🔴 ESTA FERRAMENTA PODE MULTIPLICAR SEU INVESTIMENTO EM ATÉ 285% – SAIBA MAIS

Jasmine Olga
Jasmine Olga
É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
HAJA CORAÇÃO!

Por que o Ibovespa caminha para ter o pior mês desde o pico da pandemia e o que esperar daqui para frente

Para especialistas ouvidos pelo Seu Dinheiro, o desempenho ruim do Ibovespa em abril não é motivo para pânico, mas é preciso ter paciência com a volatilidade

Jasmine Olga
Jasmine Olga
28 de abril de 2022
6:30 - atualizado às 23:43
Ibovespa, dólar, montanha russa, mercados
Imagem: Montagem Andrei Morais/Shutterstock

Com uma velocidade de 206 km/h e uma altura que chega a 139 metros de altura, a montanha-russa Kingda Ka é um dos programas mais radicais e eletrizantes que você pode fazer no mundo. Se você não tem uma passagem para Nova Jérsei comprada, mas acompanha a bolsa brasileira com alguma proximidade, dá para ter um gostinho da emoção da rapidez e da adrenalina sem sair do sofá. 

Na virada do ano, quando se esperava uma maior cautela dos investidores com as pressões locais, o que se viu foi uma forte injeção de dinheiro estrangeiro no país que fez a bolsa disparar, mesmo com uma guerra em curso no leste europeu. Quando o mercado brasileiro começou a sonhar com voos cada vez mais altos, o Ibovespa entrou em queda livre. 

De forma acelerada, o índice ganhou 20 mil pontos em apenas três meses, mas foram precisos apenas vinte dias de abril para que mais de 10 mil pontos fossem por água abaixo, junto com o dinheiro gringo que parou de entrar. Nem mesmo o mais competente economista ou analista conseguiu prever tantos solavancos. 

Com a queda de 8,87% em acumulada em abril, o principal índice de ações da B3 caminha para ter o pior mês desde março de 2020, o que reduziu os ganhos no ano para apenas 4,32%.

Ibovespa no ano Fonte: Yahoo Finance

O que aconteceu com a bolsa em abril?

A persistência da guerra na Ucrânia, que já se arrasta por dois meses, é um elemento explosivo e de difícil manejo, mas duas novas variáveis entraram na equação no último mês e deterioraram o humor dos investidores: o discurso mais duro do Federal Reserve com relação à alta dos juros e uma possível desaceleração da economia global, puxada pela China e a nova onda de covid-19 no país. 

Os novos lockdowns nas principais cidades chinesas possuem potencial para pressionar ainda mais a cadeia de suprimentos, gerando mais inflação em um momento em que os Bancos Centrais correm contra o tempo para evitar uma catástrofe.

Ao mesmo tempo, a paralisação da segunda maior economia do mundo também significa uma menor demanda por produtos importantes para a bolsa brasileira, como commodities. 

Enquanto isso, nos Estados Unidos, o mercado tenta assimilar uma realidade que o investidor brasileiro enfrentou quase um ano antes – as projeções de inflação estão cada vez mais altas e o Fed se vê obrigado a acelerar o passo e subir os juros de forma mais rápida.

O sentimento de aversão ao risco que tomou conta das bolsas coincide com falas de dirigentes da instituição defendendo mais de uma alta de 50 pontos-base ou até mesmo 75 pontos-base na próxima reunião. 

Na prática, temos uma menor demanda pelos produtos exportados pelo país, maior risco de inflação e uma fuga de capital, principalmente de países emergentes, em busca de rendimentos mais seguros na forma dos títulos do Tesouro americano

O que vem por aí?

A maior sequência de quedas desde 2016, o pior desempenho desde março de 2020 e o rápido declínio do Ibovespa assustam os investidores. Mas os especialistas com quem eu conversei para esta matéria estão confiantes de que o que vimos no mês de abril não representa uma reversão de tendência.

Alguns fatores que ajudaram a derrubar a bolsa ao longo deste mês já estavam no radar, segundo Isabel Lemos, gestora de renda variável da Fator Administração de Recursos.

É o caso, por exemplo, da alta dos juros nos Estados Unidos, apesar do tom mais agressivo adotado pelos diretores do BC norte-americano nas últimas semanas. “Já com a China tememos o pior. É mais inflação e desaceleração da economia”, diz.

Por outro lado, as medidas de estímulo anunciadas por Pequim como forma de remédio para a segunda maior economia do mundo podem reduzir o nível de incerteza global com uma potencial desaceleração e aliviar a barra do Ibovespa.

Para Ricardo Peretti, estrategista de ações da Santander Corretora, ainda não dá para cravar as razões da saída de capital estrangeiro do país e por quanto tempo a tendência deve perdurar. Mas quatro pontos o deixam confiante para uma recuperação nos próximos meses, mesmo diante de um prolongamento da situação de estresse internacional:

  • Geograficamente falando, o Brasil se encontra afastado do conflito na Ucrânia. Na prática isso significa que a Europa tende a ser mais afetada pela guerra. Ainda assim, todos os mercados sentem os efeitos econômicos originados da invasão. 
  • Embora a situação da China e da Ucrânia preocupe e mexa com o preço das commodities, elas seguem em um ciclo positivo, impactando positivamente a balança comercial. 
  • O Santander vê o nível atual da bolsa como barato, bem abaixo do seu patamar histórico de negociação. O Ibovespa está sendo negociado a cerca de 7 vezes o seu preço sobre lucro, quando a média aponta para uma faixa de 11 vezes. 
  • O Federal Reserve e o Banco Central europeu intensificaram a conversa sobre a elevação de juros, mas o BC brasileiro saiu bem na frente nessa história e deve encerrar em breve o seu movimento de aperto monetário. 

