Selic em alta mais bolsa em baixa é igual à fuga para a renda fixa? Para presidente da Anbima, diversificação veio para ficar
As alocações em renda variável podem até diminuir, mas Carlos Ambrósio não acredita que voltaremos para a realidade de ‘poupança, renda fixa e nada mais’

Após seis altas seguidas da taxa Selic, os investimentos mais conservadores voltaram aos holofotes com taxas atrativas. Com o Ibovespa e os fundos de investimento imobiliário (FIIs) registrando quedas bruscas, os novos CPFs que chegaram à bolsa e aos FIIs vão debandar para a renda fixa?
Para Carlos Ambrósio, presidente da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), a resposta é não. À frente da entidade há quase quatro anos, ele acredita que, mesmo com alocações menores na renda variável, a diversificação veio para ficar.
“Olhando para o futuro, teremos ciclos de rebalanceamento de carteiras, mas acho pouco provável que voltemos para aquela realidade de poupança, renda fixa e nada mais”, declarou na edição desta semana do RadioCash, podcast da Empiricus Research apresentado por Felipe Miranda, CIO e estrategista-chefe da Empiricus, e Jojo Wachsmann, sócio-fundador da Vitreo.
Ambrósio diz que a fase prolongada de queda de juros que atravessamos anteriormente acelerou a popularização do mercado de ações e fundos imobiliários e ajudou na fixação da lição sobre a importância de um portfólio diversificado.
O presidente da associação que reúne as instituições que atuam no mercado de capitais ressalta que essa diversificação tende a aumentar ainda mais com o crescimento da tendência de internacionalização dos investimentos - inclusive com produtos atualmente restritos ao varejo.
“Na nossa opinião, todo investidor deveria ter direito ao acesso a todos os produtos, desde que na proporção correta”, indica.
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Definir a ‘proporção correta’ de cada uma das centenas de opções disponíveis é um dos maiores desafios para os investidores. É em meio a esse contexto que surge um novo personagem no mercado de capitais.
“Há uma demanda do cliente por informação e assessoramento que vem sendo atendida pelo influenciador digital”, aponta o presidente da Anbima. Um estudo da associação mostrou, por exemplo, que 266 influenciadores financeiros atingem um total de 74 milhões de seguidores no Twitter, Instagram, Facebook e YouTube.
“No nosso entendimento, isso é ótimo para o desenvolvimento do mercado, ajuda na educação financeira, e chama a atenção do investidor. Mas sempre tem uma pequena parte que talvez ultrapasse o papel da educação, e a ideia é, sem dúvida nenhuma, trazer a regulação para esse ambiente”.
Carlos Ambrósio, presidente da Anbima
Ambrósio salienta que a Anbima ainda não tem uma opinião formada sobre o tema, mas monitora os players constantemente e compartilha as informações com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), “que tem atuado quando acredita que alguém ultrapassou essa fronteira”.
Para ele, é a figura do consultor de investimentos que deve ocupar o espaço entre a educação e o aconselhamento financeiro. “Diferente do agente autônomo, cujo alinhamento está ligado à instituição com a qual ele está vinculado, a relação do consultor tem um vínculo direto com o investidor”.
Ouça abaixo a íntegra do podcast RadioCash:
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