RESUMO DO DIA: O presidente — que, segundo a pesquisa do antigo Ibope, ainda corre o risco de perder para Lula no primeiro turno das eleições de outubro — deve usar o evento como plataforma para promover seu governo e falar direto aos eleitores indecisos.
A caminhada do candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) nesta terça-feira (30) pelo Brás, bairro comercial no centro da capital paulista, chamou a atenção de curiosos e causou leve engarrafamento nas ruas.
A movimentação começou tímida e, à medida que o candidato andava entre as lojas, ouviam-se os gritos favoráveis — mais para seu padrinho político, o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, de quem ele foi ministro da Infraestrutura, do que a ele próprio.
Tarcísio de Freitas fez um aceno às mulheres durante as andanças pelo bairro. Se eleito, ele prometeu criar uma secretaria para a promoção de políticas públicas para mulheres e uma linha de crédito específica para empreendedoras.
O candidato pretende ainda reforçar o efetivo das polícias Civil e Militar, se eleito. Ao final de quatro anos, a promessa é restabelecer o déficit de 25 mil homens — 15 mil na Polícia Civil e 10 mil na Polícia Militar no estado.
Freitas pretende também reduzir a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), se eleito. Ele quer ainda ampliar o prazo de pagamento do tributo. (Estadão Conteúdo)
O governador de Minas Gerais e candidato à reeleição, Romeu Zema (Novo), lidera a disputa estadual com 44% das intenções de voto. O dado é da pesquisa Ipec, divulgada nesta terça-feira (30).
Candidato apoiado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e principal adversário de Zema na corrida eleitoral, o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD) vem em seguida, com 24%.
Com apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), Carlos Viana puxa o pelotão de trás, com 3%. Cabo Tristão (PMB), Lorene Figueiredo (PSOL), Marcus Pestana (PSDB), Renata Regina (PCB) e Vanessa Portugal (PSTU) possuem 1% cada. Indira Xavier (Unidade Popular) e Lourdes Francisco (PCO) não pontuaram. Brancos e nulos somam 11%. Não souberam, 13%.
O Ipec ainda simulou um cenário de eventual segundo turno na disputa mineira. Zema venceria Kalil por um placar de 52% a 30%. Brancos e nulos são 10%. Não sabe ou não respondeu, 9%.
O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) disse nesta terça-feira (30) que conflitos de agenda não são desculpas para candidatos fujões justificarem ausência aos eventos.
“Conflito de agenda não é desculpa para candidatos fujões não participarem de um evento tão importante como esse, especialmente diante da situação econômica e dos problemas do País”, disse Ciro após ouvir que alguns candidatos negaram participação no evento da Unes desta terça-feira.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta terça-feira (30), que pretende ir a novos debates na TV durante a campanha eleitoral.
No primeiro encontro “cara a cara” com outros candidatos ao Palácio do Planalto, no último domingo (28), o chefe do Executivo atacou a jornalista Vera Magalhães e a senadora Simone Tebet (MDB).
O rompante foi considerado um erro pela equipe bolsonarista, devido ao potencial de afastar as eleitoras, que já o rejeitam mais do que os homens.
“Você falou o verbo no tempo certo. Pretendo, pretendo”, respondeu Bolsonaro, ao ser questionado por jornalistas sobre a ida aos próximos debates.
No primeiro debate, Bolsonaro se irritou com uma pergunta sobre a pandemia de covid-19 e acabou atacando Vera Magalhães e Tebet.
A avaliação na campanha é de que Bolsonaro estava indo bem no debate ao usar os escândalos de corrupção nos governos petistas para tentar aumentar a rejeição ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu principal adversário na disputa eleitoral.
No entanto, a performance do candidato à reeleição “desandou” quando o foco se deslocou para o ataque às mulheres, disseram aliados ao Broadcast Político.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) se irritou com uma pergunta sobre o Centrão nesta terça-feira (30), e abandonou a entrevista coletiva que concedia no evento Diálogos com Candidatos à Presidência da República, organizado pela União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs).