E o Brasil, vai ajudar a bolsa?

A maior parte dos problemas que afetaram a bolsa veio de fora, mas não podemos nos esquecer que o Brasil também tem seus problemas para resolver. Será que a economia — e, principalmente, a política local — podem atravessar o caminho do investidor de ações? 

O fato de a inflação continuar persistente e mostrando forte disseminação não é ignorado, mas os especialistas acreditam que o ajuste que está por vir é apenas “residual”, com pouco a ser precificado pelo mercado.

Em outras palavras, o Banco Central já fez boa parte do trabalho de combater a inflação. Mesmo que a turma de Roberto Campos Neto tenha que subir um pouco mais os juros, o impacto não deve ser tão grande para a bolsa. 

E quanto à eleição presidencial? Também é uma preocupação e está no radar, mas não nesse momento. Com outros temas macroeconômicos interferindo no cenário projetado, o fator político acabou ficando um pouco de lado, principalmente por não apresentar surpresas no que já vinha sendo esperado pelo mercado.

A terceira via ainda não conseguiu emplacar um nome que consiga rivalizar contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro, e os dois candidatos já são velhos conhecidos do mercado. 

Qual caminho seguir?

A grande onda de otimismo inesperado do começo do ano levou uma série de bancos, corretoras e casas de análise a uma corrida desenfreada para revisar suas projeções para o Ibovespa e o câmbio. Então, fique atento! É possível que a persistência de um cenário mais avesso ao risco no exterior os levem a fazer o caminho inverso. 

O Santander, no entanto, ainda se mantém fiel à sua projeção feita no início de 2022, antes mesmo da forte injeção de dinheiro gringo chegar ao Ibovespa. O banco espera que o índice feche o ano na casa dos 125 mil pontos, mas muito do potencial de alta previsto para ocorrer ao longo do ano foi antecipado para os primeiros três meses. 

Para aqueles que buscam opções na bolsa mesmo diante da alta volatilidade, o estrategista do banco acredita que o setor de commodity – agrícolas, energéticas e metálicas – ainda vale a pena. A incerteza na China pressiona o preço, mas o patamar atual ainda é considerado alto e deve ser suficiente para que as empresas sigam apresentando resultados consistentes. 

Isabel Lemos, da Fator Administração de Recursos, diz que  o desconto da bolsa brasileira torna o momento atrativo para a entrada, mas é preciso estar ciente de que se trata de um momento de alta volatilidade para o Ibovespa.

No caso de uma recuperação chinesa, ela aposta que todos os setores devem se beneficiar. Embora a inflação elevada penalize as empresas mais ligadas à economia local, as ações desse segmento são as favoritas da casa devido ao patamar baixo de preço, um desconto que se estende desde o início de 2021, impulsionado pelo ajuste na taxa de juros realizado pelo Banco Central. 

Compartilhe

BRIGA PELO TRONO GRELHADO

Acionistas da Zamp (BKBR3) recusam-se a ceder a coroa do Burger King ao Mubadala; veja quem rejeitou a nova oferta

21 de setembro de 2022 - 8:01

Detentores de 22,5% do capital da Zamp (BKBR3) já rechaçaram a nova investida do Mubadala, fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos

FECHAMENTO DO DIA

Inflação americana segue sendo o elefante na sala e Ibovespa cai abaixo dos 110 mil pontos; dólar vai a R$ 5,23

15 de setembro de 2022 - 19:12

O Ibovespa acompanhou o mau humor das bolsas internacionais e segue no aguardo dos próximos passos do Fed

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Cautela prevalece e bolsas internacionais acompanham bateria de dados dos EUA hoje; Ibovespa aguarda prévia do PIB

15 de setembro de 2022 - 7:42

As bolsas no exterior tentam emplacar alta, mas os ganhos são limitados pela cautela internacional

FECHAMENTO DO DIA

Wall Street se recupera, mas Ibovespa cai com varejo fraco; dólar vai a R$ 5,17

14 de setembro de 2022 - 18:34

O Ibovespa não conseguiu acompanhar a recuperação das bolsas americanas. Isso porque dados do varejo e um desempenho negativo do setor de mineração e siderurgia pesaram sobre o índice.

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Depois de dia ‘sangrento’, bolsas internacionais ampliam quedas e NY busca reverter prejuízo; Ibovespa acompanha dados do varejo

14 de setembro de 2022 - 7:44

Os futuros de Nova York são os únicos que tentam emplacar o tom positivo após registrarem quedas de até 5% no pregão de ontem

FECHAMENTO DO DIA

Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed

13 de setembro de 2022 - 19:01

Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições

13 de setembro de 2022 - 7:37

Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão

DANÇA DAS CADEIRAS

CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa

12 de setembro de 2022 - 19:45

Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim

FECHAMENTO DO DIA

Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09

12 de setembro de 2022 - 18:04

O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta

novo rei?

O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)

12 de setembro de 2022 - 11:12

Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar