O Ibovespa encerrou o dia em queda de 0,65%, aos 109.036 pontos.
Bolsa agora: Na contramão de NY, Ibovespa fecha em queda com cenário fiscal e Petrobras (PETR4; PETR3); dólar sobe a R$ 5,37
RESUMO DO DIA: O aumento de casos de covid-19 na China traz cautela às bolsas estrangeiras. Na Europa, as preocupações com o aperto monetário do Banco Central Europeu (BCE) é o que pressiona os índices. Por aqui, mercado acompanha discussões sobre a PEC da Transição.
- Nasdaq: +1,36%
- S&P 500: +1,35%
- Dow Jones: +1,18%
O dólar à vista encerrou o dia em alta de 1,30%, a R$ 5,3797. A moeda americana ganhou força após a notícia de que o presidente Jair Bolsonaro contestou os votos de alguns modelos antigos de urnas eletrônicas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ainda que as novidades no cenário fiscal sejam escassas, o dólar à vista vem renovando mínimas na reta final do pregão. O Ibovespa também segue acelerando o ritmo de queda.
O barril do Brent encerrou o dia em alta de 0,84%, a US$ 88,36
A preocupação com o cenário fiscal falou mais alto e a curva de juros voltou a fechar o dia em forte alta. O olhar de todos segue na discussão sobre a PEC de transição e uma eventual nova âncora fiscal para os gastos públicos. Confira o desempenho dos principal vencimentos:
CÓDIGO | NOME | ULT | FEC |
DI1F23 | DI Jan/23 | 13,69% | 13,69% |
DI1F24 | DI Jan/24 | 14,37% | 14,26% |
DI1F25 | DI Jan/25 | 13,68% | 13,53% |
DI1F26 | DI Jan/26 | 13,51% | 13,35% |
DI1F27 | DI Jan/27 | 13,41% | 13,25% |
Conforme as bolsas em Nova York ampliam os ganhos, apoiadas no desempenho do setor de energia, o Ibovespa vem moderando o ritmo de queda, mas ainda opera no vermelho, puxado pelas ações da Petrobras (PETR4).
Em coletiva nesta tarde, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, voltou a falar que o governo buscará uma nova âncora fiscal, mas tem como prioridade a definição do orçamento do próximo ano. Alckmin também disse que o presidente Lula deve levar mais alguns dias para começar a divulgar o nome dos novos ministros.
Após os comentários recentes da equipe de transição sobre o futuro da Petrobras (PETR4), as ações da companhia estão em foco nesta terça-feira (22).
Além do corte de recomendação feito pelo UBS, o Itaú BBA projeta que mudanças na política de preços da companhia devem trazer retornos de 5% no longo prazo, ao contrário dos 10% projetados em caso de continuidade da paridade de preços internacionais, com o petróleo estabilizado em US$ 70 por barril. Os analistas apontam que essa mudança é considerada um "grande risco" para a estatal.
A vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais e as primeiras declarações da equipe de transição sobre o futuro da Petrobras (PETR4) levaram os analistas do UBS BB a revisarem suas estimativas para a estatal.
O corte foi brusco — de recomendação de compra para a de venda, com um preço-alvo de R$ 22 para PETR4. O potencial de queda das ações é de 6%.
De acordo com os analistas, as perspectivas positivas iniciadas em 2016 podem estar chegando ao fim.
Se nos últimos anos se viu uma grande redução de débito com desinvestimentos estratégicos, pagamento expressivo de dividendos e perspectivas positivas para os papéis, os próximos anos podem ser menos transformacionais e marcados pela volta de práticas que feriram o valor da empresa.
- Frankfurt: +0,30%
- Londres: +1,01%
- Paris: +0,35%
- Stoxx 600 +0,78%
O governo do Paraná já bateu o martelo: a Copel (CPLE11) vai ser privatizada — ainda que Ratinho Junior (PSD) tenha conseguido a reeleição prometendo manter a empresa de energia sob a égide do estado.
A ideia é transformar a Copel em uma sociedade anônima com controle disperso e, com isso, otimizar o investimento do governo paranaense na companhia.
Com a privatização, o estado do Paraná prevê a reclassificação de sua participação remanescente na empresa, liberando recursos para aumentar os investimentos no estado.
Segundo o JP Morgan, a notícia é um grande ponto positivo para Copel, já que a privatização deve trazer ganhos operacionais, financeiros e de governança para a empresa.
O Ibovespa segue acelerando o ritmo de queda e renovando mínimas. Há pouco, o índice brasileiro recuava 0,70%
A cautela ainda com o cenário fiscal reflete na curva dos juros futuros (DIs), que operam em trajetória de alta. O avanço do dólar e do petróleo no cenário internacional também contribuem para o avanço.
Confira como estão os juros futuros agora:
NOME | ULT | FEC |
DI Jan/23 | 13,69% | 13,69% |
DI Jan/24 | 14,34% | 14,26% |
DI Jan/25 | 13,62% | 13,53% |
DI Jan/26 | 13,40% | 13,35% |
DI Jan/27 | 13,29% | 13,25% |
Há pouco, os títulos públicos do Tesouro Direto teve as negociações suspensas por 30 minutos por conta da forte oscilação de preços e taxas.
As negociações de títulos públicos do Tesouro Direto foram retomadas há pouco, após quase 30 minutos de suspensão.
Os investidores repercutem a informação do site Metrópoles de que Fernando Haddad (PT) foi consultado pela equipe de transição do governo eleito para o cargo de ministro da Fazenda. Além disso, preocupações com o cenário fiscal, sobretudo, em razão da PEC da Transição imprimem cautela nos mercados nesta terça-feira (22).
Os compradores de petróleo da China interromperam as compras da commodity russa enquanto aguardam detalhes de um limite de preços liderado pelos EUA e esperam que a Rússia apresente uma cotação competitiva.
Várias cargas de petróleo ESPO russo para carregamento em dezembro permanecem não vendidas. As informações são da agência Bloomberg.
Após a notícia, a commodity tipo Brent acelerou os ganhos e opera em alta de 2%, com o barril a US$ 89,19.
O Ibovespa vivencia dia de cautela e segue mais um dia descolada do exterior. A bolsa brasileira cai 0,13%, aos 109.601 pontos.
Os destaques do dia são CSN (CSNA3), liderando as altas do dia, e Petrobras (PETR3;PETR4) na ponta negativa. Os papéis da siderúrgica repercutem a notícia da distribuição de dividendos pela companhia, anunciada nesta segunda-feira (21) após o fechamento dos mercados, além da reação positiva à reestruturação no controle da empresa.
No caso de Petrobras (PETR3;PETR4), as ações da estatal caem em razão do rebaixamento da recomendação de compra para a venda dos papéis pelo banco suíço UBS BB e o corte no preço-alvo. A estatal destoa dos demais pares [PRIO (PRIO3) e 3R Petroleum (RRRP3)], que avançam com a alta do petróleo no cenário internacional.
Em Nova York, as bolsas americanas operam em alta, na expectativa da ata do Federal Reserve (Fed) a ser publicada nesta quarta-feira (23). A cautela com a China fica em segundo plano. Confira o desempenho de Wall Street:
- Dow Jones: +0,80%;
- S&P 500: +0,52%;
- Nasdaq: +0,05%.
No setor de commodities, o avanço de Covid-19 na China e incertezas sobre a reabertura econômica do país asiático refletem nas operações. O minério de ferro encerrou as negociações em Dalian, na China, em queda de 1,96%, com a tonelada cotada a US$ 101,54. O petróleo tipo Brent sobe 1,82%, com o barril a US$ 89,14.
Por fim, o dólar à vista opera em alta de 0,50%, a R$ 5,3467.
As negociações de títulos públicos foram suspensas há pouco. A interrupção ocorre em razão da forte oscilação de preços e taxas com preocupações com cenário fiscal e avanço da PEC da Transição.
Com o cenário fiscal e os investidores atentos aos desdobramentos da PEC da Transição, o Ibovespa cai 0,60%, aos 109.087 pontos. As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) também pesam no pregão de hoje.
O dólar à vista, por sua vez, opera em alta de 0,62%, a R$ 5,3537.
As bolsas americanas operam em tom positivo, na expectativa da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed), que será divulgada amanhã (23). A cautela com China, porém, fica em segundo plano.
Confira a abertura das bolsas em Nova York:
- Dow Jones: +0,62%;
- S&P 500: +0,47%;
- Nasdaq: +0,20%.
