Com chegada de novo sócio, Wine quer encher sua taça de vinho nos bares, restaurantes, hotéis e supermercados
Após adquirir a Cantu em 2021, a Wine anunciou na semana passada que o valor remanescente da dívida de R$ 141,6 milhões foi convertido na emissão de novas ações ordinárias

Uma característica comum entre os iniciantes no mundo dos vinhos é ir aos poucos, conhecendo os rótulos de maneira cuidadosa e avançando conforme se adquire conhecimento e confiança no assunto.
Afinal, ninguém entende logo de primeira as diferenças entre as uvas ou o que significa terroir (são os atributos geográficos, geológicos e climáticos de um lugar).
E é com o cuidado de quem experimenta as primeiras taças de vinho — dando um passo de cada vez — que o Grupo Wine vê a chegada de seu novo sócio, Peterson Cantu, dono da importadora que leva seu sobrenome.
Após adquirir a empresa em 2021, a Wine anunciou na semana passada que o valor remanescente, de R$ 141,6 milhões da dívida existente que deveria ser paga até 2024, foi convertido na emissão de novas ações ordinárias.
Atualmente, a Cantu possui mais de 15 mil clientes no canal B2B — do inglês bussiness to business, quando uma empresa vende diretamente a outras — com forte presença em supermercados, redes varejistas, bares, restaurantes, casas noturnas e hotéis.
E a Wine — controlada pela Península, de Abílio Diniz, e pela EB Capital — deseja aproveitar justamente tamanha capilaridade para avançar em novas frentes e estar presente em mais momentos da vida do consumidor.
Leia Também
Rio Bravo: “Momento é de entrada em fundos imobiliários de tijolo, não de saída”
A Wine é mais conhecida por ter o maior clube de vinhos do país. A empresa conta hoje com 336 mil assinantes, um aumento de 25% em relação ao mesmo período de 2021.
Nos últimos anos, a Wine se beneficiou do aumento do consumo de vinho no Brasil, que cresceu de 160 milhões de garrafas por ano em 2019 para os 200 milhões atuais. Mas o novo momento da pandemia, com maior possibilidade de circulação das pessoas, também tirou a concentração do consumo feito dentro de casa.
“Não existe ex-bebedor de vinho, a diferença agora é que o consumidor está em outra jornada de consumo”, diz Marcelo D’Arienzo, CEO da Wine, em entrevista ao Seu Dinheiro. “Nossa missão é conseguir acompanhar esse deslocamento de demanda, por isso fazia mais sentido esse crescimento mais forte no B2B com a Cantu para fortalecer a estratégia de ataque ao mercado”.
O segmento offline da Wine registrou R$ 49,3 milhões de receita líquida de janeiro a março deste ano, um aumento de 281,1% em relação ao mesmo período de 2021 e que representa quase 36,2% do total da receita da companhia — uma amostra do potencial a ser explorado.
Da maneira como imagina sua operação a partir de agora, o cliente terá acesso aos produtos do Grupo sempre que desejar tomar um vinho: seja ao receber as garrafas de seu clube de assinatura, ao comprar uma garrafa para presentear alguém nas lojas físicas, em um jantar com amigos num restaurante ou durante as férias com a família, num hotel no campo.
Com o novo sócio, a importância do clube de assinaturas segue a mesma, mas o CEO reconhece que o B2B precisa ser fortalecido, com cada vez mais capacidade de distribuição nacional e presença no mundo offline. Aqui é onde os mais de 30 anos de experiência de Cantu nesse mercado devem contribuir mais, trazendo um novo fôlego.
Wine no país da tequila
No ano passado, a Wine também quis fincar a bandeira no México, onde pretende ter 10 mil assinantes de seu clube no fim de 2022.
D’Arienzo explica que a estratégia internacional não é agressiva e consiste em atuar em países fundamentalmente não produtores de vinho e com necessidade de importação — Colômbia e Peru também estão nessa lista.