Primeiro, após discursar para empresários dos setores de comércio e serviços, o candidato à reeleição encontrou uma senhora venezuelana e pediu que a imprensa fizesse perguntas a ela.
Bolsonaro costuma citar a Venezuela, governada de forma ditatorial pelo esquerdista Nicolás Maduro, para atacar o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera as pesquisas de intenção de voto para o Palácio do Planalto.
Em seguida, quando questionado se ele se sentia constrangido por negociar com o Centrão, Bolsonaro respondeu que precisava “aprovar projetos”.
Um dos profissionais da imprensa presente perguntou ao presidente se o Ministério da Cidadania tinha sido “entregue” ao grupo político, mas ele negou.
“Tchutchuca do Centrão? Você não tem classe para fazer a pergunta, não? Quem é Tchutchuca do Centrão? Me apontem ministérios entregues para políticos, me apontem! João Roma? (Ex-ministro da Cidadania) tenente do Exército. Botei o João Roma lá. Fez um bom trabalho”, afirmou aos jornalistas.
Ao ser perguntado se a indicação para o Ministério da Cidadania não tinha sido do partido Republicanos, Bolsonaro não respondeu e reclamou que “não dá para conversar” com os jornalistas, deixando o local da entrevista. (Estadão Conteúdo)
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 42,3% das intenções de voto no primeiro turno, contra 34,1% do presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo pesquisa do Instituto MDA Pesquisa, encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e divulgada nesta terça-feira (30).
Na nova rodada do levantamento, Lula oscilou positivamente 1 ponto porcentual e Bolsonaro cresceu 2 pontos, dentro da margem de erro.
Vale ressaltar que a última pesquisa divulgada pelo instituto, em maio, ainda contava com o ex-governador João Doria (PSDB), o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) e o deputado federal André Janones (Avante), que não fazem mais parte da corrida.
O segundo pelotão da corrida presidencial:
- Ciro Gomes (PDT): 7,3%
- Simone Tebet (MDB): 2,1%
- Luiz Felipe D’Ávila (Novo): 0,3%
- Roberto Jefferson (PTB): 0,2%
- Leo Péricles (UP): 0,1%
- Vera Lúcia (PSTU): 0,1%
Brancos e nulos são 5% e indecisos, 7,8%. A pesquisa ainda conta com Pablo Marçal (PROS), que ficou com 0,4% das intenções de voto. Mas, seu partido já decidiu retirar a candidatura para apoiar Lula.
Nas projeções para um eventual segundo turno, Lula manteve a liderança contra Bolsonaro, com 50,1% a 38,8%.
Bolsonaro só teria vantagem no segundo turno, segundo a pesquisa, se disputasse contra Simone Tebet. O atual presidente teria 41,6% e Tebet, 35% das intenções de voto.
A pesquisa ouviu 2.002 pessoas entre os dias 25 e 28 de agosto. A margem de erro é de 2,2 pontos, e o nível de confiança é de 95%.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu ir à Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), marcada para o próximo dia 20 de setembro, em Nova York.
O evento acontece às vésperas da eleição de outubro no Brasil e o chefe do Palácio do Planalto deve usar de artilharia pesada para convencer o mundo e os eleitores brasileiros de que deve conquistar um segundo mandato.
Tradicionalmente, o Brasil é o país que abre a série de discursos entre os chefes de estado e de governo na Assembleia da ONU.
Segundo o jornal O Globo, Bolsonaro deve enfatizar a queda da inflação e atrelar esse movimento à redução dos preços dos combustíveis. Além disso, o presidente também destacará o aumento do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600.
O presidente não deve se esquivar de falar sobre o meio ambiente — uma fonte de pressão internacional sobre o seu governo. A ideia é que ele use a abordagem de que o Brasil é a solução e não um problema para as mudanças climáticas.
Além da mensagem direta aos apoiadores e eleitores indecisos, Bolsonaro também deve usar a Assembleia na ONU para mostrar que ele não está isolado mundialmente.
Pelo menos 451 dos atuais 513 deputados federais tentarão se reeleger no próximo dia 2 de outubro, quando ocorrerá o primeiro turno das eleições deste ano.
O número, que representa cerca de 88% da atual legislatura, é o segundo maior dos últimos 20 anos, abaixo apenas do resultado de 2006, quando 491 políticos com assento na Câmara dos Deputados buscaram a renovação do mandato por mais quatro anos.
Nas eleições gerais de 2018, 413 deputados federais concorreram à reeleição, e 289 tiveram votação suficiente para integrar a atual legislatura, informou a Câmara dos Deputados.
Além do maior número de parlamentares federais tentando a reeleição, 64 deputados estão na disputa por governos estaduais, pelo Senado e pela Presidência da República, segundo o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).
Somando-se os números do TSE e do Diap, conclui-se que apenas dois dos atuais deputados federais não disputarão a eleição. (Agência Brasil)
O candidato à presidência pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta terça-feira (30) que fica “muito à vontade” para discutir corrupção por ter sido o presidente que mais criou instrumentos para combater o crime.
“As pessoas preferem discutir corrupção porque na discussão você pode mentir; na discussão você pode falar o que quiser. Eu fico muito à vontade com essa discussão porque eu tenho orgulho de ter sido o presidente da República que mais criou instrumento de combater a corrupção”, disse o candidato petista durante entrevista à Rádio Mais Brasil, de Manaus (AM).
O discurso foi feito após aliados reclamarem que o ex-presidente deveria ter sido mais enfático ao ser confrontado sobre escândalos de corrupção na era petista durante o primeiro debate presidencial na TV, realizado no último domingo (28).
O presidente Jair Bolsonaro (PL) citou a delação do ex-ministro Antônio Palocci para trazer à tona a corrupção na Petrobras.
Lula respondeu com conquistas de seu governo — mas de maneira “pouco emocionada”, na avaliação de um correligionário — e só tentou “enquadrar” o candidato à reeleição ao final do debate, ao destacar o sigilo de 100 anos aplicado pelo presidente em documentos de Estado.
*Com informações do Estadão Conteúdo
O candidato do PDT a presidente, Ciro Gomes, propôs o corte de 20% das renúncias fiscais concedidas pelo governo federal caso seja eleito.
“Todo gasto desnecessário que não seja imperativo, vou fazer como o velho Tancredo, é proibido gastar, vou passar o pente fino”, afirmou.
Falando nesta terça-feira (30) para empresários durante evento da União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs) com presidenciáveis, em Brasília, Ciro criticou a inserção de itens na cesta básica para não pagar PIS/Cofins.
“Salmão, queijo suíço, filé mignon. Dá R$ 8 bilhões de renúncia fiscal”, disse.
No ano passado, a renúncia de impostos totalizou R$ 350 bilhões, segundo o candidato. “Com 20% de corte, são R$ 70 bilhões e acaba o déficit primário”, completou. (Estadão Conteúdo)
O agregador de pesquisas eleitorais do Estadão Dados, atualizado com os dados divulgados nesta segunda-feira (29) das empresas Ipec e FSB, mostra Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 45% das intenções de voto e Jair Bolsonaro (PL), com 33%.
Se forem considerados apenas os votos válidos (sem contar nulos, brancos e indecisos), o candidato petista lidera por 51% a 38%.
A Média Estadão Dados não é a simples soma dos resultados e divisão pelo número de pesquisas. O cálculo, atualizado diariamente, considera as linhas de tendência de cada candidato (se estão estáveis, subindo ou caindo).
Além disso, atribui pesos diferentes às pesquisas segundo sua “idade” (a data de realização) e metodologia (consideramos que, na média, os resultados são mais precisos quando os eleitores são entrevistados de forma presencial, em vez de por telefone).
Neste momento, os gráficos do agregador mostram 71 pesquisas sobre a corrida presidencial divulgadas nos últimos seis meses, mas nem todas são consideradas para estimar o desempenho atual dos candidatos.
