🔴 [SAVE THE DATE] ONDE INVESTIR 2º SEMESTRE – A PARTIR DE 1º DE JULHO – INSCREVA-SE PARA PARTICIPAR

Jasmine Olga

Jasmine Olga

É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

FECHAMENTO

Mercado olha desconfiado para Orçamento e Ibovespa acompanha queda do exterior; dólar fica estável

Com a agenda de indicadores esvaziada e a véspera de feriado, os investidores acabaram optando pela cautela

Jasmine Olga
Jasmine Olga
20 de abril de 2021
18:44 - atualizado às 20:01

Com o clima de sexta-feira reinando em plena terça-feira (20), a cautela ditou o tom dos negócios hoje. Além da tradicional tirada de pé do acelerador, típica das vésperas de feriado, outros elementos se somaram e levaram o Ibovespa a recuar 0,72%, aos 120.061 pontos. No pior momento da sessão, o índice chegou a perder os 120 mil pontos, patamar sustentado com sucesso nos últimos pregões

As bolsas americanas - que funcionam normalmente amanhã - fecharam o dia em queda, puxadas pelo desempenho ruim do petróleo e seguindo um movimento de realização de lucros após os recentes recordes. 

Já aqui, o que repercutiu pelo mercado foi o acordo para (enfim) a aprovação do Orçamento. Com cinco meses de atraso, o tema já gerou muito ruído e tensão, então, natural que a simples retirada dessa pedra do sapato trouxesse algum alívio. 

A bolsa brasileira chegou a abrir o dia em alta, mas rapidamente cedeu à pressão externa e foi aprofundando a queda ao longo do dia. O dólar à vista durante a maior parte do dia operou em queda, refletindo essa visão de “antes feito do que perfeito” do mercado, mas desacelerou conforme a divisa se fortaleceu no mercado internacional. 

A busca pelo dólar, clássico ativo de proteção, tem origem na preocupação dos investidores com a pandemia, que ainda segue forte em diversos países e preocupa principalmente a Europa, a Índia e o Brasil. Ao fim do dia, a moeda americana fechou estável, com uma leve alta de 0,01%, a R$ 5,5508.

Se por um lado o mercado recebe bem a notícia de que os imbróglios políticos em torno da pauta estão encerrados, por outro a situação fiscal fica ainda mais preocupante. “A gente sabe que além dessa coisa de ‘fica dentro do teto, fica fora do teto’, a conta pode ser muito maior com a flexibilização das despesas obrigatórias no PLN2. Deixar um cheque em branco na mão do governo é muito delicado e causa instabilidade e incertezas”, pontua Ariane Benedito, economista da CM Capital. 

Leia Também

Lorena Laudares, analista política da Órama Investimentos, lembra que o regime fiscal é a âncora que alinha expectativas do governo, da classe política e do mercado para o longo prazo. De olho na deterioração ainda maior das contas públicas, a curva de juros - que vinha em uma toada de alívio -, voltou a subir. Dos contratos curtos aos mais longos, todos fecharam o dia com uma alta expressiva, com destaque para os últimos. Confira:

  • Janeiro/2022: de 4,62% para 4,69%
  • Janeiro/2023: de 6,26% para 6,38%
  • Janeiro/2025: de 7,88% para 7,98%
  • Janeiro/2027: de 8,50% para 8,63%

Passando pano

Com cinco meses de atraso, o Orçamento de 2021 parece finalmente em vias de ser sancionado. O grande pauta do dia foi justamente o acordo que permitiu que a novela tivesse um fim.

Em resumo: a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2021 foi alterada, agora chamada de PLN2 e excluiu do teto e da meta fiscal as despesas com saúde e com programas de alívio à pandemia. “Essa solução juridicamente e politicamente resolvem, a princípio, os problemas imediatos do governo, que seriam o risco de um crime de responsabilidade e a perda da governabilidade”, explica a analista política Lorena Laudares. 