“Não tenho datas, mas são lugares que observamos, com um perfil de consumidor emergente”, diz o CEO. “Posso citar alguns lugares da Ásia também onde gostaríamos de atuar, mas por enquanto nosso foco continua no México de forma humilde e aberta a entender as necessidades do consumidor, taxa de rotatividade, como cresce nossa base”.
Parceiro americano
Outro caminho para ampliar a disponibilidade dos vinhos da Wine foi firmar uma parceria com a rede americana Outback (não, não é australiana!), que começou neste mês.
D’Arienzo queria uma marca forte e presente no país inteiro para fazer essa combinação, afinal, um bom vinho quase sempre está acompanhado de uma refeição.
“Essa parceria é um ótimo exemplo daquilo que queremos fazer, pois nos ajuda em nosso posicionamento e também a ter mais informações sobre negócios, consumo, venda inteligente. A nossa estratégia de capilaridade passa por esse tipo de parceria com redes grandes”, diz o CEO do Grupo Wine.
O executivo mantém o mesmo espírito de dar um passo de cada vez quando fala sobre a abertura de lojas físicas da Wine, que já somam 17 unidades em todo o Brasil.
O plano inicial era de abrir pelo menos uma loja por mês, mas o clima macroeconômico acabou azedando seus planos, que devem ser retomados ao longo do segundo semestre com algumas inaugurações.
Wine aguarda a próxima safra para o IPO
No fim de 2020, o Grupo Wine fez um pedido de IPO na CVM, com expectativa de listagem no Novo Mercado da B3, mas suspendeu o projeto voluntariamente diante de um mercado ainda sem muito apetite no meio da pandemia.
Por enquanto, o CEO aguarda uma próxima oportunidade para concretizar esse plano.
"Continuamos a monitorar essa oportunidade, mas não vemos uma janela aberta no momento. Mantemos nosso registro como empresa de capital e estaremos prontos quando esse dia chegar, desde que faça sentido para a companhia", afirma D’Arienzo.
TRBL11 recebe R$ 6 milhões em acordo por imóvel que é alvo de impasse com os Correios — agora o FII está de olho na disputa judicial contra a estatal
Segundo o gestor da Rio Bravo, o acordo “é apenas o começo” e, agora, o fundo imobiliário busca cobrar os Correios e voltar a ocupar o galpão com um novo inquilino
Banco do Brasil (BBAS3) supera a Vale (VALE3) em um quesito na bolsa; saiba qual
Os dados são de um levantamento mensal do DataWise+, parceria entre a B3 e a Neoway
Fundo imobiliário MFII11 mira novo projeto residencial na zona leste de São Paulo; veja os detalhes
O FII vem chamando atenção por sua estratégia focada em empreendimentos residenciais ligados ao Minha Casa, Minha Vida (MCMV)
Ibovespa renova máxima histórica e dólar vai ao menor nível desde julho de 2024 após dados de inflação nos EUA; Wall Street também festeja
Números de inflação e de emprego divulgados nesta quinta-feira (11) nos EUA consolidam a visão do mercado de que o Fed iniciará o ciclo de afrouxamento monetário na reunião da próxima semana; por aqui, há chances de queda da Selic
Fundo imobiliário do BTG quer vender cinco imóveis por mais de R$ 830 milhões — e já tem destino certo para o dinheiro
Criado especialmente para adquirir galpões da Log Commercial Properties (LOGG3), o BTLC11 comprou os ativos em 2023, e agora deseja gerar valor aos cotistas
GGRC11 ou Tellus: quem levou a melhor na disputa pelo galpão da Renault do FII VTLT11, que agora se despede da bolsa
Com a venda do único imóvel do portfólio, o fundo imobiliário será liquidado, mas cotistas vão manter a exposição ao mercado imobiliário
Fundo imobiliário (FII) aposta em projetos residenciais de alto padrão em São Paulo; veja os detalhes
