Ibovespa segue ignorando tensão, Nubank volta a registrar prejuízo e Eletrobras mais perto da privatização; confira os destaques do dia
O Ibovespa fechou a sessão em alta de 1,04%, aos 112.892 pontos. O dólar à vista recuou 1,08%, a R$ 5,0521
Simples, porém engenhoso, o jogo “jenga” é um clássico de festas de família ou encontros de amigos em todo o mundo. Misturando equilíbrio, força e estratégia, o objetivo é não ser a pessoa responsável por deixar o bloco de torres despedaçar. A afobação costuma ser o inimigo número um do bom jogador e pode ser fatal.
Desde que o jogo foi criado, há mais de 50 anos, o mundo talvez esteja presenciando a partida mais importante disputada no século XXI. Os competidores? Estados Unidos e Rússia. A plateia? Na primeira fila, a União Europeia e, depois, o resto do mundo.
A China observa tudo de longe e só se manifesta pedindo para que os colegas tenham moderação e não transformem isso em uma brincadeira de mão – um temor compartilhado com o restante da plateia.
Em nome da soberania ucraniana e de olho no complexo fluxo de mercadorias e benefícios econômicos que a região pode trazer, as duas potências buscam desestabilizar o opositor.
Sob o olhar atento de todos, Estados Unidos e Rússia continuam o seu jogo de poder, sempre testando os limites, mas sem chegar de fato a causar uma instabilidade suficiente para um desmoronamento. Pelo menos até agora.
O movimento de ontem foi da Rússia, com o presidente Vladimir Putin utilizando conflitos regionais como forma de fortalecer a disputa. O russo reconheceu as regiões separatistas da Ucrânia – Donetsk e Luhansk –, contrariando os tratados internacionais, e flertando com o envio de tropas para território oficialmente ucraniano.
Leia Também
Os Estados Unidos responderam com sanções econômicas que visam minar o financiamento militar da Rússia e dos estados separatistas. Os norte-americanos tiveram o apoio da União Europeia. A promessa é de que caso uma invasão de fato ocorra, as consequências podem ser ainda piores.
Por enquanto, a partida parece empatada e o índice futuro da bolsa de Moscou reagiu com um salto de 7% ao discurso de Joe Biden. Wall Street chegou a ensaiar uma recuperação, mas o temor de um conflito levou a mais um dia de perdas expressivas. O Ibovespa também balançou, mas por aqui o pregão foi na contramão do cenário global.
O principal índice da bolsa brasileira fechou a sessão em alta de 1,04%, aos 112.892 pontos. O dólar à vista recuou 1,08%, a R$ 5,0521, o nível mais baixo desde julho do ano passado. Os juros futuros, no entanto, tiveram um dia de pressão.
Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimentos, explica que o desconto visto na bolsa brasileira no último ano e o cenário atual de outros países emergentes faz com que os ativos domésticos despontem como opção.
“Na China existem conversas sobre regulação de tecnologia e minério de ferro. O mercado mexicano andou bem, o chileno tem incertezas com relação ao novo governo e a Rússia pode sofrer graves sanções econômicas devido ao conflito com a Ucrânia. O Brasil é uma boa opção dentro desse contexto e ainda temos o diferencial da taxa de juros".
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta terça-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
BALANÇO
Nubank registra prejuízo de US$ 66,2 milhões no quarto trimestre e termina 2021 com 53,9 milhões de clientes. Resultados trimestral e anual apresentaram melhora em relação às métricas do ano passado; número de clientes cresceu mais de 60% na comparação anual.
MAIS UM PASSO
Acionistas aprovam privatização da Eletrobras (ELET6) em assembleia; próxima etapa é definição de preço mínimo. Agora o conselho de administração deve definir as regras da oferta de ações e aguardar a aprovação do Tribunal de Contas da União (TCU).
TSUNAMI ASIÁTICO
Por que o CEO do Mercado Livre não está preocupado com a concorrência do Shopee. A empresa de Singapura conquistou o consumidor brasileiro com produtos de baixo ticket médio e investe em expansão no país.
PERMANECE NO CARGO
Investidor, atenção: Marfrig (MRFG3) indica Marcos Molina como presidente de chapa do conselho da BRF (BRFS3). Até pouco tempo atrás, a MRFG3 afirmava que não iria interferir na gestão da concorrente — o que foi desmentido no comunicado de ontem (21) à CVM.
INCORPORAÇÃO EFETIVADA
Oi (OIBR3) dá mais um passo para a venda do negócio de telefonia móvel para rivais após aval do Cade. Com o cumprimento das condições precedentes, a incorporação da Oi Móvel pela companhia é implementada.
IR 2022
Informe de rendimentos do INSS para o IR 2022 já está disponível – a partir de hoje, até por chat. Documento auxiliará aposentados, pensionistas e outros contribuintes que tenham recebido benefício no ano passado a preencher a declaração e comprovar rendimentos junto à Receita; é possível baixar em site, app ou por chat.
