Investidor, cuidado para não entrar nas “piscinas de atenção” das ações e acabar se afogando; entenda
Existem hoje cerca de 450 empresas negociando ações na Bolsa brasileira, e a lista vai crescendo com os ciclos de IPOs.
Estimativas para fim de 2025 dão conta de uma gôndola com 3 mil empresas oferecidas a 5 milhões de CPFs cadastrados.
Se para uma equipe de research formada por 40 analistas já é difícil de acompanhar as idiossincrasias de cada ticker, imagine o esforço demandado de um investidor pessoa física.
Simplesmente não há como dominar sozinho um universo de centenas de ações. E temos dificuldade de fazer escolhas diante do excesso de alternativas.
Conversei ontem sobre isso com o Professor Terrance Odean, um dos ilustres convidados do nosso evento de aniversário, agendado para a segunda semana de novembro.
Depois de trazermos Daniel Kahneman e Richard Thaler, completaremos neste ano a Trindade das Finanças Comportamentais em nossas celebrações anuais.
Leia Também
No famoso estudo All that Glitters, Terry Odean investigou pela primeira vez os efeitos das "piscinas de atenção" nas compras e vendas de ativos de renda variável.
Em vez de gastar tempo e suor nadando em águas profundas, é muito mais cômodo fazer hidroginástica nas águas rasas das piscinas de atenção.
O que são as piscinas de atenção
Sem fôlego para nadar na imensidão do Oceano Atlântico (só a Bia consegue), investidores desprovidos de brânquias se contentam em mergulhar rapidamente nas piscinas de atenção formadas dentro do mercado. Elas são abastecidas basicamente por três fontes:
- Ações que aparecem em destaque nos jornais e nas redes sociais;
- Ações que negociam sob volume muito acima de sua média histórica;
- Ações com retornos diários excepcionais, para cima ou para baixo.
Naturalmente, esses três tipos de situação atraem o interesse da massa de investidores de uma maneira desproporcional, povoando salas de fóruns e ditando trending topics no Twitter.
É um ecossistema em que predomina a lei do menor esforço: são admiradas apenas as peças que aparecem em relevo na vitrine.
Mas a preguiça cognitiva custa caro, não poderia ser diferente
Alguns dos destaques realmente chegaram lá por merecimento, mas a maioria deles estava apenas experimentando seus 15 minutos de fama.
Na falsa impressão de que sempre dá pé, investidores que não sabem nadar morrem afogados nas piscinas de atenção.
Ironicamente, talvez sobrevivessem se mergulhassem no mar.
Como o mar é muito mais perigoso, ficamos com medo, e só avançamos até o ponto em que a água bate no umbigo. Assim entramos vivos e saímos vivos da água.
Felipe Miranda: Um portfólio para qualquer clima ideológico
Em tempos de guerra, os generais não apenas são os últimos a morrer, mas saem condecorados e com mais estrelas estampadas no peito. A boa notícia é que a correção de outubro nos permite comprar alguns deles a preços bastante convidativos.