Com as transações, o fundo imobiliário passa a ter, aproximadamente, 63% do capital comprometido em cinco empreendimentos na capital paulista
Fundo imobiliário Iridium Recebíveis (IRIM11) reduz dividendo ao menor nível em um ano; cotas caem
A queda no pagamento de proventos vem em meio a negociações para a fusão do FII ao Iridium Fundo de Investimento Imobiliário (IRIM11)
Ibovespa sobe 0,52% após renovar máxima intradia com IPCA e PPI no radar; dólar cai a R$ 5,4069
Deflação aqui e lá fora em agosto alimentaram a expectativa de juros menores ainda neste ano; confira os dados e o que mais mexeu com a bolsa e o câmbio nesta quarta-feira (10)
Ouro supera US$ 3.700 pela primeira vez e segue como o refúgio preferido em 2025
Ataque de Israel ao Catar e revisão dos dados de emprego nos EUA aumentaram a busca por proteção e levaram o metal precioso a renovar recorde histórico
Disputa judicial entre Rede D’Or e FIIs do BTG Pactual caminha para desfecho após mais de uma década
Além da renegociação das dívidas da empresa do setor de saúde, os acordos ainda propõem renovações de contratos — mas há algumas condições
Comprado em bolsa brasileira e vendido em dólar: a estratégia do fundo Verde também tem criptomoedas e ouro
Na carta de agosto, o fundo criado por Luis Stuhlberger chama atenção para o ciclo eleitoral no Brasil e para o corte de juros nos EUA — e conta como se posicionou diante desse cenário
Commodities e chance de juro menor dão suporte, mas julgamento de Bolsonaro limita ganhos e Ibovespa cai
O principal índice da bolsa brasileira chegou a renovar máximas intradia, mas perdeu força no início da tarde; dólar à vista subiu e ouro renovou recorde na esteira do ataque de Israel ao Catar
Fundo imobiliário GARE11 anuncia compra de dois imóveis por R$ 32,3 milhões; confira os detalhes da operação
O anúncio da compra dos imóveis vem na esteira da venda de outros dez ativos, reforçando a estratégia do fundo imobiliário
FII vs. FI-Infra: qual o melhor fundo para uma estratégia de renda com dividendos e isenção de imposto?
Apesar da popularidade dos FIIs, os fundos de infraestrutura oferecem incentivos fiscais extras e prometem disputar espaço nas carteiras de quem busca renda mensal isenta de IR
Rubens Ometto e Luiza Trajano bem na fita: Ações da Cosan (CSAN3), do Magalu (MGLU3) e da Raízen (RAIZ4) lideram altas da semana no Ibovespa
Se as ações da Cosan, do Magazine Luiz e da Raizen brilharam no Ibovespa, o mesmo não se pode dizer dos papéis da Brava, da Marfrig e da Azzas 2154
É recorde atrás de recorde: ouro sobe a US$ 3.653,30, renova máxima histórica e acumula ganho de 4% na semana e de 30% em 2025
O gatilho dos ganhos de hoje foi o dado mais fraco de emprego dos EUA, que impulsionou expectativas por cortes de juros pelo banco central norte-americano
Ibovespa renova máximas e dólar cai a R$ 5,4139 com perspectiva de juro menor nos EUA abrindo as portas para corte na Selic
O Departamento do Trabalho dos EUA divulgou, nesta sexta-feira (5), o principal relatório de empregos dos Estados Unidos, o payroll, que veio bem abaixo do esperado pelo mercado e dá a base que o Fed precisava para cortar a taxa, segundo analistas
Ibovespa volta a renovar máxima na esteira de Nova York e dólar acompanha; saiba o que mexe com os mercados
Por aqui, os investidores seguem de olho nas articulações do Congresso pela anistia, enquanto lá fora a chance de corte de juros pelo Fed é cada vez maior
Ouro bate recorde pelo segundo dia seguido e supera US$ 3.600. Hype ou porto seguro?
A prata segue a mesma trajetória de ganhos e renova o maior nível em 14 anos a US$ 42,29 a onça-troy; saiba se vale a pena entrar nessa ou ficar de fora