🔴 AÇÕES, FIIs, BDRs E CRIPTO – ONDE INVESTIR EM SETEMBRO? CONFIRA AQUI

Kaype Abreu

Kaype Abreu

Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Colaborou com Estadão, Gazeta do Povo, entre outros.

incerteza no radar

XP rebaixa ações da Petrobras e vê risco para política de preços

Relatório fala em margens de refino menores no futuro por conta, entre outras coisas, de eventuais importações de derivados com prejuízo para cobrir a demanda interna

Kaype Abreu
Kaype Abreu
8 de fevereiro de 2021
14:32 - atualizado às 20:19
Edifício Sede da Petrobras
Edifício Sede da Petrobras - Imagem: Shutterstock

A XP Investimentos rebaixou as ações da Petrobras de compra para neutro, avaliando que há incertezas a respeito da política de preços de combustíveis da estatal. Os preços-alvo de PETR4 e PETR3 em 12 meses foram alterados de R$ 35 para R$ 32.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A metodologia de preço-alvo tem como fundamento 50% em fluxo de caixa descontado e a outra parte com base em um múltiplo EV/Ebitda de 5,5x sobre os resultados projetados para 2021, diz a corretora. Os papéis da Petrobras caíram mais de 2% nesta segunda-feira (8).

Segundo a XP, a mudança na avaliação sobre a Petrobras reflete a visão dos analistas da casa de que existem riscos "cada vez mais elevados" de que a política de preços de combustíveis da empresa não obedeça a referências internacionais, além de uma margem adicional para custos de importação - prêmio de paridade.

O relatório assinado pelos analistas Gabriel Francisco e Maira Maldonado fala em margens de refino menores no futuro por conta, entre outras coisas, de eventuais importações de derivados com prejuízo para cobrir a demanda interna, especialmente no caso do diesel.

"Como resultado, esperamos resultados mais baixos e menor geração de caixa no futuro, o que implica em uma menor visão de valor das ações", diz o documento da XP.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

ICMS em discussão

Com uma política de preços que procura seguir a variação do preço do petróleo no mercado internacional, a Petrobras está sob pressão diante da necessidade de aumentar os preços dos seus produtos ao mesmo tempo em que existe ameaça de greve dos caminhoneiros pela alta do diesel.

Leia Também

Na sexta-feira (5), o presidente Jair Bolsonaro acenou com a possibilidade de mudar a forma de cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pelos Estados para amenizar a alta dos combustíveis.

A ideia é que ele seja cobrado sobre os combustíveis nas refinarias, e não nas bombas, e defendeu a cobrança de um valor fixo do ICMS por litro, o que daria mais previsibilidade aos consumidores.

Nesta segunda, Bolsonaro falou que se pudesse, tomaria providência sobre o preço dos combustíveis "a partir de agora".

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A possibilidade de alterações no ICMS foi rechaçada pelos secretários estaduais de Fazenda, que culpam a Petrobras pela escalada na alta do preço do diesel.

Política de preços

Parte do mercado também vê falta de transparência da Petrobras pelas mudanças que realizou em sua política de preços. Apesar de ter sido modificada no primeiro semestre de 2020, ela foi anunciada ao mercado apenas na sexta-feira.

O movimento pegou os investidores de surpresa e levantou dúvidas sobre a transparência da decisão, que ao contrário de outras alterações feitas pela companhia desde 2019, não foi comunicada ao mercado.

A Petrobras só emitiu o fato relevante sobre o tema após a informação ter sido revelada pela agência "Reuters". No documento, a estatal admitiu que alterou a política de preços de trimestral para anual "estritamente para fins de gestão e diagnóstico interno" em março de 2020, mas que isso nada interfere nas decisões sobre ajuste de preços, que continuam a seguir a paridade internacional.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A XP reiterou a visão de que o anúncio da Petrobras não significa que a empresa mudou a frequência com que realiza reajustes dos preços da gasolina e do diesel, apesar da mudança no cronograma para a manutenção dos prêmios de paridade.

Mas a corretora disse que considera a mudança no cronograma negativa, porque colocaria a empresa em uma situação difícil em um momento de depreciação do Real e preços do petróleo mais altos.

"O problema é ainda mais preocupante quando se leva em conta que a Petrobras já deveria realizar reajustes significativos de preços de combustíveis para retornar à paridade de importação", dizem os analistas.

Os reajustes, na avaliação da XP, deveriam ser de 20% para o diesel e 12% para a gasolina, "e muito mais para manter as importações em níveis de paridade por uma janela de 12 meses".

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Impactos nos resultados

Para a XP, os impactos negativos dos atuais preços de combustíveis da Petrobras começarão a se manifestar a partir dos resultados do primeiro trimestre deste ano, "senão já no quarto trimestre de 2020, tendo em vista que os preços de combustíveis começaram a ficar abaixo da paridade de importação já neste período".

O resultado apareceria na forma de menores margens de refino e maiores custos de importação de combustíveis – "uma vez que importadores independentes privados não podem operar com as atuais condições de preços", diz ainda o relatório.

Segundo a XP, a manutenção dos preços atuais do diesel implica em um impacto negativo total de -12,7% em relação às estimativas anteriores de Ebitda para 2021E (que pressupunham a manutenção de preços alinhados com as referências internacionais).

A corretora ainda avalia que o ambiente atual implica em uma "grande mudança" na tese de investimento da companhia. "As ações da Petrobras não deverão acompanhar inteiramente as cotações dos preços de petróleo enquanto tais variações não forem repassadas aos preços de combustíveis", diz.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ainda segundo a XP, a Petrobras deve continuar a divulgar "sólidos níveis de geração de caixa", reduzindo endividamento. "Isso reflete o sucesso da gestão atual da companhia em implementar medidas de reduções de custos administrativos, venda de ativos que não são os mais relevantes para a empresa e foco nas operações do pré-sal ", dizem os analistas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
VEIO AÍ

Oi (OIBR3) tem prejuízo líquido de R$ 835 milhões no 2T25; confira os resultados completos

4 de setembro de 2025 - 20:41

A companhia teve uma reversão do lucro de R$ 15 bilhões em comparação ao ano anterior, quando houve ganho de natureza contábil

POR DENTRO DA OPERAÇÃO

A emissão de US$ 2 bilhões em títulos globais da Petrobras (PETR4) é um risco para o investidor?

4 de setembro de 2025 - 19:24

Os bonds com vencimento em 10 de setembro de 2030 terão taxa de retorno ao investidor é de 5,350% ao ano. Já para os bonds com vencimento em 10 de janeiro de 2036, a remuneração é de 6,550% ao ano.

DESCEU QUADRADO

Ambev (ABEV3) é pressionada por preço maior e produção menor; saiba o que fazer com a ação agora

4 de setembro de 2025 - 19:01

Economia em desaceleração e aumento da competição estão entre os fatores que acendem o alerta para os próximos trimestres

MEDICAMENTOS À BASE DE GLP-1

Mounjaro: concorrente do Ozempic está em falta, mas algumas redes de farmácia estão mais bem posicionadas, segundo a XP

4 de setembro de 2025 - 18:03

Corretora também monitorou a concorrência entre o varejo físico e online para produtos com e sem receita médica, incluindo cosméticos

INFORMAÇÃO NUNCA É DEMAIS

Cade pede mais estudos sobre fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi; o que isso significa para o negócio?

4 de setembro de 2025 - 17:02

Entre as informações adicionais para realizar a análise da fusão estão questões que envolvem o mercado de varejo pet físico e online

TÁ CHEGANDO A HORA!

BRF-Marfrig: Cade marca sessão extraordinária para julgar fusão de gigantes nesta sexta-feira (5)

4 de setembro de 2025 - 16:07

O conselheiro Carlos Jacques, que havia pedido vistas do processo em 20 de agosto, liberou nesta quarta (3) seu voto pela aprovação integral da fusão

FASE RUIM

O pior já passou para o Banco do Brasil (BBAS3) ou ainda vem turbulência pela frente? Veja o que diz o Itaú BBA

4 de setembro de 2025 - 15:45

Os analistas destacam que os problemas do agronegócio, que já haviam surpreendido negativamente neste ano, continuam longe de serem resolvidos

VOU PENSAR NO SEU CASO

Cade dá puxão de orelha na Azul (AZUL4) e na Gol (GOLL54) por acordo de rotas compartilhadas e determina prazo de 30 dias para as aéreas notificarem o negócio

4 de setembro de 2025 - 15:11

Segundo o relator do caso, os contratos de codeshare não têm isenção automática da análise concorrencial do órgão antitruste

AS MINAS DE MINAS

“Estamos falando de uma transformação profunda”, diz o CEO da Vale (VALE3) sobre investimento de R$ 67 bilhões. A mineradora vai mudar?

4 de setembro de 2025 - 14:39

Os recursos bilionários serão destinados à retomada da operação de Capanema, em Ouro Preto, que estava paralisada há 22 anos, e estão inseridos em um projeto bem maior da companhia

FIM DA JOINT VENTURE

Raízen deixa Oxxo com fim da parceria com a Femsa, mas mantém lojas de conveniência Shell; ações RAIZ4 disparam na bolsa

4 de setembro de 2025 - 10:47

As companhias anunciaram o fim da joint venture Grupo Nós, criada em 2019, que controlava o Oxxo, além da Shell Select e Shell Café

ESTRATÉGIA

BTG Pactual (BPAC11) agora mira o RH das empresas para crescer no digital: “Os CEOs e CFOs já nos conhecem”

4 de setembro de 2025 - 6:29

Tradicional em investimentos, BTG aposta em previdência, folha de pagamento e soluções para atrair empresas — e novas contas digitais

NÃO FOI DESSA VEZ…

Banco Central reprova compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB)

3 de setembro de 2025 - 21:42

Acordo havia sido anunciado em março, e decisão do BC era último passo para concretização do negócio

ESTRATÉGIA EM CRIPTO

Méliuz (CASH3) compra US$ 1 milhão em bitcoin (BTC) — com uma diferença dessa vez

3 de setembro de 2025 - 19:33

A compra da criptomoeda mais valiosa do mundo se tornou parte fundamental dos negócios da plataforma de cashback

MARÉ POSITIVA

Ações da Cosan (CSAN3) saltam 8% e emendam sexto dia de alta; afinal, o que está animando tanto o mercado?

3 de setembro de 2025 - 17:36

Segundo relatório da Empiricus, três notícias recentes foram positivas para a companhia ou seu setor de atuação

NEW CHALLENGER

Conheça a Anthropic, dona de chatbot rival do ChatGPT, que foi avaliada em quase R$ 1 trilhão

3 de setembro de 2025 - 17:02

A empresa planeja reforçar a capacidade de atender à demanda empresarial e impulsionar a expansão internacional após nova rodada de investimentos

VITÓRIA PARA A BIG TECH

Não é hora de dar tchau: Justiça dos EUA determina que Google não precisa abrir mão do Chrome, e ações disparam nesta quarta (3)

3 de setembro de 2025 - 13:26

O navegador estava no cerne do processo por violar a lei antitruste norte-americana no segmento de buscas e publicidade nos resultados de pesquisa

NOVO ATAQUE

Mais um ataque hacker: fintech Monbank sofre desvio de R$ 4,9 milhões em segunda tentativa de assalto ao sistema financeiro nesta semana

3 de setembro de 2025 - 11:28

A instituição afirmou que a maior parte do valor já foi recuperado e nenhuma conta de clientes foi afetada

HORA DE COMPRAR?

Cosan (CSAN3) é história única de reestruturação na América Latina, e era de ‘valor zero’ da Raízen (RAIZ4) deve acabar, segundo BofA

3 de setembro de 2025 - 10:58

O Bank of America reafirma a recomendação de compra para a Cosan (CSAN3), destacando seu processo único de reestruturação e desalavancagem na América Latina, mas reduz o preço-alvo para R$ 11

EXPANSÃO À VISTA

Itaú Unibanco (ITUB4) revela alavancas por trás de plano ambicioso de dobrar a carteira do negócio de varejo até 2030

2 de setembro de 2025 - 17:28

As metas ambiciosas para o banco de varejo integram o cerne de dois planos estratégicos do Itaú: o iVarejo 2030+ e o Programa PJ 2030. Entenda os detalhes

VAI PINGAR POR AÍ?

Itaú (ITUB4) prepara terreno para dividendos ainda maiores em 2026: CEO revela as alavancas estratégicas para impulsionar o payout

2 de setembro de 2025 - 13:18

Em evento, o presidente Milton Maluhy Filho abriu quais as duas alavancas que podem levar a remuneração aos acionistas a outro nível

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar