A inflação não dá trégua nesse início de 2021, como mostra o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV-Ibre), que subiu 2,53% em fevereiro. Em janeiro, a alta foi de 2,58%.
Segundo o coordenador dos índices de preços do Ibre, André Braz, as matérias-primas brutas pressionaram Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), indicador com maior influência no índice geral. O IPA registrou alta de 3,28%, muito próxima da apurada em janeiro, que foi de 3,38%.
“Apesar da similaridade, o resultado mostrou que a pressão exercida pelas matérias-primas brutas se espalhou pelas demais classes do IPA favorecendo o acréscimo das taxas dos grupos bens intermediários (de 2,54% para 4,67%), influenciada por materiais e componentes para a manufatura (de 1,98% para 4,16%), e bens finais (de 1,09% para 1,25%), este influenciado pelo aumento da gasolina, cujo preço subiu 17,43%, ante 6,63% no mês anterior”, disse ele, em nota.
Com o resultado de fevereiro, o IGP-M, utilizado como referência para reajustar contratos de aluguel, acumula alta de 5,17% no ano e de 28,94% em 12 meses. Em fevereiro de 2020, o índice havia caído 0,04% e acumulava alta de 6,82% em 12 meses.