Falando em números, isso significa que R$ 125 bilhões de gastos emergenciais ficaram de fora do teto de gastos. Com isso, o governo conseguiu ceder à pressão dos parlamentares e manter R$ 16,5 bilhões em emendas dentro do Orçamento.

Hoje pela manhã, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o acordo permite que o orçamento seja “exequível”. Durante a tarde, em coletiva para comentar a arrecadação federal recorde no primeiro trimestre - que já era antecipada pelos investidores -, Guedes voltou a falar sobre o acordo. Segundo o ministro, a decisão mostra o compromisso do governo com a saúde e a responsabilidade fiscal.

Mas não é bem assim que os analistas do mercado estão encarando a situação. Com o tema se arrastando por tanto tempo, os investidores não viam a hora de colocar um ponto final na história e evitar o prolongamento da briga político-jurídica, já que um consenso dificilmente seria atingido e as alternativas - como o estado de calamidade pública - seriam ainda piores. O acordo foi uma bela “passada de pano” para aliviar a meleca. 

O apagar de uma estrela?

Os maiores derrotados de toda essa situação parecem ter sido Paulo Guedes e sua equipe econômica, que desde o começo dessa história tentaram brigar pelos vetos e pela manutenção das despesas obrigatórias. Essa não é a primeira derrota do ministro e sua equipe.

Guedes está longe de tentar esconder o seu descontentamento. E o mercado concorda, “mas vemos um ministro com cada vez menos força e oculto no governo, sem poder fazer nada”, explica Benedito, da CM Capital. Já Laudares pontua que dessa vez o enfraquecimento da equipe e da agenda liberal se dá pela falta de dimensão sobre a possibilidade de tamanho do rombo. 

No vermelho

No exterior, a agenda esvaziada de indicadores econômicos levou os investidores a entrarem em compasso de espera pelos resultados das grandes empresas americanas. Nos Estados Unidos, a temporada de balanços já está em andamento e tem comandado o rumo dos negócios. 

As bolsas americanas e europeias fecharam no vermelho, também cedendo a um movimento de realização de lucros após os recordes da semana passada e também acompanharam a queda do petróleo - o que também pesou sobre as ações da Petrobras por aqui. Aliás, hoje completa um ano desde que os contratos futuros da commodity foram negociados no negativo. Meu colega Ivan Ryngelblum relembra a história nesta matéria. 

Durante a madrugada, as bolsas asiáticas fecharam sem uma direção única, mesmo após o Banco Central chinês ter mantido a principal taxa de juros nos níveis atuais. O temor do mercado era de que a rápida recuperação econômica levasse a uma retirada dos estímulos monetários. 

Jogando contra

A performance das commodities metálicas, que tanto tem ajudado o Ibovespa nos últimos tempos, pesou contra nesta tarde. 

A Vale divulgou sua produção de minério de ferro do primeiro trimestre deste ano. Foram 68,045 milhões de toneladas, 14,2% acima do mesmo período do ano passado. As vendas do subiram 14,8%, para 59,298 milhões de toneladas. Mas a produção de níquel e cobre recuou.

O desempenho ficou em linha com o piso das projeções para o ano e um pouco abaixo do esperado pelo mercado. As ações da Vale repercutiram os números de forma negativa e mesmo o salto do minério de ferro não foi suficiente para aplacar a queda da mineradora e das siderúrgicas, empresas de grande peso no índice. 

Sobe e desce

Os papéis do Grupo Pão de Açúcar tiveram mais um dia de alta firme neste ano, puxados pelas prévias operacionais robustas do Carrefour Brasil, aumentando a expectativa pelos resultados do GPA. Confira as principais altas do dia:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
PCAR3GPA ONR$ 39,308,92%
MRFG3Marfrig ONR$ 20,714,60%
CMIG4Cemig PNR$ 13,503,85%
CRFB3Carrefour Brasil ONR$ 22,933,29%
BRDT3BR Distribuidora ONR$ 22,843,07%

As ações da Yduqs e o segmento de educação como um todo operaram em forte queda nesta terça-feira. Segundo Marcio Lórega, analista técnico da Ativa Investimentos, as empresas de educação recuaram após o bom desempenho no último mês, em um movimento de rotação de setores.

Em seguida, temos as Lojas Renner, que surpreenderam ao anunciar uma oferta bilionária de ações para financiar aquisições e se fortalecer no e-commerce. Segundo o Estadão, o alvo pode ser a empresa de comércio digital Dafiti. Avaliado em R$ 10 bilhões, o movimento é considerado ousado, e a Renner aprofundou a queda. Confira também as maiores baixas do dia:

CÓDIGONOMEVALORVARIAÇÃO
YDUQ3Yduqs ONR$ 29,55-5,29%
LREN3Lojas Renner ONR$ 43,40-4,05%
GOLL4Gol PNR$ 22,22-3,93%
PRIO3PetroRio ONR$ 92,96-3,17%
BTOW3B2W ONR$ 65,70-2,81%

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
MAIS UMA

Petrobras (PETR4) está considerando emitir R$ 3 bilhões em debêntures incentivadas, isentas de imposto de renda

26 de maio de 2025 - 19:41

Oferta da estatal seguiria outra oferta bilionária de dívida anunciada na semana passada, a da Vale

SOLUÇÃO À VISTA?

Braskem (BRKM5) tem problema societário, e oferta de Tanure “vem na direção” da solução, diz presidente da Petrobras (PETR4)

26 de maio de 2025 - 19:10

Magda Chambriard disse ainda que a petroquímica é um ativo muito importante para a petroleira, que apoiará uma solução para o problema societário, qualquer que seja ela

NOVO NOME, NOVO CÓDIGO

Grupo Toky, antiga Mobly (MBLY3), adia estreia do novo ticker TOKY3 para suas ações na B3; veja nova data

26 de maio de 2025 - 18:55

Estreia do código TOKY3 era para ter ocorrido nesta segunda (26); empresa alega questões técnicas da B3

RECALCULANDO

Presidente da Petrobras (PETR4) diz que pode baixar mais gasolina e diesel se petróleo continuar caindo

26 de maio de 2025 - 16:34

Magda Chambriard disse que tanto a gasolina quanto o diesel estão abaixo do preço de paridade internacional, mas que a empresa está “confortável” com o patamar atual

PRIMERA VEZ EM MESES

Bradesco (BBDC4) faz Banco do Brasil (BBAS3) comer poeira na disputa por valor de mercado após balanços do 1T25. O que fazer com as ações?

26 de maio de 2025 - 10:37

Após entregar um balanço mais forte que o esperado, o Bradesco ganhou fôlego e superou a avaliação do Banco do Brasil na bolsa brasileira

DE SAÍDA DA B3?

Por que o maior acionista da dona do Burger King no Brasil (ZAMP3) quer tirar de vez a Zamp da bolsa brasileira

26 de maio de 2025 - 9:21

Após quase três anos desde a última tentativa, a discussão sobre uma potencial OPA pelas ações da Zamp voltou à mesa do fundo árabe Mubadala

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Tijolo por tijolo: Ibovespa busca caminho de volta a novos recordes em meio ao morde-assopra de Trump e feriado nos EUA

26 de maio de 2025 - 8:08

Depois de ameaçar com antecipação de tarifas mais altas à UE, agora Trump diz que vai negociar até 9 de julho

CAPTAÇÃO DE R$ 6 MILHÕES

Debêntures da Vale (VALE3) serão usadas para financiar projetos ferroviários; veja detalhes

24 de maio de 2025 - 9:23

Investimentos nos ativos será exclusivo para investidores profissionais

PROCURA-SE DIRETOR

Dança das cadeiras na Petrobras (PETR4): Mauricio Tolmasquim deixa diretoria e William França acumula funções até eleição de novo diretor