Ainda repercutindo a intenção do governo do Paraná pulverizar o capital da estatal, as ações da Copel (CPLE6) avançam 2,40% no Ibovespa, negociadas a R$ 8,63.
O Ibovespa opera em leve alta de 0,19%, aos 109.958 pontos.
Confira as maiores altas:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
CSNA3 | CSN ON | R$ 14,50 | 4,09% |
PRIO3 | PetroRio ON | R$ 35,74 | 3,62% |
RRRP3 | 3R Petroleum ON | R$ 38,88 | 3,27% |
CPLE6 | Copel PN | R$ 8,60 | 2,04% |
CMIN3 | CSN Mineração ON | R$ 3,62 | 1,69% |
E as maiores quedas do dia:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
PETR3 | Petrobras ON | R$ 26,11 | -3,37% |
PETR4 | Petrobras PN | R$ 22,93 | -2,51% |
AMER3 | Americanas S.A | R$ 10,82 | -2,17% |
BEEF3 | Minerva ON | R$ 12,75 | -1,92% |
MGLU3 | Magazine Luiza ON | R$ 3,32 | -1,78% |
Em dia de volatilidade, com cenário fiscal no radar, o Ibovespa segue instável nesta terça-feira (22). A bolsa brasileira recuperou as perdas há pouco e opera em leve alta de 0,32%, aos 110.094 pontos.
As ações da Hapvida (HAPV3) registram queda de 1,25% no pregão, negociadas a R$ 5,54. As perdas se devem à renúncia de Irlau Machado, um dos Co-CEOs da companhia e membro do conselho de administração.
O dólar à vista opera em leve alta de 0,06%, a R$ 5,3220.
Uma baixa de peso na direção da Hapvida (HAPV3): Irlau Machado, um dos Co-CEOs da companhia e membro do conselho de administração, renunciou aos cargos — ele permanecerá desempenhando as funções até 21 de janeiro de 2023 e, até lá, irá contribuir com o processo de transição.
Irlau é um dos nomes mais respeitados do setor de saúde brasileiro, comandando o Grupo NotreDame Intermédica por oito anos; ele e Jorge Pinheiro Koren de Lima, presidente da Hapvida, foram as pessoas por trás da fusão entre as companhias, criando um dos maiores conglomerados do segmento no país — ambos eram Co-CEOs do grupo.
"A história de sucesso do Grupo NotreDame Intermédica e do próprio setor de saúde suplementar do Brasil se confundem com a história do sr. Irlau", diz a Hapvida, em comunicado, acrescentando que a decisão se deve "a propósitos e objetivos pessoais".
Por ora, Jorge Pinheiro Koren de Lima irá acumular as funções que pertenciam à Irlau na diretoria estatutária e, com isso, passará a ser o único CEO da companhia; a cadeira no conselho de administração ficará vaga até que um novo conselheiro seja indicado.
Apesar alta do petróleo acima de 1% no mercado internacional, a Petrobras acumula as maiores quedas do dia. O motivo para o descolamento dos demais pares no setor é a rebaixamento da recomendação dos papéis da petroleira pelo banco suíço UBS BB.
Em relatório, o UBS rebaixou as ações da Petrobras de compra para venda e cortou o preço-alvo de R$ 47 para R$ 22. Sendo assim, os papéis PETR3 e PETR4 caem mais de 1,5% no pregão desta terça-feira (22). Confira:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
PETR3 | Petrobras ON | R$ 26,56 | -1,70% |
PETR4 | Petrobras PN | R$ 23,13 | -1,66% |
Mais informações em breve
Colocando um ponto final em uma longa briga na Justiça, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) informou que fez um acordo a respeito do controle da empresa, dando origem a um novo arranjo de acionistas.
Até então, o desentendimento se dava entre a CSN, a Rio Purus Participações e a CFL Participações — essas duas últimas detém as ações da Vicunha Aços, controladora da siderúrgica e outros negócios da família Steinbruch.
Vale lembrar que a Rio Purus pertence aos irmãos Benjamin, Ricardo e Elisabeth Steinbruch. Há anos eles brigavam com os primos Léo e Clarice Steinbruch, donos da CFL Participações, pela revisão do acordo de acionistas e em busca de uma fatia maior da empresa.
