Presidente da Câmara quer acelerar reformas e pautas econômicas no Congresso
Lira espera receber ainda hoje o projeto do governo para mudanças no Imposto de Renda e comprometeu-se a votar a privatização dos Correios no mês que vem

O presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), quer acelerar as reformas e pautas econômicas no Congresso. O parlamentar espera receber ainda nesta quinta-feira, 24, o projeto prometido pelo governo com mudanças sobre o Imposto de Renda.
Ele se comprometeu a votar a privatização dos Correios em julho deste ano e entregar a reforma administrativa para o Senado até o início de setembro.
"Os Correios, por exemplo, eu acho que esta semana o relator Gil Cutrim (Republicanos-MA) já estará com texto pronto. Nós estaremos discutindo com ele na próxima semana", disse Lira em live promovida pelo site Jota.
"Penso, até o final do último dia, antes do recesso de julho, que será dia 17, nós temos a oportunidade de discutirmos e votarmos no plenário da Câmara a privatização dos Correios e depois a remessa do texto para o Senado", afirmou.
Correios na fila das privatizações
O presidente da República, Jair Bolsonaro, entregou em fevereiro ao Congresso Nacional o projeto de lei que abre caminho para a privatização dos Correios.
O texto permite que a iniciativa privada assuma operações hoje tocadas pela estatal, que tem o monopólio dos serviços postais (cartas e impressos) assegurado pela Constituição.
Leia Também
Prevê também a transformação da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), fundada em 1969, durante a ditadura militar, em sociedade de economia mista.
E a reforma administrativa?
Sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma administrativa, que tramita atualmente em uma comissão especial na Casa, Lira acredita que pode ser aprovada, em dois turnos, até o início de setembro.
O texto faz uma espécie de reformulação no RH do Estado, com novas regras para contratar, promover e demitir os servidores.
"Eu tenho uma reunião na segunda-feira à noite com o relator, deputado Arthur Maia (DEM-BA), e o presidente da comissão, deputado Fernando Monteiro (PP-PE), para que a gente tenha o plano de trabalho sobre essas discussões", disse ele.
"É possível que, entre o recesso que nós vamos ter, entre o final de agosto e começo de setembro, a Câmara já envie para o Senado e o Senado tenha até o final do ano (para) entregar para o Brasil uma reforma administrativa".
Mudanças no Imposto de Renda
Lira espera receber ainda nesta quinta o texto do governo sobre o Imposto de Renda, para definir os relatores da Câmara da reforma tributária. O projeto estava prometido para quarta-feira, 23, o que não aconteceu.
"Nós esperamos para hoje o envio de um PL que vai tratar de Imposto de Renda pessoa física, Imposto de Renda pessoa jurídica e taxação de dividendos", afirmou.
O presidente Jair Bolsonaro tem como promessa de campanha ampliar a faixa de isenção do IR, hoje em R$ 1,9 mil mensais - o valor deve ficar em torno de R$ 2,5 mil.
Além disso, a equipe econômica estuda reduzir o imposto cobrado sobre as empresas. Em compensação, haverá mudança na cobrança sobre a taxação de lucros e dividendos distribuídos à pessoa física.
Tributos fatiados
Até o momento, o governo enviou ao Congresso apenas uma fase da reforma tributária, que prevê a fusão do PIS/Cofins na chamada Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS).
A equipe econômica ainda não fechou as outras partes da reforma e não as enviou para análise dos parlamentares, incluindo mudanças no IR.
A primeira parte da reforma tributária, enviada em julho, propõe a unificação de PIS e Cofins em um único imposto com alíquota de 12% para as empresas e de 5,8% para instituições financeiras.
"A CBS vai causar mais discussão. Ela impacta na vida de alguns setores de maneira mais afetiva principalmente naqueles baseados exclusivamente em folha de pagamento em contratação de serviços de pessoal", destacou o parlamentar.
Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, indústria e serviços disputam para pagar alíquotas menores no novo imposto. "A questão do Imposto de Renda Pessoa Física e Jurídica deve ser menos polêmica porque ela traz realmente muitos benefícios como o aumento da isenção da taxa a pessoa física".
O Ministério da Economia confirmou no período da tarde desta quinta-feira a apresentação da segunda fase da reforma tributária na sexta-feira, 25. Segundo a pasta, o projeto de lei realmente tratará do Imposto de Renda para Pessoas Físicas, para Empresas e Investimentos.
Novo Bolsa Família
Por fim, sobre a criação de novo programa social, que poderá substituir do Bolsa Família, Lira disse que o governo precisa enviar logo o projeto para a renda mínima no País.
Ele destacou ser necessário encontrar fontes orçamentárias para que o programa se sustente.
"Nós temos prazos, temos limitações legais, circunstâncias que realmente são impostas e que temos de atentar. Penso que muito rapidamente o governo deve estar mandando as alternativas para que a Câmara, se possível, ainda neste primeiro semestre faça as primeiras votações de uma preparação para que, logo após o recesso, venha justamente o modo legal e legislativo proposto pelo Executivo", disse o presidente da Câmara.
Para ele, o programa precisa ser mais inclusivo. "Não será feito nenhum programa de renda que desrespeite o teto de gastos", comentou, em relação à regra que proíbe que as despesas subam em ritmo superior à inflação.
