais de cautela.
Investimentos e cautela
E isso deve ser levado em conta quando o assunto é investimentos.
Em momentos como este, um maior cuidado com a carteira é extremamente necessário.
Rever posições de risco que te deixam desconfortável e ter um volume robusto em caixa são essenciais para que você possa passar por esses períodos, se não com tranquilidade, com um menor nível de preocupação.
Um abraço,
Enzo Pacheco
A mensagem do Copom para a Selic, juros nos EUA, eleições no Brasil e o que mexe com seu bolso hoje
Investidores e analistas vão avaliar cada vírgula do comunicado do Banco Central para buscar pistas sobre o caminho da taxa básica de juros no ano que vem
Os testes da família Bolsonaro, o sonho de consumo do Magalu (MGLU3), e o que move a bolsa hoje
Veja por que a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência derrubou os mercados; Magazine Luiza inaugura megaloja para turbinar suas receitas
O suposto balão de ensaio do clã Bolsonaro que furou o mercado: como fica o cenário eleitoral agora?
Ainda que o processo eleitoral esteja longe de qualquer definição, a reação ao anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro deixou claro que o caminho até 2026 tende a ser marcado por tensão e volatilidade
Felipe Miranda: Os últimos passos de um homem — ou, compre na fraqueza
A reação do mercado à possível candidatura de Flávio Bolsonaro reacende memórias do Joesley Day, mas há oportunidade
Bolha nas ações de IA, app da B3, e definições de juros: veja o que você precisa saber para investir hoje
Veja o que especialista de gestora com mais de US$ 1,5 trilhão em ativos diz sobre a alta das ações de tecnologia e qual é o impacto para o mercado brasileiro. Acompanhe também a agenda da semana
É o fim da pirâmide corporativa? Como a IA muda a base do trabalho, ameaça os cargos de entrada e reescreve a carreira
As ofertas de emprego para posições de entrada tiveram fortes quedas desde 2024 em razão da adoção da IA. Como os novos trabalhadores vão aprender?
As dicas para quem quer receber dividendos de Natal, e por que Gerdau (GGBR4) e Direcional (DIRR3) são boas apostas
O que o investidor deve olhar antes de investir em uma empresa de olho dos proventos, segundo o colunista do Seu Dinheiro
Tsunami de dividendos extraordinários: como a taxação abre uma janela rara para os amantes de proventos
Ainda que a antecipação seja muito vantajosa em algumas circunstâncias, é preciso analisar caso a caso e não se animar com qualquer anúncio de dividendo extraordinário
Quais são os FIIs campeões de dezembro, divulgação do PIB e da balança comercial e o que mais o mercado espera para hoje
Sete FIIs disputam a liderança no mês de dezembro; veja o que mais você precisa saber hoje antes de investir
Copel (CPLE3) é a ação do mês, Ibovespa bate novo recorde, e o que mais movimenta os mercados hoje
Empresa de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, a Copel é a favorita para investir em dezembro. Veja o que mais você precisa saber sobre os mercados hoje
Mais empresas no nó do Master e Vorcaro, a escolha do Fed e o que move as bolsas hoje
Titan Capital surge como peça-chave no emaranhado de negócios de Daniel Vorcaro, envolvendo mais de 30 empresas; qual o risco da perda da independência do Fed, e o que mais o investidor precisa saber hoje
A sucessão no Fed: o risco silencioso por trás da queda dos juros
A simples possibilidade de mudança no comando do BC dos EUA já começou a mexer na curva de juros, refletindo a percepção de que o “jogo” da política monetária em 2026 será bem diferente do atual
Tony Volpon: Bolhas não acabam assim
Wall Street vivencia hoje uma bolha especulativa no mercado de ações? Entenda o que está acontecendo nas bolsas norte-americanas, e o que a inteligência artificial tem a ver com isso
As lições da Black Friday para o universo dos fundos imobiliários e uma indicação de FII que realmente vale a pena agora
Descontos na bolsa, retorno com dividendos elevados, movimentos de consolidação: que tipo de investimento realmente compensa na Black Friday dos FIIs?
Os futuros dividendos da Estapar (ALPK3), o plano da Petrobras (PETR3), as falas de Galípolo e o que mais move o mercado
Com mudanças contábeis, Estapar antecipa pagamentos de dividendos. Petrobras divulga seu plano estratégico, e presidente do BC se mantém duro em sua política de juros
Jogada de mestre: proposta da Estapar (ALPK3) reduz a espera por dividendos em até 8 anos, ações disparam e esse pode ser só o começo
A companhia possui um prejuízo acumulado bilionário e precisaria de mais 8 anos para conseguir zerar esse saldo para distribuir dividendos. Essa espera, porém, pode cair drasticamente se duas propostas forem aprovadas na AGE de dezembro.
A decisão de Natal do Fed, os títulos incentivados e o que mais move o mercado hoje
Veja qual o impacto da decisão de dezembro do banco central dos EUA para os mercados brasileiros e o que deve acontecer com as debêntures incentivadas, isentas de IR
Corte de juros em dezembro? O Fed diz talvez, o mercado jura que sim
Embora a maioria do mercado espere um corte de 25 pontos-base, as declarações do Fed revelam divisão interna: há quem considere a inflação o maior risco e há quem veja a fragilidade do mercado de trabalho como a principal preocupação
Rodolfo Amstalden: O mercado realmente subestima a Selic?
Dentro do arcabouço de metas de inflação, nosso Bacen dá mais cavalos de pau do que a média global. E o custo de se voltar atrás para um formulador de política monetária é quase que proibitivo. Logo, faz sentido para o mercado cobrar um seguro diante de viradas possíveis.
As projeções para a economia em 2026, inflação no Brasil e o que mais move os mercados hoje
Seu Dinheiro mostra as projeções do Itaú para os juros, inflação e dólar para 2026; veja o que você precisa saber sobre a bolsa hoje