Hapvida e Intermédica calculam R$ 1,38 bilhão em sinergias da fusão; como ficam as ações das empresas na B3?
Os ganhos vão ocorrer gradualmente nos próximos três anos com a integração das operações das operadoras de saúde; nova HAPV3 começa a ser negociada dia 14
![hapvida e intermedica dividendos](https://media.seudinheiro.com/uploads/2020/09/hapvida-e-intermedica-e1610134787351-715x402.jpg)
Ninguém no mercado duvidava que a combinação das operadoras de saúde Hapvida (HAPV3) e NotreDame Intermédica (GNDI3) tinha um grande potencial de sinergias. Mas hoje as companhias trouxeram uma estimativa mais precisa dos ganhos com a fusão.
A companhia combinada deverá obter R$ 1,38 bilhão de sinergias operacionais de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) adicional a partir de 2025. Os ganhos vão ocorrer gradualmente nos próximos três anos com a integração das operações das empresas.
Na B3, as ações da Intermédica (GNDI3) serão incorporadas pela da Hapvida (HAPV3) e deixam de ser negociadas no dia 11 de fevereiro. A data de início das operações com os novos papéis HAPV3 está marcada para a próxima segunda-feira, dia 14.
A incorporação da Intermédica ocorrerá em parte via troca de ações e o restante em dinheiro, no valor aproximado de R$ 5,126 por ação.
Os acionistas de GNDI3 ainda terão direito a um dividendo extraordinário de R$ 1 bilhão (aproximadamente R$ 1,613 por ação), que será pago no dia 29 de março, mesma data em que a Hapvida vai desembolsar a parcela em dinheiro.
- GUIA PARA BUSCAR DINHEIRO: baixe agora o guia gratuito com 51 investimentos promissores para 2022 e ganhe de brinde acesso vitalício à comunidade de investidores Seu Dinheiro
A primeira reação do mercado ao anúncio das sinergias de Hapvida e Intermédica não foi das mais animadoras. Logo após a abertura, as ações HAPV3 negociavam em forte queda de 8,13% na B3.
Após uma reunião inicial eufórica à fusão anunciada no início de 2021, as ações de ambas as companhias foram perdendo força. Nos últimos 12 meses, aos papéis HAPV3 acumulam queda de 30% e os GNDI3, de 27%.
Hapvida e Intermédica: de onde virão as sinergias
Hapvida e Intermédica divulgaram um documento com detalhes de onde virão as sinergias estimadas da combinação entre as companhias. Os ganhos virão basicamente de quatro frentes:
- Aumento de receitas de cross-sell dos planos corporativos já existentes nas companhias, a criação de um produto único na forma de um plano nacional com utilização de rede verticalizada e aproveitamento da capacidade ociosa da rede própria para prestação de serviços para terceiros e convênios;
- Redução de custos médico-hospitalares com a centralização da cadeia de suprimentos, otimização e renegociação dos contratos existentes, compartilhamento da rede própria, investimentos para incremento de verticalização e gestão hospitalar mais eficiente com a integração e padronização de sistemas;
- Padronização das práticas de distribuição entre as companhias e fidelização com corretores; e
- Redução de despesas gerais e administrativas com a otimização das despesas com localização e funcionamento e contratos diversos com terceiros.
Hapvida e Intermédica estimam que os custos para a integração atinjam de R$ 100 milhões a R$ 150 milhões até 2024. Os cálculos das sinergias não incluem essas despesas, mas também não consideram as sinergias tributárias do negócio.
As empresas esperam atingir aproximadamente 40% das sinergias operacionais até 31 de dezembro de 2022, 70% até o fim de 2023 e 100% em 2024.
Leia também:
Ações da Usiminas (USIM5) despencam 23% após balanço; é hora de fugir dos papéis ou aproveitar o desconto?
A performance reflete números abaixo do previsto pelo mercado para o segundo trimestre de 2024
Alívio para a BRF (BRFS3) e a JBS (JBSS3)? Brasil vai declarar fim do foco da doença de Newcastle no RS — mas há obstáculos no caminho
Apesar do fim do foco da doença no Rio Grande do Sul, as exportações não devem ser imediatamente retomadas; entenda o que está em jogo para o Brasil agora
Fundo imobiliário TRXF11 entra para o setor de saúde com acordo de R$ 621 milhões para construir novo hospital para o Einstein
O FII comprou um imóvel localizado no Morumbi, bairro nobre da cidade de São Paulo, que deve ser locado para o Einstein por 20 anos
PIB americano alimenta apetite do mercado por risco; confira o que o dado provocou na cotação do ouro em Nova York
Valorização do iene e do franco suíço contribuíram para o desempenho do metal precioso
Retorno de até 200% e dividendos isentos de IR: cinco fundos imobiliários que renderam mais do que imóveis residenciais nos últimos anos
Os FIIs se consolidaram como uma alternativa para lucrar com imóveis com mais liquidez e menos burocracia
R$ 570 milhões por uma fatia de um prédio: por que o fundo imobiliário KNRI11 aceitou desembolsar milhões por pouco mais da metade de um edifício corporativo em SP
O FII anunciou na última quarta-feira (24) a compra de 57% da Torre Crystal por R$ 570,8 milhões
Não vejo excesso de otimismo no mercado americano hoje, diz Howard Marks, o ‘guru’ de Warren Buffett
Em evento em São Paulo, gestor da Oaktree disse que euforia se concentra em um punhado de ações de tecnologia e que ações estão um pouco caras, mas nada preocupante
S&P 500 e Nasdaq têm o pior desempenho em dois anos e arrastam a Nvidia (NVDC34) — quem é o culpado por esse tombo?
Os vilões das baixas foram duas gigantes norte-americanas, que causaram um efeito dominó e pressionaram todo um setor; por aqui, dólar renovou máxima e Ibovespa terminou o dia em baixa
O mercado de ações dos EUA está caro, mas há oportunidades: veja as principais apostas da gestora do JP Morgan para o 2º semestre
Para Mariana Valentini, da JP Morgan Asset Management, é necessário diversificar a carteira de investimentos — e outros países além dos EUA podem ser uma boa pedida agora
Fiagro salta mais de 30% e registra o maior retorno do ano; confira o ranking dos fundos agro mais rentáveis de 2024 até agora
De acordo com um levantamento da Quantum FInance, oito fundos da classe acumulam um retorno positivo neste ano