Lula tira do papel a Lei da Reciprocidade para enfrentar Trump, mas ainda aposta na diplomacia
Medida abre caminho para retaliação comercial, mas o governo brasileiro segue evitando o confronto direto com os Estados Unidos
Temporada de balanços 2T25: Confira as datas e horários das divulgações e das teleconferências
A temporada de balanços do 2T25 começa ainda em julho e promete mostrar quem realmente entregou resultado entre as principais empresas da B3
Tarifas de Trump jogam balde de água fria nas expectativas para a economia brasileira; confira os impactos da guerra tarifária no país, segundo o Itaú BBA
O banco ressalta que o impacto final é incerto e que ainda há fatores que podem impulsionar a atividade econômica do país
Agenda econômica: Inflação, Livro Bege, G20 e PIB chinês; confira os indicadores mais importantes da semana
Com o mercado ainda digerindo as tarifas de Trump, dados econômicos movimentam a agenda local e internacional
É improvável que tarifa de 50% dos EUA às importações brasileiras se torne permanente, diz UBS WM
Para estrategistas do banco, é difícil justificar taxação anunciada por Trump, mas impacto na economia brasileira deve ser limitado
Bolsonaro é a razão da tarifa mais alta para o Brasil, admite membro do governo dos EUA — mas ele foge da pergunta sobre déficit comercial
Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional dos Estados Unidos, falou em “frustração” de Trump em relação à situação do ex-presidente Jair Bolsonaro ante a Justiça brasileira, mas evitou responder sobre o fato de os EUA terem superávit comercial com o Brasil
Sem milionários, só Lotofácil fez ganhadores neste sábado (12); Mega-Sena acumula em R$ 46 milhões. Veja resultados das loterias
Lotofácil fez quatro ganhadores, que levaram R$ 475 mil cada um. Prêmio da +Milionária agora chega a R$ 128 milhões
Banco do Brasil (BBAS3), ataque hacker, FII do mês e tarifas de 50% de Trump: confira as notícias mais lidas da semana
Temas da semana anterior continuaram emplacando matérias entre as mais lidas da semana, ao lado do anúncio da tarifa de 50% dos EUA ao Brasil
Tarifas de Trump podem afastar investimentos estrangeiros em países emergentes, como o Brasil
Taxação pode ter impacto indireto na economia de emergentes ao afastar investidor gringo, mas esse risco também é limitado
Lula afirma que pode taxar EUA após tarifa de 50%; Trump diz que não falará com brasileiro ‘agora’
Presidente brasileiro disse novamente que pode acionar Lei de Reciprocidade Econômica para retaliar taxação norte-americana
Moody’s vê estatais como chave para impulsionar a economia com eleições no horizonte — e isso não será bom no longo prazo
A agência avalia que, no curto prazo, crédito das empresas continua sólida, embora a crescente intervenção política aumenta riscos de distorções
O UBS WM reforça que tarifas de Trump contra o Brasil terão impacto limitado — aqui estão os 4 motivos para o otimismo
Na última quarta-feira (9), o presidente dos EUA anunciou uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros, que devem entrar em vigor em 1º de agosto
Governo vai abrir crédito de R$ 3 bilhões para ressarcir vítimas da fraude do INSS; confira como vai funcionar o reembolso
Entre os R$ 3 bilhões em crédito extraordinário, R$ 400 milhões vão servir para ressarcir as vítimas em situação de vulnerabilidade e que não tenham questionado os valores descontados
Trump é a maior fonte de imprevisibilidade geopolítica e econômica da atualidade — e quem diz isso pode surpreender
Gustavo Loyola, ex-presidente do BC, falou com exclusividade ao Seu Dinheiro sobre a imposição, por Donald Trump, da sobretaxa de 50% às exportações brasileiras para os EUA
De Galípolo para Haddad: a carta do presidente do BC ao ministro da Fazenda deixa alerta sobre inflação
Embora Galípolo tenha reforçado o compromisso com a convergência, foi o que ele não disse que chamou atenção
O Brasil pode escapar dos impactos das tarifas de Trump: economista-chefe da ARX revela estratégias — e diz por que a retaliação não é uma delas
Segundo Gabriel Barros, Lula teria uma série de opções estratégicas para mitigar os efeitos negativos dessa medida sobre a economia; confira a visão do especialista
Tarifa de Trump sobre produtos do Brasil acirra guerra política: PT mira Eduardo Bolsonaro, e oposição culpa Lula e STF
Sobretaxa de 50% vira munição em Brasília; governo estuda retaliação e Eduardo, nos EUA, celebra medida como resposta ao ‘autoritarismo do STF’
Trump cortou as asinhas do Brasil? Os efeitos escondidos da tarifa de 50% chegam até as eleições de 2026
A taxação dos EUA não mexe apenas com o volume de exportações brasileiras, mas com o cenário macroeconômico e político do país
Dólar disparou, alerta de inflação acendeu: tarifa de Trump é cavalo de troia que Copom terá que enfrentar
Depois de meses de desvalorização frente ao real, o dólar voltou a subir diante dos novos riscos comerciais para o Brasil e tende a pressionar os preços novamente, revertendo o alívio anterior
Meta de inflação de 3% é plausível para o Brasil? Veja o que dizem economistas sobre os preços que não cedem no país
Com juros nas alturas e IPCA a 5,35%, o Banco Central se prepara para mais uma explicação oficial, sem a meta de 3% no horizonte próximo