‘Já passou da hora de alguns gestores autoliquidarem fundos imobiliários’: o que pensa um dos maiores especialista de FIIs do país sobre a consolidação da indústria
Professor Baroni, o analista e especialista em FIIs da Suno Research, discutiu o excesso de opções no mercado em evento do setor

“Gestores de fundos imobiliários, por favor, simplifiquem a sua prateleira”: é o que pede Marcos Baroni, professor, analista e especialista em FIIs da Suno Research, aos principais players do mercado.
Mais conhecido pela alcunha de professor Baroni, ele abriu neste sábado (24) a segunda edição do FII Experience — evento que reúne gestores, analistas e investidores do setor — com uma palestra pensada especialmente para conscientizar os novos cotistas da indústria.
Vale destacar que o mercado de fundos imobiliários registrou um crescimento expressivo no número de investidores nos últimos seis anos, especialmente de varejo.
Em dezembro de 2016, por exemplo, 89 mil pessoas detinham posição em custódia, segundo dados da B3. O número saltou para pouco mais de 1,83 milhão em agosto de 2022 — e o analista espera que ultrapasse os 2 milhões até o final do ano.
Acompanhando a onda de novos cotistas, a quantidade de produtos disponíveis também cresceu e já chega a 431 fundos listados de 110 gestoras.
Quanto mais opções, melhor. Certo? Não para Baroni, que explica que um cardápio tão vasto de opções pode atrapalhar os novos investidores: “Cinco anos atrás, não sabiamos por onde começar porque não tinha informação. Hoje, tem informação em excesso.”
Leia Também
A “Champions League” dos fundos imobiliários
Além de confundir a cabeça de quem busca montar uma carteira, o grande número de fundos imobiliários também leva a “uma sobreposição absurda de estratégias”, de acordo com Baroni.
Nesse cenário, só há uma alternativa: é preciso consolidar. “Já passou da hora de alguns gestores se autoliquidarem. Não dá para ter fundos de todos os tipos: ou foca em uma estratégia ou consolida internamente”, indica o professor.
O analista aposta que essa evolução da indústria não virá do que jeito que se imagina atualmente — por meio da compra de portfólios e fusão de FIIs, por exemplo — mas sim em um movimento “natural”.
Baroni traça um cenário no qual, em cerca de dez anos, o mercado será formado por três grupos de fundos.
O primeiro, que ele nomeou de “Champions League” em homenagem ao torneio de futebol europeu, conterá os FIIs de grande porte, liquidez maior, alto número de emissões e muitos cotistas.
O segundo grupo será o dos ativos intermediários, que tentam “subir de categoria” e conquistar um espaço na liga principal. Já o último grupo concentrará fundos menores, que não conseguiram crescer e perderam a atenção dos especialistas e investidores.
Direto do gramado
Além da palestra de abertura do FII Experience, o professor Baroni também é responsável pela condução de alguns dos principais painéis do evento. Promovido pela Suno, o encontro continua no domingo (26) e aborda diversos aspectos do mercado de fundos imobiliários.
Ao organizar o evento — que é o maior do setor no país, de acordo com a própria Suno —, a casa de análises optou por uma edição 100% presencial.
Em conversa com a equipe do Seu Dinheiro, o analista destacou que a decisão visa a promover o contato mais próximo entre gestores e investidores.
Usando mais uma analogia do mundo futebolístico, Baroni afirma que a diferença entre encontros presenciais e online é a mesma de ver uma partida de futebol em casa, na arquibancada do estádio ou na lateral do campo.
“A vibração é diferente. E esse evento é feito para que o investidor possa assistir ao jogo de dentro do gramado”.
Banco do Brasil (BBAS3) terá a pior rentabilidade (ROE) em quase uma década no 2T25, prevê Goldman Sachs. É hora de vender as ações?
Para analistas, o agronegócio deve ser outra vez o vilão do balanço do BB no segundo trimestre de 2025; veja as projeções
Investidor ainda está machucado e apetite pela bolsa é baixo — e isso não tem nada a ver com a tarifa do Trump, avalia CEO da Bradesco Asset
Apetite por renda fixa já começou a dar as caras entre os clientes da gestora, enquanto bolsa brasileira segue no escanteio, afirma Bruno Funchal; entenda
Com ou sem Trump, Selic deve fechar 2025 aos 15% ao ano — se Lula não der um tiro no próprio pé, diz CEO da Bradesco Asset
Ao Seu Dinheiro, Bruno Funchal, CEO da Bradesco Asset e ex-secretário do Tesouro, revela as perspectivas para o mercado brasileiro; confira o que está em jogo
FII Arch Edifícios Corporativos (AIEC11) sai na frente e anuncia recompra de cotas com nova regra da CVM; entenda a operação
Além da recompra de cotas, o fundo imobiliário aprovou conversão dos imóveis do portfólio para uso residencial ou misto
As apostas do BTG para o Ibovespa em setembro; confira quem pode entrar e sair da carteira
O banco projeta uma maior desconcentração do índice e destaca que os grandes papéis ligados às commodities perderão espaço
Na guerra de tarifas de Trump, vai sobrar até para o Google. Entenda o novo alerta da XP sobre as big techs
Ações das gigantes da tecnologia norte-americana podem sofrer com a taxação do republicano, mas a desvalorização do dólar oferece alívio nas receitas internacionais
Ibovespa come poeira enquanto S&P 500 faz história aos 6.300 pontos; dólar cai a R$ 5,5581
Papéis de primeira linha puxaram a fila das perdas por aqui, liderados pela Vale; lá fora, o S&P 500 não sustentou os ganhos e acabou terminando o dia com perdas
O Brasil não vale o risco: nem a potencial troca de governo em 2026 convence essa casa de análise gringa de apostar no país
Analistas revelam por que não estão dispostos a comprar o risco de investir na bolsa brasileira; confira a análise
Trump tarifa o Brasil em 50%: o que fazer agora? O impacto na bolsa, dólar e juros
No Touros e Ursos desta semana, o analista da Empiricus, Matheus Spiess, analisa os impactos imediatos e de médio prazo das tarifas para o mercado financeiro
Ibovespa cai, dólar sobe a R$ 5,57 e frigoríficos sofrem na bolsa; entenda o que impacta o setor hoje
Enquanto Minerva e BRF lideram as maiores perdas do Ibovespa nesta segunda-feira (14), a Brava Energia desponta como maior alta desta tarde
Na batalha da B3, Banco do Brasil (BBAS3) volta a perder para o Itaú (ITUB4) em junho, mas segue à frente de Bradesco (BBDC4)
Em junho, as ações do banco estatal caíram para o quarto lugar em volume negociado na B3, segundo levantamento do DataWise+
Gestores de fundos imobiliários passam a ficar otimistas, após sentimento negativo do 1º semestre; saiba os motivos
Após pessimismo da primeira metade do ano, sentimento vira e volta para o campo positivo, com destaque para os setores de escritórios e aluguel residencial
Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) se salvaram, mas não a Embraer (EMBR3); veja as maiores altas e quedas do Ibovespa na última semana
Bolsa brasileira sentiu o impacto do tarifaço de Trump, sobretudo sobre as empresas mais sensíveis a juros; BRF (BRFS3) fechou com a maior alta, na esteira da fusão com a Marfrig (MRFG3)
Trump volta a derrubar bolsas: Ibovespa tem a maior perda semanal desde 2022; dólar sobe a R$ 5,5475
A taxação de 35% ao Canadá pressionou os mercados internacionais; por aqui, a tarifa de 50% anunciada nesta semana pelo presidente norte-americano seguiu pesando sobre os negócios
BRPR Corporate Offices (BROF11) estabelece novo contrato de locação com a Vale (VALE3) e antecipa R$ 44 milhões
O acordo, no modelo atípico, define que a mineradora passará a ser responsável por todos os encargos referentes ao empreendimento localizado em Minas Gerais
XP aponta seis ações defensivas para enfrentar o novo choque de 50% imposto pelos EUA — e duas possíveis beneficiadas
Enquanto a aversão a risco toma conta do mercado, a XP lista seis papéis da B3 com potencial para proteger investidores em meio ao tarifaço de Trump
Ibovespa escapa da sangria após tarifas de Trump, mas cai 0,54%; dólar sobe a R$ 5,5452
Após o anúncio da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, que deve entrar em vigor em 1 de agosto, algumas ações conseguiram escapar de uma penalização dos mercados
Embraer (EMBR3) não é a única a sofrer com as tarifas de Trump: as ações mais impactadas pela guerra comercial e o que esperar da bolsa agora
A guerra comercial chegou ao Brasil e promete mexer com os preços e a dinâmica de muitas empresas brasileiras; veja o que dizem os analistas
Um novo segmento para os fundos imobiliários? Com avanço da inteligência artificial, data centers entram na mira dos FIIs — e cotistas podem lucrar com isso
Com a possibilidade de o país se tornar um hub de centros de processamento de dados, esses imóveis deixam de ser apenas “investimentos diferentões”
O pior está por vir? As ações que mais apanham com as tarifas de Trump ao Brasil — e as três sobreviventes no pós-mercado da B3
O Ibovespa futuro passou a cair mais de 2,5% assim que a taxa de 50% foi anunciada pelo presidente norte-americano, enquanto o dólar para agosto renovou máxima, subindo mais de 2%