Conforme o novo acordo, a CFL deixará esse arranjo, enquanto a Rio Purus será a única dona da Vicunha.
O Ibovespa inverteu o sinal há pouco e opera estável, aos 109.746 pontos. A cautela com o cenário fiscal segue no radar, mas em segundo plano, já que a bolsa acompanha o exterior e repercute a alta do petróleo.
Confira as maiores altas:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
CSNA3 | CSN ON | R$ 14,47 | 3,88% |
CIEL3 | Cielo ON | R$ 5,40 | 3,05% |
PRIO3 | PetroRio ON | R$ 35,27 | 2,26% |
CMIN3 | CSN Mineração ON | R$ 3,62 | 1,69% |
BEEF3 | Minerva ON | R$ 13,20 | 1,54% |
E as maiores quedas do dia:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
VIIA3 | Via ON | R$ 2,25 | -1,75% |
HAPV3 | Hapvida ON | R$ 5,52 | -1,43% |
PETR4 | Petrobras PN | R$ 23,19 | -1,40% |
PETR3 | Petrobras ON | R$ 26,66 | -1,33% |
MGLU3 | Magazine Luiza ON | R$ 3,34 | -1,18% |
A CSN (CSNA3) é a maior alta do dia na primeira meia hora do pregão. Os papéis da siderúrgica repercutem a notícia da distribuição de dividendos pela companhia, anunciada nesta segunda-feira (21) após o fechamento dos mercados.
As ações CSNA3 sobem 5,53%, negociadas a 14,69.
O Ibovespa encerrou os leilões e iniciou o pregão em leve alta de 0,42%, aos 110.208 pontos e acompanha o exterior.
No mesmo horário, o dólar à vista operam em queda de 0,21%, a R$ 5,3080
Com a maior incerteza sobre a reabertura da China, o minério de ferro encerrou as negociações em Dalian, na China, em queda de 1,96%, com a tonelada cotada a US$ 101,54.
Apesar da cautela internacional, com o avanço de casos de Covid-19 na China, e doméstica com a PEC de Transição, a queda do dólar à vista ante o real impulsiona a curva de juros futuros (DIs) para baixo. Os DIs abriram as negociações desta terça-feira (22) com viés de queda. Confira:
NOME | ULT | FEC |
DI Jan/23 | 13,69% | 13,69% |
DI Jan/24 | 14,20% | 14,26% |
DI Jan/25 | 13,47% | 13,53% |
DI Jan/26 | 13,27% | 13,35% |
DI Jan/27 | 13,17% | 13,25% |
ÁGUA DE BEBER, ÁGUA DE BEBER CAMARÁ: O MERCADO QUER AMAR, MAS ESTÁ COM MEDO
Lá fora, os mercados asiáticos encerraram o dia sem uma única direção nesta terça-feira (22) depois que os mercados globais tiveram um difícil começo de semana diante dos controles chineses contrários à pandemia, que alimentaram as preocupações com uma desaceleração econômica.
Hoje, por outro lado, vemos uma tentativa de recuperação nos mercados europeus e nos futuros americanos, pelo menos nesta manhã, mesmo depois de membros do Fed assustarem os investidores na semana passada dizendo que as taxas de juros podem ter que subir mais do que o esperado para impedir o aumento da inflação.
Enquanto isso, formam-se expectativas para mais falas de autoridades monetárias americanas e para a apresentação do relatório de perspectivas da OCDE. No Brasil, conseguimos nos descolar do sentimento global, dessa vez para melhor. A tensão política ainda é a essência de toda a volatilidade local, sem espaço para melhorar.
A ver…
00:43 — Ainda respirando
Por aqui, os ativos mostraram que ainda estão respirando, sendo que a alta desta manhã lá fora, inclusive do petróleo, poderia nos ajudar a manter esse fôlego, a depender das novidades locais. Na agenda local, o dia é interessante porque conta com a divulgação do relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas do Ministério da Economia, o que tende a chamar a atenção por conta do contexto.
O mercado só tem repercutido o risco fiscal, tentando precificar a PEC da Transição, cada vez mais difícil de ser aprovada, até mesmo porque o texto continua a ser negociado, sem muita margem, e tem que ser votado até dia 15 de dezembro. A falta de avanço preocupa a equipe de transição, que tem feito pouco para dar as sinalizações de tranquilidade necessárias ao mercado.
A expectativa é de que a proposta original seja desnutrida para algo como R$ 130 bilhões por apenas um ano (ainda difícil de ser aprovada), de modo a dar tempo para o novo governo organizar uma nova regra fiscal com seu time (desconhecido) — o time completo só deve ser definido em meados de dezembro, mas isso não impede de alguns nomes chaves serem antecipados para tranquilizar o humor, o que seria possível e positivo.
01:44 — Mais agressividade
Os membros do Fed voltaram a dar sinais de um ritmo mais lento de aumentos contínuos das taxas. O excesso de falas e de comentários contraditórios entre si prejudica a percepção do mercado. Hoje, destaque para a fala da presidente do Fed regional de Cleveland, Loretta Mester, que faz discurso de abertura de evento da própria região sobre salários e inflação, um dos pontos de atenção para 2023.
Notadamente, essas preocupações inflacionárias deveriam mais do que compensar os novos comentários dovish (flexíveis) das autoridades do Fed — a taxa de juros americana deveria caminhar pelo menos para a faixa entre 4,75% e 5%, ainda abaixo das expectativas de pico entre alguns estrategistas (plausivelmente, ela caminhará para cima de 5%, o que tende a ser um território bem contracionista).
02:22 — Mais Covid na China
A China voltou a relatar casos crescentes de Covid, com um quinto da economia sob algum tipo de restrição (a metrópole de Guangzhou decretou lockdown em uma região com mais de 3,7 milhões de pessoas). Como não poderia deixar de ser, o medo do vírus após o aumento do número de casos está pesando sobre os consumidores chineses e é justamente o medo do vírus que causa o dano econômico (o resto do mundo está evitando esse medo com a segurança de uma vacinação eficaz).
A diferente abordagem dos governos ocidentais, de transformar o vírus em uma endemia, acaba sendo fundamental para diferenciar a reação de novos casos que acontecem por aqui, como é o exemplo atual do Brasil, que voltou a relatar um número relevante de casos. Tentando ficar mais alinhado com o resto da realidade global, o Partido Comunista da China prometeu reduzir o impacto econômico de sua estratégia “zero-Covid”, que visa isolar todos os casos. É bastante desafiador.
03:10 — Um relatório global
Hoje, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) publicará seu relatório de perspectivas econômicas. O fórum político com sede em Paris foi especialmente pessimista sobre as perspectivas na Europa em setembro e é difícil ver como a situação poderia ter melhorado em um período tão curto.
Sim, o relatório atrai a atenção da mídia, mas as opiniões já foram precificadas nos mercados financeiros há algum tempo, devendo ser difícil interpretar eventual novidade. Entendo ser relevante a percepção sobre pico de inflação e qualquer comentário sobre a continuidade da crise energética, temas de impacto global na atualidade.
04:01 — A volatilidade no mundo das criptomoedas
Desde o caso da FTX, que comentamos aqui, o mundo cripto tem passado por um aperto considerável, com mais nomes vindo a público declarar falência ou dificuldade de solvência, ainda repercutindo os efeitos do colapso de algumas semanas atrás. Contudo, vale destacar que o fenômeno de correção, apesar de parecer distante, começa a ter um efeito riqueza inverso relevante.
As pessoas que perdem riqueza tendem a economizar mais e gastar menos como resultado. No entanto, é provável que o efeito riqueza se aplique apenas a pessoas que trataram as criptomoedas como se fossem um investimento, diferente de alas mais especulativas e distante de grupos entusiastas — estima-se que 70% a 80% dos compradores de Bitcoin perderam dinheiro em suas especulações.
O mesmo estudo, realizado pelo Banco de Compensações Internacionais, sugere que 40% dos investidores de criptos são homens com menos de 35 anos, proporção um pouco distante da parcela de consumidores com mais recursos (mais velhos). Dessa maneira, a volatilidade do mundo cripto, ainda que tenha efeito no sentimento do investidor, acaba sendo limitado.
O dólar à vista perdeu o fôlego da abertura e opera em queda de 0,60%, a R$ 5,2880
O Ibovespa futuro abre em queda de 0,23%, aos 110.625 pontos, na contramão dos índices futuros de Nova York.
