OCDE eleva previsão de alta do PIB global em 2021, de 4,2% para 5,6%
O principal motivo para a melhora da revisão é uma perspectiva econômica mais forte para os EUA, que deverão crescer 6,5% em 2021, segundo relatório publicado hoje
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) previu nesta terça-feira (9) que o Produto Interno Bruto (PIB) global crescerá 5,6% este ano, depois de sofrer contração de 3,4% em 2020 em meio aos efeitos da pandemia de covid-19. Em dezembro, a OCDE tinha uma projeção mais modesta para a expansão global em 2021, de 4,2%.
A OCDE, que tem sede em Paris, França, espera agora que a economia mundial retorne aos níveis pré-pandemia em meados deste ano, seis meses antes do que calculava em dezembro de 2020.
O principal motivo para a melhora da revisão é uma perspectiva econômica mais forte para os EUA, que deverão crescer 6,5% em 2021, segundo relatório publicado hoje pela OCDE. A projeção anterior era de alta de 3,2%.
Economista-chefe da OCDE, Laurence Boone atribuiu a nova previsão para os EUA à expectativa de mais estímulos fiscais. No fim de semana, o Senado americano aprovou a proposta fiscal de US$ 1,9 trilhão do presidente Joe Biden. A expectativa é que o pacote receba o aval final da Câmara dos Representantes nesta semana.
Boone comentou que a política fiscal tem contribuído muito para a recuperação econômica, mas destacou que também é preciso acelerar as campanhas de vacinação contra a covid-19.
No documento, a OCDE elevou também as projeções de crescimento da zona do euro neste ano, de 3,6% para 3,9%, assim como para o Reino Unido, de 4,2% para 5,1%.
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Por outro lado, a previsão para o avanço do PIB da China em 2021 foi ligeiramente revisado para baixo, de 8% para 7,8%. Em relação a outras grandes economias da Ásia, a OCDE agora prevê que Japão e Índia crescerão 2,7% e 12,6%, respectivamente, este ano. Antes, as estimativas eram de 2,3% e 7,9%.
Ainda no relatório, a OCDE comenta que o recente avanço nos rendimentos dos Treasuries reflete expectativas de crescimento e inflação maiores e poderá levar a uma fuga de capitais de países emergentes, onde as campanhas de vacinação estão atrasadas e cuja recuperação econômica deverá ser mais demorada.
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