A temporada de balanços já começa quente: confira o calendário completo e tudo que mexe com os mercados hoje
Liberamos o cronograma completo dos balanços do terceiro trimestre, que começam a ser divulgados nesta semana
CNH sem autoescola, CDBs do Banco Master e loteria +Milionária: confira as mais lidas do Seu Dinheiro na semana
Matérias sobre o fechamento de capital da Gol e a opinião do ex-BC Arminio Fraga sobre os investimentos isentos de IR também integram a lista das mais lidas
Como nasceu a ideia de R$ 60 milhões que mudou a história do Seu Dinheiro — e quais as próximas apostas
Em 2016, quando o Seu Dinheiro ainda nem existia, vi um gráfico em uma palestra que mudou minha carreira e a história do SD
A Eletrobras se livrou de uma… os benefícios da venda da Eletronuclear, os temores de crise de crédito nos EUA e mais
O colunista Ruy Hungria está otimista com Eletrobras; mercados internacionais operam no vermelho após fraudes reveladas por bancos regionais dos EUA. Veja o que mexe com seu bolso hoje
Venda da Eletronuclear é motivo de alegria — e mais dividendos — para os acionistas da Eletrobras (ELET6)
Em um único movimento a companhia liberou bilhões para investir em outros segmentos que têm se mostrado bem mais rentáveis e menos problemáticos, além de melhorar o potencial de pagamento de dividendos neste e nos próximos anos
Projeto aprovado na Câmara permite divórcio após a morte de um dos cônjuges, com mudança na divisão da herança
Processos iniciados antes do falecimento poderão ter prosseguimento a pedido dos herdeiros, deixando cônjuge sobrevivente de fora da herança
A solidez de um tiozão de Olympikus: a estratégia vencedora da Vulcabras (VULC3) e o que mexe com os mercados hoje
Conversamos com o CFO da Vulcabras, dona das marcas Olympikus e Mizuno, que se tornou uma queridinha entre analistas e gestores e paga dividendos mensais
Rodolfo Amstalden: O que o Nobel nos ensina sobre decisões de capex?
Bebendo do alicerce teórico de Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt se destacaram por estudar o papel das inovações tecnológicas nas economias modernas
A fome de aquisições de um FII que superou a crise da Americanas e tudo que mexe com o seu bolso nesta quarta (15)
A história e a estratégia de expansão do GGRC11, prestes a se tornar um dos cinco maiores FIIs da bolsa, são os destaques do dia; nos mercados, atenção para a guerra comercial, o Livro Bege e balanços nos EUA
Um atalho para a bolsa: os riscos dos IPOs reversos, da imprevisibilidade de Trump e do que mexe com o seu bolso hoje
Reportagem especial explora o caminho encontrado por algumas empresas para chegarem à bolsa com a janela de IPOs fechada; colunista Matheus Spiess explora o que está em jogo com a nova tarifa à China anunciada por Trump
100% de tarifa, 0% de previsibilidade: Trump reacende risco global com novo round da guerra comercial com a China
O republicano voltou a impor tarifas de 100% aos produtos chineses. A decisão foi uma resposta direta ao endurecimento da postura de Pequim
Felipe Miranda: Perdidos no espaço-tempo
Toda a Ordem Mundial dos últimos anos dá lugar a uma nova orientação, ao menos, por enquanto, marcada pela Desordem
Abuse, use e invista: C&A queridinha dos analistas e Trump de volta ao morde-assopra com a China; o que mexe com o mercado hoje?
Reportagem especial do Seu Dinheiro aborda disparada da varejista na bolsa. Confira ainda a agenda da semana e a mais nova guerra tarifária do presidente norte-americano
ThIAgo e eu: uma conversa sobre IA, autenticidade e o futuro do trabalho
Uma colab entre mim e a inteligência artificial para refletir sobre três temas quentes de carreira — coffee badging, micro-shifting e as demissões por falta de produtividade no home office
A pequena notável que nos conecta, e o que mexe com os mercados nesta sexta-feira (10)
No Brasil, investidores avaliam embate após a queda da MP 1.303 e anúncio de novos recursos para a construção civil; nos EUA, todos de olho nos índices de inflação
Esta ação subiu mais de 50% em menos de um mês – e tem espaço para ir bem mais longe
Por que a aquisição da Desktop (DESK3) pela Claro faz sentido para a compradora e até onde pode ir a Microcap
Menos leão no IR e mais peru no Natal, e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (9)
No cenário local, investidores aguardam inflação de setembro e repercutem derrota do governo no Congresso; nos EUA, foco no discurso de Powell
Rodolfo Amstalden: No news is bad news
Apuração da Bloomberg diz que os financistas globais têm reclamado de outubro principalmente por sua ausência de notícias
Pão de queijo, doce de leite e… privatização, e o que mexe com os mercados nesta quarta-feira (8)
No Brasil, investidores de olho na votação da MP do IOF na Câmara e no Senado; no exterior, ata do Fomc e shutdown nos EUA