Mesmo após queda no PIB, Guedes garante que economia “voltou em V” e Brasil está crescendo novamente
Segundo o ministro da Economia, o resultado mostra que a economia ficou “praticamente de lado”, ou seja, próxima à estabilidade

Apesar da queda no Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre de 2021, o ministro da Economia, Paulo Guedes, reafirmou nesta quarta-feira (1) que a economia "voltou em V", recuperando-se da recessão provocada pela pandemia de covid-19. Segundo ele, a queda mostra que a economia ficou "praticamente de lado", ou seja, praticamente estável.
"Diziam que eu estava em universo paralelo quando eu dizia que Brasil ia voltar em V", disse o ministro durante o lançamento da agenda legislativa da Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo.
"A economia voltou em V, estamos crescendo novamente. Hoje saiu um dado (PIB), é praticamente de lado. Como foi -0,05%, arredondou para -0,1%. Se fosse -0,04% era zero", afirmou.
Guedes destacou ainda que o segundo trimestre do ano foi o "mais difícil", devido ao novo pico de casos e mortes pela covid-19 e seus impactos na economia. Nesse período, vários locais voltaram a impor restrições à circulação e reforçaram a adoção de medidas de distanciamento social.
Como ficam seus investimentos com o resultado do PIB? Confira neste vídeo exclusivo e inscreva-se no canal do Seu Dinheiro no Youtube para mais conteúdos sobre investimentos:
Resultado decepciona
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB registrou ligeira queda de 0,1% no segundo trimestre em relação aos três primeiros meses do ano. O resultado veio abaixo das estimativas de economistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam na média um crescimento de 0,2%.
Leia Também
De um lado, a volta do auxílio emergencial ajudou a dar algum impulso na demanda doméstica. De outro lado, apesar do recrudescimento da pandemia, que registrou números recordes de mortes em março e abril, as medidas de restrição ao contato social afetaram menos o funcionamento dos negócios do que se imaginava inicialmente. Ainda assim, a indústria da transformação foi um dos setores com perda no segundo trimestre do ano.
No primeiro trimestre de 2021, a economia havia surpreendido com um aumento de 1,2% no PIB na comparação com os três últimos meses de 2020. A retomada do início do ano foi puxada por atividades voltadas para a exportação, como a agropecuária e a indústria extrativa, enquanto a demanda interna foi mais morna.
Por outro lado...
Apesar do desempenho negativo da economia entre abril e junho, o Ministério da Economia avaliou em comunicado divulgado mais cedo que o País tem tido uma recuperação econômica mais rápida que outros países.
"Mais relevante do que observar o número do crescimento é analisar a sua qualidade", disse a pasta. A Economia também destacou que a recuperação vem sendo puxada pelo setor privado, com aumento de investimentos e poupança.
O ministério listou ainda "a não continuidade da consolidação fiscal, o recrudescimento da pandemia e o risco hídrico" como os principais riscos à recuperação esperada nos próximos meses. O governo espera um crescimento de 5,3% neste ano, seguido de uma alta de 2,51% no PIB do ano que vem.
Guedes ressaltou ainda que, apesar do recrudescimento da pandemia no segundo trimestre do ano, o governo "manteve responsabilidade fiscal". "Brasil enfrentou desafio extraordinário, mas pagando custos", disse. "Não faltou dinheiro para saúde, mas mantivemos compromisso de controle das despesas", afirmou.
O ministro disse ainda que o governo tem seguido a agenda proposta desde o início da gestão e mantido a interlocução com empresários. Ele reconheceu que "é uma agenda difícil", mas afirmou que há avanços e repetiu que o Congresso é "reformista". "Não perdemos a bússola, todas as reformas estão integradas", afirmou.
Eleições nos EUA não devem afetar relações com o Brasil, diz Haddad; ministro busca parceiros ‘além da China’ e fala em acordos com União Europeia
Haddad destacou que não existe transformação ecológica sem novos instrumentos financeiros e cita os ‘green bonds’ do governo
Ficou para amanhã: Arthur Lira afirma que regulamentação da reforma tributária começa a ser votada quarta-feira
Vale destacar que a expectativa é de que a reforma tributária seja votada antes do recesso parlamentar, que acontece a partir do dia 18, quinta-feira da semana que vem
Passo a passo: saiba como fazer a portabilidade da dívida do cartão de crédito
Especialistas e órgãos de defesa do consumidor orientam aos clientes para terem cuidado ao escolher a nova instituição para migrar a dívida do cartão de crédito
Dólar em disparada: real está sofrendo com ataque especulativo ou a culpa é mesmo do presidente Lula?
