🔴 EVENTO GRATUITO: COMPRAR OU VENDER VALE3? INSCREVA-SE

Estadão Conteúdo
Temores atrapalham recuperação

Setor da construção é como uma Ferrari com freio de mão puxado, diz presidente da CBIC

Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção, o recorde de alta nos custos de materiais é um dos principais problemas no setor

Estadão Conteúdo
26 de julho de 2021
14:38 - atualizado às 18:57
Eztec Direcional Cyrela CYRE3 Gafisa Kinea PDG PDGR3 Moura Dubeux MDNE3 ações MRV MRVE3 Construtoras Incorporadoras EZTC3 Lula Nexpe Tenda
Imagem: Shutterstock

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, afirmou nesta segunda-feira (26) que a recuperação do segmento está ocorrendo em um ritmo abaixo do seu potencial.

"O setor da construção é como uma Ferrari com freio de mão puxado", declarou, durante entrevista coletiva à imprensa. "Poderíamos ter recorde de contratações e geração de empregos. Mas uma série de temores dos empresários fez com que não chegássemos ao nível de atividade que poderíamos alcançar".

O principal problema, segundo ele, foi o recorde de alta nos custos de materiais. De acordo com a Sondagem da Construção realizada pela CBIC, 55,5% dos empresários consultados no segundo trimestre relataram problemas como disparada nos custos ou até mesmo desabastecimento.

Os breques do setor

O presidente da CBIC voltou a defender redução no imposto de importação do aço para favorecer a oferta de materiais para o mercado local.

Outro problema, segundo Martins, foram os ruídos na proposta de reforma tributária, que apontavam para um potencial aumento da carga tributária do setor. Segundo o presidente da entidade, esse é um tema que continua provocando incertezas.

Martins também destacou a queda nos financiamentos com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para a compra e a construção de imóveis no primeiro semestre: "o financiamento com FGTS estancou".

Onde Investir no 2o semestre de 2021

Baixe já o seu!

Conquiste a sua medalha de investidor com as nossas dicas de onde investir no segundo semestre de 2021 neste ebook gratuito.

O crédito via FGTS atende à produção de imóveis para população de baixa renda, onde se concentra 90% do déficit habitacional. "Os recursos do FGTS estão sendo voltados para outros fins. E o aumento de custo inviabiliza projetos nessa categoria", complementou.

A economista da CBIC, Ieda Vasconcelos, também alertou para a inflação acima da meta do governo e para a consequente elevação da taxa básica de juros, que tende a provocar aumentos nas taxas de juros do crédito imobiliário.

Pelo lado positivo, Ieda Vasconcelos citou projeções mais satisfatórias para o PIB nacional e uma melhora paulatina da confiança dos empresários. Outro ponto positivo é avanço recente no processo de vacinação.

PIB

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) do setor em 2021 vai subir 4%. Se confirmado, o resultado será o maior desde 2013, quando o indicador aumentou 4,5%.

A CBIC iniciou o ano com previsão de alta de 4% para o PIB setorial, mas acabou baixando esse dado para 2,5% em abril, após as paralisações provocadas pela pandemia e o aumento das incertezas sobre os rumos da economia.

A retomada agora da projeção de alta de 4% para o PIB setorial está baseada nas sinalizações de um nível satisfatório de recuperação da economia brasileira, explicou Ieda Vasconcelos.

A economista também disse que os juros ainda baixos dos financiamentos imobiliários têm sustentado os lançamentos e vendas de imóveis, bem como as vendas de materiais de construção para o varejo.

"O incremento do financiamento imobiliário, as taxas de juros ainda em baixo patamar, a melhora do ambiente econômico, a demanda consistente, mesmo diante da pandemia, e a continuidade de pequenas obras e reformas são algumas das razões que ajudam a justificar a projeção atual", explicou.

A economista ponderou, entretanto, que a melhora do PIB da construção não significa um forte crescimento. De 2014 a 2020, o setor acumula queda de 33,34% nas atividades.

Compra de imóveis

José Carlos Martins, disse acreditar em um nível aquecido de demanda por imóveis ao longo de 2021 e de 2022. "O ímpeto vai continuar", afirmou.

Na sua visão, os juros para os financiamentos imobiliários tendem a continuar em um patamar abaixo da média histórica mesmo que venham aumentos nas taxas como reflexo do ciclo de alta da Selic.

Martins ponderou que o aumento da Selic reflete problemas temporários em função da pandemia, da inflação acima da meta do governo, e do cenário internacional conturbado nos últimos meses.

Por outro lado, o crescimento da Selic não deve atingir novamente os picos do passado. "Mas não vejo mais a economia do Brasil convivendo com Selic alta".

O presidente da CBIC reiterou a interpretação de que a pandemia despertou novos comportamentos nos consumidores, como a valorização da moradia, preferência por espaços maiores e maior disposição para reformas.

Conheça fundos imobiliários baratos, seguros e com bons dividendos para investir neste vídeo exclusivo:

Atividade

A construção vem apresentando melhora no nível de atividade após recuo no começo do ano, apontou a economista da CBIC, Ieda Vasconcelos.

Desde abril, o setor vem registrando avanço no ritmo de atividades e, em junho, marcou 51 pontos no Índice de Nível de Atividade, apurado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O resultado indica que o segmento voltou para o campo positivo. O índice vai de 0 a 100 pontos, sendo que pontuação acima de 50 representa um nível de atividade positivo.