Crônica de uma tragédia anunciada: a recuperação judicial da Ambipar, a briga dos bancos pelo seu dinheiro e o que mexe com o mercado hoje
Empresa de gestão ambiental finalmente entra com pedido de reestruturação. Na reportagem especial de hoje, a estratégia dos bancões para atrair os clientes de alta renda
Entre o populismo e o colapso fiscal: Brasília segue improvisando com o dinheiro que não tem
O governo avança na implementação de programas com apelo eleitoral, reforçando a percepção de que o foco da política econômica começa a se deslocar para o calendário de 2026
Felipe Miranda: Um portfólio para qualquer clima ideológico
Em tempos de guerra, os generais não apenas são os últimos a morrer, mas saem condecorados e com mais estrelas estampadas no peito. A boa notícia é que a correção de outubro nos permite comprar alguns deles a preços bastante convidativos.
A temporada de balanços já começa quente: confira o calendário completo e tudo que mexe com os mercados hoje
Liberamos o cronograma completo dos balanços do terceiro trimestre, que começam a ser divulgados nesta semana
CNH sem autoescola, CDBs do Banco Master e loteria +Milionária: confira as mais lidas do Seu Dinheiro na semana
Matérias sobre o fechamento de capital da Gol e a opinião do ex-BC Arminio Fraga sobre os investimentos isentos de IR também integram a lista das mais lidas
Como nasceu a ideia de R$ 60 milhões que mudou a história do Seu Dinheiro — e quais as próximas apostas
Em 2016, quando o Seu Dinheiro ainda nem existia, vi um gráfico em uma palestra que mudou minha carreira e a história do SD
A Eletrobras se livrou de uma… os benefícios da venda da Eletronuclear, os temores de crise de crédito nos EUA e mais
O colunista Ruy Hungria está otimista com Eletrobras; mercados internacionais operam no vermelho após fraudes reveladas por bancos regionais dos EUA. Veja o que mexe com seu bolso hoje
Venda da Eletronuclear é motivo de alegria — e mais dividendos — para os acionistas da Eletrobras (ELET6)
Em um único movimento a companhia liberou bilhões para investir em outros segmentos que têm se mostrado bem mais rentáveis e menos problemáticos, além de melhorar o potencial de pagamento de dividendos neste e nos próximos anos
Projeto aprovado na Câmara permite divórcio após a morte de um dos cônjuges, com mudança na divisão da herança
Processos iniciados antes do falecimento poderão ter prosseguimento a pedido dos herdeiros, deixando cônjuge sobrevivente de fora da herança
A solidez de um tiozão de Olympikus: a estratégia vencedora da Vulcabras (VULC3) e o que mexe com os mercados hoje
Conversamos com o CFO da Vulcabras, dona das marcas Olympikus e Mizuno, que se tornou uma queridinha entre analistas e gestores e paga dividendos mensais
Rodolfo Amstalden: O que o Nobel nos ensina sobre decisões de capex?
Bebendo do alicerce teórico de Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt se destacaram por estudar o papel das inovações tecnológicas nas economias modernas
A fome de aquisições de um FII que superou a crise da Americanas e tudo que mexe com o seu bolso nesta quarta (15)
A história e a estratégia de expansão do GGRC11, prestes a se tornar um dos cinco maiores FIIs da bolsa, são os destaques do dia; nos mercados, atenção para a guerra comercial, o Livro Bege e balanços nos EUA
Um atalho para a bolsa: os riscos dos IPOs reversos, da imprevisibilidade de Trump e do que mexe com o seu bolso hoje
Reportagem especial explora o caminho encontrado por algumas empresas para chegarem à bolsa com a janela de IPOs fechada; colunista Matheus Spiess explora o que está em jogo com a nova tarifa à China anunciada por Trump
100% de tarifa, 0% de previsibilidade: Trump reacende risco global com novo round da guerra comercial com a China
O republicano voltou a impor tarifas de 100% aos produtos chineses. A decisão foi uma resposta direta ao endurecimento da postura de Pequim
Felipe Miranda: Perdidos no espaço-tempo
Toda a Ordem Mundial dos últimos anos dá lugar a uma nova orientação, ao menos, por enquanto, marcada pela Desordem
Abuse, use e invista: C&A queridinha dos analistas e Trump de volta ao morde-assopra com a China; o que mexe com o mercado hoje?
Reportagem especial do Seu Dinheiro aborda disparada da varejista na bolsa. Confira ainda a agenda da semana e a mais nova guerra tarifária do presidente norte-americano
ThIAgo e eu: uma conversa sobre IA, autenticidade e o futuro do trabalho
Uma colab entre mim e a inteligência artificial para refletir sobre três temas quentes de carreira — coffee badging, micro-shifting e as demissões por falta de produtividade no home office
A pequena notável que nos conecta, e o que mexe com os mercados nesta sexta-feira (10)
No Brasil, investidores avaliam embate após a queda da MP 1.303 e anúncio de novos recursos para a construção civil; nos EUA, todos de olho nos índices de inflação
Esta ação subiu mais de 50% em menos de um mês – e tem espaço para ir bem mais longe
Por que a aquisição da Desktop (DESK3) pela Claro faz sentido para a compradora e até onde pode ir a Microcap
Menos leão no IR e mais peru no Natal, e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (9)
No cenário local, investidores aguardam inflação de setembro e repercutem derrota do governo no Congresso; nos EUA, foco no discurso de Powell