Viver cria unidade para terminar obras que a própria construtora deixou inacabadas
A recém-lançada Solv é especializada em terminar edifícios residenciais que a própria Viver deixou inacabados pelo país

Após atravessar uma crise financeira de mais de uma década e recém-saída de uma recuperação judicial, a construtora Viver achou uma alternativa para se manter de pé: criou a Solv, braço especializado em terminar edifícios residenciais que ela própria deixou inacabados pelo País.
Hoje, a companhia realiza obras em quatro torres na região metropolitana de Recife, seis em Minas Gerais e mais oito em Goiânia. Todos os empreendimentos eram da InPar, antigo nome da Viver - havia casos de obras paradas há quase dez anos.
"Fizemos um laboratório na empresa e decidimos transformar em negócio (as construções inacabadas)", afirma Ricardo Piccinini, presidente da Viver e também da Solv. O executivo define o trabalho da Solv como uma espécie de "quimioterapia" nesses edifícios.
Esse tipo de tratamento não é uma tarefa fácil. Isso porque, apesar do dinheiro investido nas obras pela metade, o novo negócio tem de enfrentar a falta de caixa dos empreendimentos e processos judiciais movidos por fornecedores e compradores de imóveis. Apesar disso, a empresa tem conseguido chegar a acordos e voltar ao trabalho.
De olho na concorrência
Com a experiência acumulada com o "espólio" da própria Viver, a Solv quer agora partir para obras inacabadas de terceiros. A companhia mapeou 2 mil obras de edifícios residenciais paradas pelo Brasil e está olhando mais a fundo 167 delas. Entre os edifícios na mira da Solv, estão obras populares inacabadas de construtoras como OAS e Atlântica.
As margens desses negócios, segundo o executivo, são maiores do que vistas no mercado (que são em média de 15%), e o tempo de construção é mais curto, cerca de 24 meses - afinal, parte da estrutura já está pronta. A ideia é que a Solv passe a representar 50% do negócio da Viver nos próximos anos.
Leia Também
Para assumir essas obras, consideradas investimento de alto risco por causa do passivo, a Solv foi atrás de parceiros. Alguns deles são os fundos Jive (de ativos de difícil recuperação), que tem mais de 40% de participação na empresa, e Brick.
Recuperação
A criação da Solv coincide com a saída da Viver da recuperação judicial - caminho que ela tomou em 2016, com dívidas de R$ 1 bilhão. Nesse processo, a empresa também reestruturou a companhia: Ricardo Piccinini assumiu o cargo de presidente após passar seis anos na PDG, outra empresa do mercado de habitação popular que sofreu muito na década passada.
Já Arthur Marin, diretor de operações, teve passagens pela própria PDG e pela Odebrecht. A empresa diz hoje que 98% das dívidas foram pagas.
A empresa encolheu muito desde seu auge. No primeiro trimestre, teve receita de R$ 23,9 milhões e lucro de R$ 113 mil. O número de colaboradores chegou a 120 - na época do pedido de recuperação eram menos de 90. Os acionistas estão dando um voto de confiança para a companhia, que viu as suas ações dispararem 220% desde o início do ano.
Apesar de estar concentrada, por ora, nesses ativos podres, a Viver também quer retomar a agenda de lançamentos. O banco de terrenos da companhia corresponde a R$ 153,7 milhões, sendo 40% no Estado de São Paulo. "A Viver retomará o ciclo de incorporadora normal ainda neste ano", diz Marin.

Baixe já o seu!
Conquiste a sua medalha de investidor com as nossas dicas de onde investir no segundo semestre de 2021 neste ebook gratuito.
Limites
Para Alberto Ajzental, coordenador do curso de negócios imobiliários da Fundação Getulio Vargas, o negócio faz sentido, mas pode esbarrar no futuro com a falta de obras paradas.
"Uma quebra generalizada, como aconteceu no começo da década passada, nunca mais aconteceu. É possível que tenhamos problemas isolados nos próximos anos, mas se torna um mercado menor", diz Ajzental.
De acordo com projeções da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o setor deve ter uma alta de 5% nos lançamentos e 10% nas vendas em 2021, embora haja dificuldades no horizonte. "O crescimento poderia ser maior, mas estamos sofrendo com a falta de insumos", diz José Carlos Martins, presidente da CBIC.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
“O Brasil está desandando, mas a culpa não é só do Lula”. Gestores veem sede de gastos no Congresso e defendem Haddad
Gestores não responsabilizam apenas o governo petista pelo atual nível da pública e pelo cenário fiscal do país — mas querem Lula fora em 2026 mesmo assim
Caixa começa a pagar Bolsa Família de agosto; confira o calendário
Cerca de 19,2 milhões de famílias receberão o benefício em agosto; valor mínimo é de R$ 600, com adicionais que podem elevar a renda mensal
Um colchão mais duro para os bancos e o que esperar para os mercados hoje
No cenário global, investidores aguardam negociações sobre um possível fim da guerra na Ucrânia; no local, Boletim Focus, IGP-10 e IBC-Br
Agenda econômica: reta final da temporada de balanços, Jackson Hole e Fed nos holofotes; confira os principais eventos da semana
XP fecha a temporada de balanços enquanto dados-chave no Brasil, Fed, China e Europa mantém agenda da semana movimentada
Lotofácil 3472 pode pagar quase R$ 2 milhões hoje; Quina, Lotomania e Dupla Sena oferecem prêmios maiores
Lotofácil e Quina têm sorteios diários; Lotomania, Dupla Sena e Super Sete correm às segundas, quartas e sextas-feiras
O colchão da discórdia: por que o CEO do Bradesco (BBDC4) e até a Febraban questionam os planos do Banco Central de mudar o ACCP
Uma mudança na taxa neutra do ACCP exigiria mais capital dos bancos e, por consequência, afetaria a rentabilidade das instituições. Entenda o que está na mesa do BC hoje
Reformas, mudanças estruturais e demográficas podem explicar resiliência do emprego
Mercado de trabalho brasileiro mantém força mesmo com juros altos e impacto de programas sociais, apontam economistas e autoridades
Carteira dos super-ricos, derrocada do Banco do Brasil (BBAS3) e o sonho sem valor dos Jetsons: confira as notícias mais lidas da semana
A nostalgia bombou na última semana, mas o balanço financeiro do Banco do Brasil não passou despercebido
Quanto vale um arranha-céu? Empresas estão de olho em autorizações para prédios mais altos na Faria Lima
Incorporadoras e investidores têm muito apetite pelo aval Cepac, com o intuito de concretizar empreendimentos em terrenos que já foram adquiridos na região
Luan Santana, Ana Castela, Belo e mais: confira o line-up, os horários e tudo o que você precisa saber sobre o Farraial 2025
A 8° edição do Farraial ocorre neste sábado (16) na Arena Anhembi com Luan Santana, Ana Castela, Belo e mais
Brics acelera criação do ‘Pix Global’ e preocupa Trump; entenda o Brics Pay e o impacto no dólar
Sistema de liquidação financeira entre países do bloco não cria moeda única, mas pode reduzir a dependência do dólar — e isso já incomoda os EUA
Mega-Sena 2901 acumula em R$ 55 milhões; Quina 6800 premia bolão; e Lotofácil 3469 faz novo milionário — veja os resultados
Bolão da Quina rende mais de R$ 733 mil para cada participante; Mega-Sena acumula e Lotofácil premia aposta de Curitiba.
Governo busca saída para dar mais flexibilidade ao seguro e crédito à exportação, diz Fazenda
As medidas fazem parte das estratégias para garantir o cumprimento das metas fiscais frente às tarifas de 50% de Donald Trump
“Brasil voa se tiver um juro nominal na casa de 7%”, diz Mansueto Almeida — mas o caminho para chegar lá depende do próximo governo
Inflação em queda, dólar mais fraco e reformas estruturais dão fôlego, mas juros ainda travam o crescimento — e a queda consistente só virá com ajuste fiscal firme
As armas de Lula contra Trump: governo revela os detalhes do plano de contingência para conter o tarifaço
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta quarta-feira (13) a medida provisória que institui o chamado Programa Brasil Soberano; a MP precisa passar pela Câmara e pelo Senado
Lotofácil 3467 tem 17 ganhadores, mas só dois ficam milionários; Mega-Sena 2900 acumula
A sorte bateu forte na Lotofácil 3467: três apostas cravaram as 15 dezenas, mas só duas delas darão acesso ao prêmio integral
Plano de contingência está definido: Lula anuncia hoje pacote de R$ 30 bilhões para empresas atingidas pelo tarifaço; confira o que se sabe até agora
De acordo com Lula, o plano de contingência ao tarifaço de Trump dará prioridade às menores companhias e a alimentos perecíveis
Preço do café cai pela primeira vez depois de 18 meses — mas continua nas alturas
Nos 18 meses anteriores, a alta chegou a 99,46%, ou seja, o produto praticamente dobrou de preço
O Ibovespa depois do tarifaço de Trump: a bolsa vai voltar a brilhar?
No podcast desta semana, Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, analisa o cenário da bolsa brasileira e aponta os principais gatilhos que podem levar o Ibovespa a testar novas máximas ainda em 2025
Lula ligou para Xi Jinping em meio ao tarifaço de Trump. Saiba o que rolou na ligação com o presidente da China
Após o aumento da alíquota imposta aos produtos brasileiros pelo republicano, o petista aposta na abertura de novos mercados