O resultado também representa um desempenho acima da média história do setor, de 45,6 pontos. Com esse desempenho, o setor praticamente voltou ao mesmo nível de atividade registrado em setembro de 2020, quando marcou 51,2 pontos.

"A construção está entrando no segundo semestre no campo positivo", disse Ieda Vasconcelos. "Há três meses consecutivos setor vem registrando atividade acima da média".

Na apuração da média trimestral, o setor marcou 48,6 pontos no segundo trimestre, o melhor desempenho para o período desde 2012. "Ou seja, o setor está produzindo mais", disse.

Entre o fim de 2020 e o começo de 2021, a construção foi afetada pelo recrudescimento da pandemia, paralisação de vários setores da economia e elevação da incerteza sobre os rumos do País.

A atividade de construção também foi duramente impactada pela disparada nos custos dos materiais, que inibiram o início de novos projetos, lembrou a economista.

A recuperação da construção tem se traduzido em criação de novos postos de trabalho. Entre maio de 2020 - quando a pandemia abalou profundamente a economia - e junho deste ano, foram criados 300 mil postos no setor, passando de 2,1 milhões para 2,4 milhões.

José Carlos Martins disse que há potencial para retomar a marca de 3 milhões de vagas de emprego, como já foi registrado anos atrás. Mas isso depende da dissipação de incertezas, como a do aumento dos custos dos insumos, que inviabilizam muitos projetos, afirmou o presidente da CBIC.

Compartilhe

LOTERIAS

Apostador “teimoso” fatura sozinho a bolada de R$ 51 milhões da Quina — e pode ser você; Mega-Sena e Lotofácil acumulam

24 de abril de 2024 - 9:52

Apenas uma aposta cravou as cinco dezenas do concurso 6423 da Quina. Veja os números sorteados na loteria

BOLETIM FOCUS

“Efeito Campos Neto” leva a reviravolta nas projeções para a Selic no fim deste ano

23 de abril de 2024 - 10:14

Em apenas uma semana, a expectativa para a Selic em dezembro passou de 9,13% para 9,50% ao ano, de acordo com o último boletim Focus

LOTERIAS

Haja sorte: Lotofácil tem dois ganhadores — e eles apostaram na mesma cidade! Quina e Lotomania acumulam

23 de abril de 2024 - 9:33

Duas apostas cravaram as 15 dezenas da sorte no concurso 3085 da Lotofácil. Saiba de onde vieram os bilhetes vencedores e os números sorteados na loteria

DE OLHO NAS REDES

“É mais fácil acreditar no Papai Noel do que na meta fiscal do governo Lula”: chances de superávit foram praticamente anuladas

22 de abril de 2024 - 20:39

“É mais fácil encontrar alguém que acredite em Papai Noel do que na meta zero do Lula”. É assim que o editor do Seu Dinheiro, Vinicius Pinheiro, introduz seu eleito ao Urso da semana, no mais recente episódio do podcast Touros e Ursos.  Quem levou a menção nada honrosa foi o arcabouço fiscal, “que deu […]

DE OLHO NAS REDES

Juros não estão sendo capazes de colocar a economia dos EUA de joelhos e quem ‘paga o pato’ somos nós — e o resto do mundo

22 de abril de 2024 - 17:45

Em sua mais recente participação no podcast Touros e Ursos, nossa equipe conversou com o CIO da Empiricus Gestão, João Piccioni, sobre dois temas: as tensões cada vez mais acirradas no Oriente Médio e os juros nos EUA.  Sobre o primeiro tópico ele foi claro ao dizer que o mercado não se importou tanto com […]

RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDA

Desenrola para MEI: Entenda como vai funcionar o Descomplica Pequenos Negócios

22 de abril de 2024 - 15:20

O ‘Desenrola para MEI’ faz parte do projeto Acredita, que possui quatro eixos para incentivar o empreendedorismo no país

Imposto de volta

Receita abre nesta terça (23) consulta ao lote residual de restituição do imposto de renda do mês de abril de 2024; veja quem vai receber

22 de abril de 2024 - 11:00

Serão contemplados 353.348 contribuintes, a maioria prioritários, com um valor de R$ 457.737.780,06

AGENDA DE RESULTADOS

Temporada de balanços 1T24: Confira as datas das divulgações e horários das teleconferências das principais empresas da B3

22 de abril de 2024 - 6:41

Divulgação dos balanços do 1T24 começa ainda em abril e as principais empresas de capital aberto vão divulgar seus resultados a partir de maio

EM INVESTIGAÇÃO

Ação na Justiça brasileira contra Elon Musk pede indenização bilionária após ‘cabo de guerra’ com ministro Alexandre de Moraes

21 de abril de 2024 - 16:45

A Defensoria Pública da União ajuizou uma ação cível pública contra o dono do X (antigo Twitter) por danos morais e sociais

SELIC MAIOR?

Inflação: sucessor de Campos Neto deve enfrentar a ‘velha inimiga’ mais forte em 2025

21 de abril de 2024 - 15:17

Mandato do atual presidente do Banco Central termina em dezembro deste ano; a inflação acima da meta deve continuar a ser uma ‘pedra no sapato’ para o BC

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar