O risco nuclear bate à porta dos mercados enquanto as sanções econômicas afetam a Rússia — e outros destaques do dia
Com Putin citando as armas nucleares em meio à guerra da Ucrânia e a crise militar com o Ocidente, os mercados operam em baixa nesta segunda

Howard Marks, o renomado fundador da Oaktree Capital, costuma bater na tecla do gerenciamento de riscos: tão importante quanto o retorno em si é a proteção às incertezas e turbulências, o que garante um desempenho controlado mesmo nos períodos mais críticos.
Pois estamos vivendo o mais crítico dos períodos da geopolítica global no passado recente, com a ameaça nuclear voltando a bater à porta. Vladimir Putin voltou a usar a carta das ogivas para intimidar a Europa e os EUA, abrindo as portas para uma tensão militar vista pela última vez nos idos da Guerra Fria.
Como controlar o risco de uma carteira de investimentos quando o que está em jogo é a possibilidade de uma guerra em escala global? Como separar o fato do ruído num cenário de conflito armado no leste europeu, com a OTAN começando a assumir uma postura mais ativa?
São perguntas dificílimas, e qualquer prognóstico a respeito dos próximos acontecimentos da guerra seria puro achismo. Dito isso, resta analisar os desdobramentos concretos para a economia global a partir do noticiário frenético.
Governos e empresas estão anunciando sanções econômicas pesadas à Rússia, com destaque para o congelamento de parte das reservas internacionais do BC russo por parte de EUA e União Europeia. O espaço aéreo europeu vive uma crise, com fechamentos e bloqueios sendo anunciados de hora em hora.
Nesse contexto, os mercados globais iniciaram a semana no campo negativo: as bolsas da Europa caem forte e os futuros dos índices acionários americanos recuam mais de 1%, abalados pelas incertezas da guerra. No câmbio, o dólar sobe forte e o rublo russo derrete.
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Assim, por mais que seja Carnaval no Brasil — e que os mercados domésticos estejam fechados até quarta (2) —, é importante ficar de olho no que está acontecendo lá fora, principalmente no que diz respeito aos ativos brasileiros.
Para saber em detalhes o andamento dos mercados internacionais nesta segunda e os pormenores da crise militar e econômica que abala o mundo, é só clicar aqui.
Veja abaixo os outros destaques desta segunda-feira:
Guerra cambial
Guerra econômica: dólar dispara 15% em relação ao rublo russo após sanções do Ocidente. A moeda americana chegou a subir 30% na abertura do mercado, ultrapassando pela primeira vez a barreira dos 100 rublos russos; BC da Rússia subiu juros para conter o movimento.
Agenda cheia
Segredos da bolsa: guerra, payroll e PIB são os destaques da semana mais curta. Guerra e Carnaval estão no pano de fundo, mas a economia do Brasil em 2021 e os números do mercado de trabalho nos EUA também farão preço nos mercados.
Batalha nos céus
Uma nova crise ronda o setor aéreo — e a economia global pode sofrer com os efeitos em cadeia. A guerra entre Rússia e Ucrânia gera uma série de restrições ao setor aéreo, com sanções sendo adotadas pelo Ocidente contra empresas russas.
Sangue negro
BP vai vender sua fatia de quase 20% na petroleira russa Rosneft por causa da guerra. Além da venda da posição, a gigante britânica anunciou que seus dois executivos indicados para o conselho da Rosneft se desligaram dos cargos.
Mercado cripto
Bitcoin (BTC) como ‘arma de guerra’? Ucranianos recebem doações em criptomoedas para financiar resistência ao ataque russo. De acordo com um levantamento da Elliptic, empresa de análise de cripto, mais de 4 mil doações já foram feitas para financiar a resistência aos russos na Ucrânia.
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