Uma das gigantes do streaming apertou os cintos e promoveu mais uma rodada de demissões. A Netflix (NFLX34) anunciou nesta quinta-feira (23) o corte de 300 funcionários em toda a empresa — não está claro se trabalhadores brasileiros estão na lista.
Essa é a segunda vez que a empresa desliga funcionários, em dois meses. Em maio, a Netflix dispensou 150 colaboradores.
Um dos principais motivos para as demissões é a saída de 200 mil assinantes na plataforma durante o primeiro trimestre de 2022, o que obrigou a Netflix a reformular o negócio; medidas como o fim do compartilhamento de senhas estão sendo implantadas no mundo.
Outro fator que tem contribuído para a onda de demissões, não apenas na Netflix, é a queda das ações das empresas de tecnologia nas bolsas de Nova York; com o cenário mais adverso nos mercados, o volume de investimentos disponíveis para essas companhias têm diminuído..
Em nota, a Netflix afirmou que os “ajustes” estão sendo feitos para adequar os custos à receita menor do que nos últimos anos.
"Hoje, infelizmente, demitimos cerca de 300 funcionários. Enquanto continuamos a investir significativamente no negócio, fizemos esses ajustes para que os nossos custos cresçam de acordo com o nosso crescimento mais lento de receita. Somos muito gratos por tudo o que eles fizeram pela Netflix e estamos trabalhando duro para apoiá-los nessa difícil transição”.
Netflix, em nota à imprensa
Crise na Netflix
A Netflix tem passado por maus lençóis no último trimestre. Além da queda nas ações e a perda de assinantes, a gigante de streaming ainda enfrenta uma concorrência acirrada contra outras plataformas, como a Disney Plus e a Prime Video Amazon.
Em abril deste ano, após a divulgação dos resultados do primeiro trimestre, a companhia alertou os investidores sobre a redução dos gastos nos próximos dois anos.
Na ocasião, o diretor financeiro Spencer Neuman disse que a Netflix está tentando ser “prudente” em recuar para se adequar à realidade dos negócios.
As ações BDRs (NFLX34) por exemplo, apresentam queda acumulada de 62,82%. Já os papéis NFLX, negociados em Nasdaq, estão com perdas um pouco maiores, na ordem de 64,92%.
*Com informações de CNBC e Bloomberg