A Oi (OIBR3) obteve hoje o cancelamento do registro da companhia na SEC, o órgão que regula o mercado de capitais nos Estados Unidos.
A operadora pediu o fim do registro na xerife do mercado norte-americano em outubro do ano passado, junto com a decisão de retirar os recibos de ações (ADRs, na sigla em inglês) que eram negociados na bolsa de Nova York (Nyse).
Com isso, os ADRs da Oi passaram a ser negociados lá fora apenas no chamado mercado de balcão — fora do ambiente de bolsa.
A operadora alegou que a necessidade de manter ADRs listados na bolsa norte-americana diminuiu em razão da maior negociação de ações por estrangeiros aqui na B3 nos últimos anos.
O fim do registro na SEC também reduz os custos para a companhia, que está em recuperação judicial desde 2016. Dentro desse processo, a Oi obteve uma grande vitória na semana passada com a aprovação pelo Cade da venda do negócio de telefonia móvel para as rivais Claro, TIM e Vivo.
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O que muda para o investidor da Oi?
Do ponto de vista do investidor de OIBR3 no Brasil, pouco ou nada muda com a decisão da Oi de cancelar o registro na SEC. A operadora mantém todas as obrigações regulatórias com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
“A companhia continuará divulgando seus reportes periódicos, resultados anuais e intermediários, e comunicações conforme exigido pela legislação e regulação aplicáveis em seu website de relações com investidores (ri.oi.com.br), inclusive em inglês”, informou a Oi, em comunicado.
Por outro lado, o fim do registro na SEC pode representar uma certa perda na governança da companhia, além da redução da liquidez com os papéis lá fora.
Sobre esse último ponto, a Oi afirmou que o volume de negócios dos ADRs na Nyse já era de queda nos últimos anos. Aqui na B3, as ações OIBR3 encerram a sexta-feira cotados a R$ 0,91, em queda de 7,14%.
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