Atualmente, entram na média as pesquisas das empresas que divulgaram pelo menos um levantamento nos últimos 23 dias. Essa janela de inclusão vai diminuir com o tempo.
O objetivo é evitar que resultados desatualizados afetem os números do agregador.
Veja a agenda dos candidatos à Presidência da República para esta terça-feira, 30 de agosto.
- Ciro Gomes (PDT): o candidato começa sua agenda em Brasília, onde às 9h participa dos Diálogos UNECS (União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços), no Centro de Convenções Brasil 21. Às 11h, participa de evento com candidata ao governo do Distrito Federal Leila do Vôlei, na Avenida Central, em frente ao Mercado do Núcleo Bandeirante. À noite, viaja para o Rio de Janeiro, onde participa, às 21h, ao vivo, da CiroTV, com reações à propaganda eleitoral.
- José Maria Eymael (DC): o candidato concede entrevista à TV Globo, às 17h.
- Felipe D’Ávila (Novo): a agenda do candidato envolverá entrevistas ao vivo para rádios e jornal. Às 8h15, será entrevistado pela rádio Vila Real FM de Cuiabá. Às 10h, a entrevista é para o jornal Gazeta do Povo. Às 12h30, fala para o Programa Pânico.
- Jair Bolsonaro (PL): o candidato participa dos Diálogos com Candidatos, organizados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em Brasília.
- Léo Péricles (UP): Pela manhã o candidato terá conversa com apoiadores. Às 13h30, gravará vídeos com candidatas do UP Minas Gerais e às 17h30 fará panfletagem na Universidade Federal de Minas Gerais.
- Lula (PT): às 8h25 o candidato começa o dia de campanha dando entrevista para as rádios Mais Brasil FM, de Manaus, e para a Mais Brasil News, do Distrito Federal. Às 10h30, Lula se reúne com governadores e ex-governadores para discutir segurança pública no Brasil, no Hotel Grand Mercure do Ibirapuera, em São Paulo.
- Roberto Jefferson (PTB): o candidato está em prisão domiciliar e não tem agenda pública prevista.
- Simone Tebet (MDB): a candidata tem agenda em cidades paulistas. Durante a manhã, estará em Taubaté. Às 10h30, visita a Cozinha Piloto do Programa Mesa de Taubaté e, às 11h, faz caminhada no calçadão até o Mercado Municipal. À tarde, visita São José dos Campos, com agendas no Parque Tecnológico da cidade, às 14h30, e caminhada no Mercado Municipal, às 16h. Às 20h, participa de live com apoiadores.
- Sofia Manzano (PCB): a agenda da candidata será de entrevistas e respostas à imprensa, sem atividades externas.
- Soraya Thronicke (União Brasil): o dia de campanha da candidata começa às 9h, em São Paulo, em reunião com a equipe de comunicação e estratégia, no Comitê de Campanha. À tarde, viaja para Brasília onde participa, às 14h, da “Agenda UNECS” | Diálogo com os candidatos à Presidência da República promovido pela União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (UNECS), no Centro de Eventos e Convenções Brasil 21. Ao final do evento, atenderá à imprensa. Às 16h, grava entrevista para a TV Globo.
- Vera Lucia (PSTU): a candidata fará campanha na cidade de Santa Cruz do Sul (RS). Às 12h, participa de plenária e almoço com filiados e militantes do PSTU. Às 14h, concede entrevista à Rádio Gazeta 107,9 FM. Já às 16h, participa de panfletagem na fábrica da Mor.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua com ampla vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL) e segue vislumbrando a possibilidade de vitória em primeiro turno.
É o que mostra a mais recente pesquisa do Ipec, encomendada pela Rede Globo e divulgada na noite de ontem.
Lula lidera o levantamento do Ipec, com 44% das intenções de voto. Bolsonaro vem em segundo lugar, com 32%.
A pesquisa do antigo Ibope ainda mostra que a intenção de voto no petista supera a soma da preferências por todos os demais candidatos.