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Reter os melhores talentos ou virar uma “fábrica de CEOs”? O que o RH está discutindo sobre tendências de carreira para 2023

Mudar é parte fundamental para crescer na carreira. A cada passo, novas necessidades de aprendizagem surgem.

Thiago Veras
Thiago Veras
20 de novembro de 2022
7:11 - atualizado às 21:03
trabalho felicidade carreira
Imagem: Shutterstock

Na última semana de outubro estive no Talent Connect, em Los Angeles, um evento fechado organizado anualmente pelo LinkedIn, cuja agenda neste ano focou principalmente em discutir o futuro do trabalho. 

Tendo em vista que o próximo ano se aproxima e este costuma ser um período em que começamos a estabelecer metas para o ano subsequente, decidi preparar um conteúdo com o que mais me marcou durante a participação no evento. Espero que os insights e ideias contribuam para o seu planejamento de carreira.

Como eixo principal, o evento trouxe a discussão sobre o Futuro do Trabalho, com desdobramento em alguns temas satélites:

  • Cultivo de uma cultura centrada nas pessoas;
  • Fomento ao crescimento das carreiras das pessoas;
  • Promoção e foco em diversidade, equidade e inclusão.

De todos os paineis que pude participar, um em especial parece ter endereçado boa parte desses temas e tem reverberado muito em mim. O painel foi conduzido por Caroline Wenga, CEO da Essence Communications e intitulado como "Só porque eles fazem do seu tamanho não significa que se encaixa: a arquitetura da cultura que alimenta a inovação e o crescimento".

Wenga foi diretora de cultura, diversidade e inclusão da Target antes de ingressar na Essence em 2020. No painel, ela abordou o tema de inclusão, enfatizando que para uma empresa ser inclusiva, todos devem se sentir integrados e as pessoas precisam aprender a conviver apesar de suas diferenças.

Ela falou também sobre autenticidade, defendendo que este é um valor que precisa ser vivido, dado que a nossa melhor versão surge quando podemos ser genuinamente autênticos. Para sintetizar esse momento do painel, uma frase da palestrante:

"Quem você é não é negociável".

E finaliza sua fala sobre autenticidade, defendendo que se você se recusar a ir a algum lugar onde eles não permitirão que você seja autêntico e contribua com o que você tem a oferecer, eles começarão a abrir espaço para você. As empresas não querem perder.

Retenção ou referência em formação?

Embora esses dois tópicos já estivessem provocando no público diversas reflexões, a CEO da Essence, com toda sua autenticidade (recomendo um rápido google nas redes sociais de Wenga para entender do que estou falando), adentrou no tópico ao qual me referencio no título dessa coluna: focar na retenção ou tornar-se uma referência em formação e desenvolvimento de lideranças?

Wenga defende que as empresas deveriam parar de se preocupar com retenção e se tornarem academias de liderança – o que ela chama de “fábricas de CEOs”. Um dos maiores méritos que uma empresa poderia ter é ser reconhecida por ser formadora de talentos. Por quê? Você deve estar se perguntando.

“Você terá uma academia de líderes que é a melhor da categoria”, disse ela, "e todos vão querer ir para lá. E você se tornará o lugar que forma pessoas que mudam o mundo".

Concentre-se em deixar as pessoas saberem “quem elas são é quem elas são”, afirma Wenga, e isso preparará o terreno para que sua organização se torne muito mais do que um negócio de sucesso.

Mudança de carreira

"E o que tudo isso pode ajudar na minha própria carreira, Veras?"

Quando as pessoas me procuram para saber se é o momento ideal para fazer uma mudança de carreira — seja de empresa, emprego, profissão ou função atual, eu sempre faço duas perguntas para começar a conversa.

1 - O que você quer aprender com o seu próximo passo?

Às vezes estamos tão concentrados em apenas um aspecto da mudança, como um aumento de salário, por exemplo, que nos esquecemos de outros pilares importantes como o da aprendizagem, que poderia ter peso relevante em uma carreira no longo prazo.

Então, se você está pensando nesse momento sobre quais metas de carreira você gostaria de estabelecer para 2023, convido a refletir sobre o que você quer aprender para continuar crescendo e se desenvolvendo profissionalmente. Inverta a lógica de começar a partir do fim. Em vez de pensar somente em uma promoção, experimente aprofundar sobre as competências e experiências que você poderia ter para chegar lá.

Nesse tipo de reflexão, chegamos a decisões que nem sempre precisam vir com grandes rupturas. Com muita frequência, um ajuste de lentes sobre o que queremos aprender pode gerar possibilidades de achados interessantes onde já estamos no presente.

E é aqui que me conecto ao pensamento de Wenga, propondo que você faça escolhas também pela premissa do que quer aprender, assim todos os lugares têm potencial para se tornar uma fábrica de CEOs para você.

2 - Para aprender o que você quer aprender, quais tipos de mudança você precisa fazer?

Wenga em uma de suas falas no painel:

“Se você não pode ser quem você é onde está, você muda onde está, não quem você é”.

Embora a interpretação dessa fase tenha gerado em mim sentimentos mistos, me apegarei a uma reflexão que tive ao ler: devemos nos tornar um agente de mudanças para a vida que queremos ter.

Portanto, respeitando seus valores e com clareza de onde se quer chegar, quais espaços e funções lhe darão a chance de aprender o que você deseja.

Diante do seu caderno, bloco de notas ou excel com as metas do próximo ano, reflita: o que preciso mudar para aprender tudo o que listei na pergunta anterior. Mudança de empresa? De cargo? De área? De país? De hábitos? De métodos?

Seja curioso nessa investigação. Mudar é parte fundamental para crescer na carreira. A cada passo, novas necessidades de aprendizagem surgem. Automaticamente pensamos no que precisamos aprender e esquecemos sobre o que precisamos mudar.

Então, meu convite é que você inclua uma nova categoria em seu planejamento para o próximo ano: o que preciso mudar. Combinado?

Um abraço e nos vemos em dezembro.

Thiago Veras

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