Desde o começo do ano, a valorização da moeda norte-americana é da ordem de quase 15%, segundo o Tradingview
Felipe Miranda: Dez anos de “O Fim do Brasil”
Dez anos de lançamento de “O Fim do Brasil” e, afinal, a que fim chegou a economia do Brasil? Estamos em queda livre em direção ao pior?
O que Haddad espera da economia? Projeções da Fazenda esperam inflação e PIB maiores para 2024
Para 2025, a projeção de IPCA passou de 3,10% para 3,20%. A atualização acontece um mês após o último boletim macrofiscal da SPE.
Javier Milei terá semana decisiva: ministro negocia US$ 15 bilhões com FMI e vice tenta passar “pacotão” para destravar Argentina
Para atingir seus objetivos ultraliberais, o presidente conta com a ajuda do ministro da Economia, Luis Caputo, e de Victoria Villarruel, vice-presidente do país
Redes sociais na mira: Governo quer criar imposto para as ‘big techs’; proposta pode ser aprovada ainda neste ano
As gigantes de tecnologia poderão ser taxadas de quatro formas; o projeto deve ser encaminhado ao Congresso em junho
Haddad acerta com mercado financeiro mudanças na tributação e prazos para atrair investimentos para bolsa
A expectativa é de que as propostas avancem após a regulamentação da reforma dos impostos sobre o consumo, aprovada no ano passado pelo Legislativo
Substituição — ou calote? Argentina trocará títulos para refinanciar sua dívida e valor pode chegar até US$ 65 bilhões
A pasta detalhou os títulos elegíveis à recompra e também os novos instrumentos, estes com vencimentos em dezembro de 2025 e também para 2026, 2027 e 2028
Governo quer usar fundo garantidor do Desenrola para tirar companhias aéreas da tempestade – BNDES também é acionado
O fundo garantidor do Desenrola não deve afetar a questão orçamentária, que preocupa Haddad, e pode tirar as companhias aéreas da tempestade
Por que o Brasil cresceu pouco nas últimas décadas? Geraldo Alckmin tem uma resposta — e uma receita para reverter esse cenário
Participação do PIB do Brasil na economia mundial vem caindo e deve alcançar apenas 2,3% em 2024, segundo FMI
Agora é oficial! Governo eleva faixa de isenção do Imposto de Renda; veja como vai ser
Segundo o Governo Federal, 15,8 milhões de brasileiros terão isenção no Imposto de Renda, mas todos os 35 milhões de contribuintes serão beneficiados
Nome forte do governo, ministro da Economia da Argentina fala em equilíbrio fiscal e faz elogio a Milei em evento do BTG
Aos 58 anos, “Toto”, como também é conhecido, trabalhou como chefe de trading do JP Morgan para América Latina entre 1994 e 1998
Não deu para Milei: Justiça bloqueia reforma trabalhista e põe em xeque “mega decreto” do presidente da Argentina
Apesar do projeto de Milei ter uma série de decretos, para aprovar todo o pacote de medidas, será necessário diálogo com o Congresso
Entenda as 3 principais medidas anunciadas hoje por Haddad para um ‘próspero ano novo’ do governo — com déficit zero — em 2024
Serão três principais medidas, com destaque para uma em especial que diz respeito à desoneração da folha de pagamento
Ministério Público abre investigação sobre ex-promotor que admitiu ter acusado Haddad por vingança
A reportagem fez contato por telefone com o promotor de Justiça aposentado Marcelo Milani, que não se manifestou
Paulo Guedes hermano? Quem é Luis “Toto” Caputo, apontado como favorito pelo presidente eleito Javier Milei como futuro ministro da Economia da Argentina
Um dos nomes mais aguardados do corpo ministerial — obrigatoriamente mais enxuto, segundo o presidente — é sem dúvidas aquele que ocupará o cargo de ministro da Economia
Vitória para Haddad: Lula veta estender desoneração da folha de pagamento de forma integral e meta de déficit zero fica mais próxima — por enquanto
A desoneração da folha de pagamentos é um benefício fiscal que substitui a contribuição previdenciária patronal de 20% por alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta
Governo não jogou a toalha e quer manter meta de déficit zero para 2024; deputado define objetivo como “factível”
Além de Danilo Forte, também estavam no encontro os ministros da Fazenda, Fernando Haddad; do Planejamento, Simone Tebet e outros