No mesmo horário, o dólar à vista abriu em alta, próxima da estabilidade, de 0,03%, a R$ 5,3123.
Com a agenda doméstica, os investidores seguem atentos ao andamento da PEC da Transição, e como ficaram alocados gastos fora do teto. Além disso, o Ibovespa deve acompanhar o desempenho de Nova York e oscilações do petróleo no mercado internacional.
Após o fechamento do último pregão, identifiquei uma oportunidade de swing trade baseada na análise quant - compra dos papéis da Ser Educacional (SEER3).
SEER3: [Entrada] R$ 6.05; [Alvo parcial] R$ 6.26; [Alvo] R$ 6.59; [Stop] R$ 5.69
Recomendo a entrada na operação em R$ 6.05, um alvo parcial em R$ 6.26 e o alvo principal em R$ 6.59, objetivando ganhos de 8.9%.
O stop deve ser colocado em R$ 5.69, evitando perdas maiores caso o modelo não se confirme.
A cautela dos investidores impulsionada pela incerteza sobre a reabertura da China, que registra avanços no número de casos de Covid-19, reflete no mercado de commodities nesta terça-feira (22).
O minério de ferro negociado em Dalian, na China, opera em queda de 1,96%, com a tonelada cotada a US$ 101,60.
O petróleo tipo Brent registra alta de 1,34%, com o barril a US$ 88,61.
Representante de Lula admite chance de Bolsa Família não ficar fora do teto por tempo indeterminado
O senador eleito Wellington Dias (PT-PI) acenou com a possibilidade de o Bolsa Família não ser excepcionalizado do teto de gastos por tempo indeterminado.
O ponto é um dos impasses que travam as negociações do PT com o Congresso pelo texto, que pretende ampliar os gastos sociais em 2023.
Dias é um dos coordenadores das negociações da PEC da Transição. Segundo ele, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin chega hoje a Brasília para mais articulações.
Para o parlamentar, o ideal é conseguir o consenso e protocolar ainda nesta terça-feira o texto.
Parlamentares passaram a segunda-feira aparando arestas e articulando o formato final da PEC, mas houve pouco progresso.
Augusto Nardes, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), licenciou-se do cargo na noite de ontem depois do vazamento de um áudio no qual ele fala em uma suposta articulação para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
Na esteira do vazamento, o Partido dos Trabalhadores (PT) protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) uma notícia-crime contra Nardes em que pede seu imediato afastamento e a instauração de investigação por pelo menos cinco crimes.
Na peça, o PT fala em indícios de violação a instituições democráticas, golpe de estado e ao processo eleitoral. Também acusa Nardes de apologia ao crime, crime de responsabilidade e improbidade administrativa.
Em um áudio divulgado pelo jornal Folha de S.Paulo, Nardes afirma ter conversado com o presidente Jair Bolsonaro e que, “em questão de horas, dia, no máximo, uma semana, dias talvez menos do que isso [haverá] um desenlace bastante forte na nação, imprevisíveis, imprevisíveis”.
- Banco Central: Diretor de Regulação do BC, Otavio Ribeiro Damaso, palestra sobre "Regulação e as inovações no sistema financeiro", em evento da Federação Nacional das Associações dos Servidores do Banco Central (FENASBAC) (9h05)
- CNI: Sondagem da Indústria da Construção em outubro (10h)
- Ministério da Economia: Ministério da Economia divulga Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 5º bimestre (14h30)
- Tesouro Nacional: Secretário especial do Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago, concede coletiva sobre relatório bimestral. Também participam os secretários de Orçamento Federal, Ariosto Culau, e do Tesouro Nacional, Paulo Valle (15h)
Os índices futuros de Nova York até amanheceram de lado hoje, mas inverteram a tendência e passaram a subir no pré-mercado e Wall Street.
Os investidores monitoram o avanço da covid-19 pela China enquanto aguardam pacientemente pela divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), prevista para amanhã à tarde.
Simultaneamente, a proximidade do feriado de Ação de Graças drena paulatinamente a liquidez em Wall Street.
Confira aqui o desempenho dos índices por lá:
- Dow Jones Futuro: +0,22%
- S&P 500 Futuro: +0,20%
- Nasdaq Futuro: +0,18%
A terça-feira (22) começa em tom de “otimismo cauteloso” na Europa. As bolsas de valores da região operam em leve alta enquanto os investidores monitoram o avanço da covid-19 pela China e tentam antecipar os próximos passos dos bancos centrais da Europa e dos Estados Unidos.
O destaque positivo é o setor de óleo e gás. As ações dessas empresas passaram a operar em forte alta depois de a Arábia Saudita ter negado rumores de que a Opep+ teria planos de aumentar a produção.
Confira os índices por lá hoje:
- Euro Stoxx 50: +0,44%
- DAX (Alemanha): +0,50%
- CAC 40 (França): +0,45%
- FTSE 100 (Reino Unido): +0,90%
As bolsas de valores da Ásia fecharam sem direção clara nesta terça-feira (22). Pesa sobre o humor dos investidores o aumento de casos de covid-19 na China.
Novos picos da doença levaram os participantes do mercado a moderarem a expectativa de reabertura completa da segunda maior economia do planeta.
Veja como fecharam as principais bolsas asiáticas hoje:
- Xangai (China): -0,39%
- Nikkei (Japão): +0,16%
- Kospi (Coreia do Sul): -1,02%
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Em carta mensal, gestora criticou movimentação do governo sobre o IOF e afirmou ter se surpreendido com recuo rápido do governo norte-americano em relação às tarifas de importação
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Os investidores aceitaram a proposta do BTG Pactual Logística (BTLG11) e, com a venda dos ativos, também aprovaram a liquidação do FII
Fundo imobiliário do segmento de shoppings vai pagar mais de R$ 23 milhões aos cotistas — e quem não tem o FII na carteira ainda tem chance de receber
A distribuição de dividendos é referente a venda de um shopping localizado no Tocantins. A operação foi feita em 2023
Meu medo de aviões: quando o problema está na bolsa, não no céu
Tenho brevê desde os 18 e já fiz pouso forçado em plena avenida — mas estou fora de investir em ações de companhias aéreas
Bank of America tem uma ação favorita no setor elétrico, com potencial de alta de 23%
A companhia elétrica ganhou um novo preço-alvo, que reflete as previsões macroeconômicas do Brasil e desempenho acima do esperado
Sem dividendos para o Banco do Brasil? Itaú BBA mantém recomendação, mas corta preço-alvo das ações BBSA3
Banco estatal tem passado por revisões de analistas depois de apresentar resultados ruins no primeiro trimestre do ano e agora paga o preço
Santander aumenta preço-alvo de ação que já subiu mais de 120% no ano, mas que ainda pode se valorizar e pagar dividendos
De acordo com analistas do banco, essa empresa do ramo da construção civil tem uma posição forte, sendo negociada com um preço barato mesmo com lucros crescendo em 24%
Dividendos e recompras: por que esta empresa do ramo dos seguros é uma potencial “vaca leiteira” atraente, na opinião do BTG
Com um fluxo de caixa forte e perspectiva de se manter assim no médio prazo, esta corretora de seguros é bem avaliada pelo BTG
“Caixa de Pandora tributária”: governo quer elevar Imposto de Renda sobre JCP para 20% e aumentar CSLL. Como isso vai pesar no bolso do investidor?
Governo propõe aumento no Imposto de Renda sobre JCP e mudanças na CSLL; saiba como essas alterações podem afetar seus investimentos
FIIs e fiagros voltam a entrar na mira do Leão: governo quer tirar a isenção de IR e tributar rendimentos em 5%; entenda
De acordo com fontes ouvidas pelo Valor Econômico, a tributação de rendimentos de FIIs e fiagros, hoje isentos, entra no pacote de medidas alternativas ao aumento do IOF
UBS BB considera que essa ação entrou nos anos dourados com tarifas de Trump como um “divisor de águas”
Importações desse segmento já estão sentindo o peso da guerra comercial — uma boa notícia para essa empresa que tem forte presença no mercado dos EUA
Maior fundo imobiliário de renda urbana da B3 vende imóvel locado pelo Insper por R$ 170 milhões; veja o que muda para os cotistas
O FII anunciou nesta segunda-feira (9) que firmou um acordo para a venda total do edifício localizado na Rua Quatá, em São Paulo