23 de maio de 2025 - 19:27

Tolmasquim foi indicado pelo governo federal para ser conselheiro da Eletrobras

IOF POR TODOS OS LADOS

Novo IOF pode diminuir lucro de varejistas: JP Morgan avalia Magazine Luiza (MGLU3), Assaí (ASAI3) e Natura (NTCO3) como as mais afetadas

23 de maio de 2025 - 17:55

O maior impacto, segundo os analistas, é para os fornecedores das empresas, mas repasse pela cadeia é uma possibilidade que deságua em maiores preços para os clientes na ponta

DESTAQUES DA BOLSA

Nelson Tanure quer abocanhar a Braskem (BRKM5)? Ações da petroquímica sobem forte na B3 com rumores de oferta

23 de maio de 2025 - 15:28

A performance da petroquímica hoje vem na esteira de notícias de que Nelson Tanure quer abocanhar um pedaço da empresa

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Corrigindo a rota: Governo recua de elevação de IOF sobre remessas a fundos no exterior e tenta tirar pressão da bolsa e do câmbio

23 de maio de 2025 - 8:06

Depois de repercussão inicial negativa, governo desistiu de taxar remessas ao exterior para investimento em fundos

O GRANDE DIA

É hoje! JBS (JBSS3) chega ao dia da votação da dupla listagem com resultado indefinido

23 de maio de 2025 - 7:03

Votação parcial divulgada na véspera mostrava uma pequena diferença de 3,43 pontos percentuais pela rejeição da proposta

APERTE OS CINTOS

Mudanças no IOF contratam pregão difícil para o Ibovespa nesta sexta (23); ações brasileiras caem mais de 4% no after market

22 de maio de 2025 - 22:32

Imposto de diversas operações foi elevado; investidores temem o encarecimento das operações de câmbio, investimentos no exterior e custo do financiamento das empresas

EMISSÃO BILIONÁRIA

Vale (VALE3) anuncia emissão de R$ 6 bilhões em debêntures isentas de imposto de renda com retorno inferior ao dos títulos públicos

22 de maio de 2025 - 20:31

Com isenção, porém, papel deve se manter atrativo em relação aos títulos Tesouro IPCA+; oferta será restrita a investidores profissionais

DESTAQUES DA BOLSA

Vem casamento pela frente? Ações da Gol (GOLL4) chegam a disparar quase 20% e levam Azul (AZUL4) às alturas com expectativas de fusão

22 de maio de 2025 - 13:27

Na avaliação do mercado, parte do combustível para a performance robusta neste pregão é a expectativa de combinação de negócios entre as aéreas

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Dinheiro na mão é solução: Medidas para cumprimento do arcabouço testam otimismo com o Ibovespa

22 de maio de 2025 - 8:26

Apesar da forte queda de ontem, bolsa brasileira segue flertando com novas máximas históricas

HORA DA RESSACA

Fim de festa? Ibovespa volta aos 137 mil pontos com preocupações sobre dívida dos EUA; dólar vai a R$ 5,64 e NY cai mais de 1%

21 de maio de 2025 - 17:47

Os mercados reagiram às discussões sobre o Orçamento no Congresso norte-americano. A proposta pode fazer a dívida do país subir ainda mais

GIRL POWER

Brasil tem três CEOs no ranking de mulheres mais poderosas no mundo dos negócios de 2025 da Fortune; confira quem são as brasileiras na lista

21 de maio de 2025 - 17:27

A Fortune leva em consideração a influência da executiva, capacidade de inovação, trajetória profissional e esforços para melhorar o mundo dos negócios

RALI DE AÇÕES

Recorde do Ibovespa impulsionou preços históricos de 16 ações — cinco empresas registraram valorização superior a 50% no ano

21 de maio de 2025 - 13:45

Levantamento da Elos Ayta mostrou que um grupo expressivo de ações acompanhou o rali do Ibovespa e um setor brilhou mais do que os outros

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar