País volta a ser maior mercado de caminhão da Mercedes, que reafirma investimento
O volume supera os 24,5 mil caminhões vendidos na Alemanha, que caiu para a segunda posição no ranking de mercados globais da montadora.
![](https://media.seudinheiro.com/uploads/2018/10/shutterstock_582769762-715x402.jpg)
A Mercedes-Benz anunciou, nesta quarta-feira (24), que com as quase 27 mil unidades vendidas no País no ano passado, o Brasil voltou a ser o maior mercado de caminhões da marca alemã no mundo. O volume supera os 24,5 mil caminhões vendidos na Alemanha, que caiu para a segunda posição no ranking de mercados globais da montadora.
Leia também:
- Braskem dispara 8% e lidera altas do Ibovespa com proximidade de acordo com governo mexicano
- Aeris tem forte alta após anúncio de venda de pás eólicas para Siemens
- Após ver alta de 9 vezes na receita com Bitcoin, empresa de CEO do Twitter aumenta posição no ativo
Os resultados finais de 2020 foram apresentados em entrevista coletiva à imprensa na qual a Mercedes manifestou confiança em preservar a liderança num mercado de veículos comerciais que deve crescer a um ritmo de dois dígitos e confirmou que investirá mais R$ 800 milhões até o ano que vem para concluir o plano de investimentos, iniciado em 2018, que prevê um total de R$ 2,4 bilhões no Brasil.
Informou também que está abrindo no começo deste ano mais de mil vagas de trabalho para fazer frente ao crescimento previsto nas encomendas.
A expectativa da empresa para 2021 é de alta de 15% do mercado de caminhões, para um total de 101 mil unidades, e de 13% dos volumes de ônibus, chegando a 16 mil unidades na soma de todas as marcas. A aposta é de que o transporte de commodities em geral e da safra agrícola puxe, junto com a expansão das entregas do comércio eletrônico, a recuperação dos veículos de carga em meio a um aguardado crescimento de 3,4% da economia neste ano.
Do lado dos ônibus, onde a marca também é líder no Brasil, o consumo, acredita a Mercedes, deve vir dos segmentos de fretamento e da volta dos pedidos de ônibus escolares. Porém, a tendência é de que o mercado de coletivos continue pressionado no primeiro semestre pelo isolamento social voluntário e restrições de circulação decorrentes da pandemia.
Para Karl Deppen, presidente da Mercedes-Benz do Brasil, a indústria de veículos comerciais, dada a dependência do Brasil ao transporte rodoviário, vive situação diferente em relação aos carros de passeio, sensíveis aos impactos de crises sobre o consumo que levaram a anúncios de fechamento de quatro fábricas desde dezembro: três da Ford e uma de automóveis de luxo da própria Mercedes em Iracemápolis, no interior paulista.
"Não podemos ignorar a relevância de fatores macroeconômicos para o transporte, mas estamos convencidos de que o Brasil é um grande mercado e temos uma longa história no País É importante manter o plano de negócio e investimentos porque estamos convencidos de que existe uma necessidade de transporte. É por isso que estamos aqui", afirmou Deppen.
Depois de investir R$ 1,6 bilhão nos últimos três anos, sendo a maior parte (R$ 1,4 bilhão) destinada ao desenvolvimento e produção da família de extrapesados Actros, o foco dos investimentos da Mercedes a serem concluídos até o ano que vem está na modernização das linhas de câmbio, motor e eixos da fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, junto com o desenvolvimento de serviços e produtos com tecnologias de conectividade e mobilidade de baixa emissão.
"Precisamos continuar trabalhando na nossa competitividade e temos um plano forte em sustentabilidade. Esses são os ingredientes que definem nossos planos para o futuro", comentou Deppen, ao reforçar a meta de repetir a liderança do mercado de veículos comerciais neste ano, mas com bom desempenho também financeiro.
As vendas de caminhões da Mercedes-Benz no Brasil caíram 4% em 2020, mas como o declínio foi inferior ao da concorrência, a participação de mercado subiu para 31,6%.
Durante o encontro com jornalistas, a direção da empresa citou o programa nacional de vacinação, a aprovação da reforma tributária e as dificuldades de abastecimento das linhas de montagem, com falta de insumos e aumento de preços de materiais como o aço, na lista dos maiores desafios deste ano.
Roberto Leoncini, vice-presidente de vendas e marketing de Caminhões e Ônibus da montadora, afirmou que a crise de abastecimento de peças está longe de ser resolvida. "Temos vários problemas de fornecimento. Isso não é segredo para ninguém", afirmou o executivo, confirmando que a falta de componentes eletrônicos, a exemplo de outras fábricas, está entre os itens em que a Mercedes vem encontrando dificuldades para adquirir. "É uma briga diária de nosso time de logística para abastecer as linhas de produção."
A escassez global de chips, que já parou fábricas do mundo inteiro, começa agora a paralisar linhas de produção também no Brasil. "Temos uma grande fragmentação na cadeia de suprimentos, falta de contêiner, desarranjos em portos globais. A alternativa do frete aéreo ficou extremamente cara", observou Leoncini. Segundo ele, a falta de espaço em galpões de aeroportos para guardar cargas também limita uma solução do problema pelo transporte aéreo.
Acionistas da Zamp (ZAMP3) aprovam aumento de capital milionário; veja quanto a dona do Burger King quer levantar com a operação
Cada nova ação será emitida por R$ 3,42, cifra cerca de 2,3% inferior ao fechamento dos papéis hoje
Quem destronou o iPhone? Apple enfraquece ainda mais no mercado chinês e sai do top 5 de vendas de smartphones
A maçã teria sido prejudicada pela crescente popularidade de marcas locais
Vale (VALE3): o que fazer com as ações após os dividendos bilionários e o balanço do segundo trimestre?
A maioria dos analistas considera que o desempenho financeiro da mineradora no segundo trimestre veio em linha com o esperado; as ações sobem mais de 1% na B3 nesta sexta-feira (26)
Justiça aceita pedido de recuperação judicial da Coteminas (CTNM4), empresa ‘abandonada’ pela Shein
Após meses do anúncio do acordo entre Coteminas e Shein, os avanços foram mínimos e não se refletiram em uma melhora dos negócios de nenhuma das empresas
Ação da JBS (JBSS3) sobe forte e lidera ganhos do Ibovespa hoje — e aqui estão os motivos para se tornar sócio da dona da Seara agora
JP Morgan fixou preço-alvo de R$ 37 para dezembro de 2025, implicando em um potencial de alta de 19% em relação ao último fechamento
Petrobras (PETR4) avança em potencial oferta de recompra da refinaria do Mubadala — mas há obstáculos no caminho
Fontes citadas pela Reuters afirmam que a petroleira concluiu o processo de due diligence para uma oferta pela Refinaria Landulpho Alves
É o fim do Google? Dona do ChatGPT anuncia nova ferramenta para competir com a gigante de buscas
O SearchGPT é integrado com a inteligência artificial de modelos GPT-4 e estará disponível em fase de testes para apenas 10 mil usuários
CORREÇÃO: Movida Locação de Veículos efetua integralização de capital, sem efeito na Movida Participações (MOVI3)
A Movida Locação de Veículos, subsidiária da Movida Participações (holding e empresa listada na B3 sob o código MOVI3) publicou nesta quinta-feira (25) na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ata de Assembleia Geral Extraordinária (AGE) que trata de uma integralização de capital sem efeito na holding listada em bolsa. Anteriormente, o Seu Dinheiro havia informado, […]
Vale (VALE3) anuncia quase R$ 9 bilhões em dividendos após lucro triplicar no 2T24; confira os números da mineradora
O resultado é reflexo do aumento das vendas de minério de ferro (+7% em base anual e +25% na comparação trimestral), impulsionadas por uma produção recorde para um segundo trimestre desde 2018
Americanas (AMER3): Conselho aprova aumento de capital de R$ 24 bilhões; Lemann e sócios viram donos de quase metade da varejista
A operação, que faz parte do processo de recuperação judicial da varejista, vai emitir 18 bilhões de ações ao preço de R$ 1,30