🔴 [EVENTO GRATUITO] COMPRAR OU VENDER VALE3? INSCREVA-SE AQUI

Giulia Lima Arduin
Tela Azul

As fintechs continuarão ameaçando bancos tradicionais? Até certo ponto sim, dizem gestores da Opportunity

No episódio #36 do Tela Azul, podcast da Empiricus, Bruno Waga e Vinicius Ferreira, da gestora de recursos Opportunity conversaram com os analistas da Empiricus sobre os rumos que o setor financeiro vem tomando. Além disso, eles dão suas opiniões sobre as Big Techs no programa.

Giulia Lima Arduin
18 de junho de 2021
11:59 - atualizado às 12:21

Os bancos tradicionais vão ser cada vez mais impactados pela concorrência das fintechs, sofrendo redução de market share de alguns serviços bem como a diminuição da rentabilidade das suas operações. Esse movimento ocorre no mundo todo, segundo especialistas da Opportunity, que possui mais de R$40 bilhões em ativos sob gestão.

Vinícius Ferreira, sócio e gestor de Global Equities, e Bruno Waga, associado e analista de investimentos, participaram do episódio #36 do Tela Azul, podcast da Empiricus liderado pelos analistas Richard Camargo, André Franco e Vinícius Bazan

Os representantes da Opportunity possuem bastante know-how sobre a questão, pois já investiram e analisaram de perto fintechs globais como Square, PayPal e Afterpay, que hoje assumem status elevado. 

Eles concordaram com os analistas da Empiricus com o fato de que aqui no Brasil, os “bancões” sempre deram um jeito para gerar seus 20% de ROI (Retorno sobre Investimentos), mas sobretudo diante do advento das fintechs, isso está ficando cada vez mais difícil. 

Tela Azul #36 no Spotify

Segundo Bruno Waga, de forma geral, as vantagens competitivas que os bancos tinham, que eram a grande rede de distribuição e a capacidade de marketing, foram perdendo a relevância. No mundo digital, outras empresas podem se comunicar e fazer ações de marketing em custos baixos. 

“Outro ponto importante, pegando esse gancho das fintechs é que o avanço da computação em nuvem, novos frameworks, arquiteturas de programação e TIs abertas, é possível criar produtos facilmente e de uma forma muito mais rápida”, disse o analista da gestora.  Ainda, conforme ele, é possível realizar vários testes sem ter que gastar tanto. “Então, você testa e erra, testa novamente, faz isso várias vezes, até acertar e pode até disruptar alguma indústria, uma empresa ou algum produto”, completou.

Eles disseram que, logicamente, os bancos não estão parados, investem em inovações e na transformação digital, mas há mudança de paradigma. “A questão é que nem todo serviço financeiro precisa ser necessariamente distribuído por bancos”, destacou Waga. 

Tela Azul #36 no Spotify


O diferencial das fintechs

A especialidade das fintechs é ter em seu core produtos que viralizam, que são disseminados via boca-a-boca dos clientes e redes sociais. São aqueles que caem no gosto do público, seja por serem fáceis de utilizar, por oferecerem benefícios ao chamar ou convidar os amigos e terem praticidade em sua adesão. Assim eles reduzem seu CAC (Custo de Aquisição de Clientes), investindo depois em novos produtos e estratégias. 

E o que separa as fintechs das instituições tradicionais é a possibilidade de abrir o ‘leque de opções’. Os modelos consolidados possuem sistemas fechados e que não permitem inovação acelerada, além de estarem presos aos produtos considerados mais rentáveis. Já as fintechs têm mais flexibilidade para criar produtos e desenvolver funcionalidades, garantindo experiências novas ao consumidor.

Algumas delas são notáveis. Um exemplo dado pelos analistas da Opportunity é o Chime, nos Estados Unidos. O banco digital oferece dois serviços bem famosos: a antecipação de salário, com uma das menores taxas do mercado, e o Chime Credit Builder Card (CBC), que funciona como se fosse um cartão de crédito pré-pago. No CBC, o cliente deposita determinado valor em sua conta como garantia e a partir desse montante é dado um limite de crédito. Porém, a principal vantagem é que se ele for bom pagador, consegue melhorar seu score junto ao bureau de crédito, pois a fintech faz as notificações de forma constante. 

A ausência ou a cobrança de taxas de serviços reduzidas, a adoção de juros baixos em determinadas linhas de crédito e entrada facilitada faz com que as fintechs levem muitos anos até darem lucros significativos. Durante muito tempo elas atuam usando todos os recursos do caixa ou tirando dinheiro do próprio bolso. Mas, conforme Bruno Waga e Vinícius Ferreira, tudo isso tem um bom motivo: construir uma enorme base de clientes engajados

Então como analisar e investir nessas empresas inovadoras que ainda não estão dando lucro? Para eles, é preciso avaliar o mercado onde atuam e a capacidade de escalarem os negócios. Outros pontos são a capacidade de execução de projetos e de criação de fórmulas para rentabilizar a operação. É uma análise mais qualitativa do que quantitativa.

Tela Azul #36 no Spotify


E o universo das Big Techs?

Como não poderia faltar, Big Techs são sempre um must-have no Tela Azul. Para Vinícius Ferreira, sócio e gestor de Global Equities da Opportunity, o Google era visto como uma evolução dos anúncios. Quando a empresa surgiu, imaginou-se que ela iria roubar o lugar das tradicionais páginas amarelas e outdoors, dentre tantas outras formas de publicidade. 

No entanto, conforme a internet evoluiu, tornou-se evidente que o mercado de anúncios online acabou se tornando maior e mais complexo. E quem viu essa transformação primeiro foram os e-commerces, que dependem exclusivamente deste tipo de divulgação.

Já falando da Amazon, a empresa se tornou “um mamute de logística” nos últimos anos, segundo Bruno Waga. Ela foi capaz de ultrapassar gigantes como Walmart, em uma fração de tempo, e ainda criando uma base fiel de clientes por meio do Amazon Prime. Este ainda, ele considera como “a melhor e mais ‘alavancável’ forma de CAC que uma empresa já criou”

Quanto ao Facebook, eles fazem questão de ressaltar que a rede social não está morta. A evolução do TikTok, o grande concorrente chinês, ainda não foi capaz de matar as propriedades de Mark Zuckerberg, segundo pesquisas feitas dentro da Opportunity. E com a Apple, eles comentam muito sobre “a teoria do cavalo de tróia”.

A empresa da maçã é vista como tradicionalmente uma vendedora de hardware, mas hoje em dia, 35% de seus produtos são serviços. Logo, os seus aparelhos servem como forma de levar aplicativos ao consumidor, ainda que com um ticket médio mais alto que o comum no mercado.

Quer saber mais opiniões do Bruno e do Vinícius, além de conferir o papo completo sobre as empresas de tech que mais podem bombar, investimentos e outros assuntos que rolaram? Então, é só dar o play e conferir o Tela Azul aqui embaixo, na íntegra:

Tela Azul #36 no Spotify

Compartilhe

LISTA DA FORBES

‘Clube dos US$ 100 bilhões’: número bilionários com fortuna de 12 dígitos bate recorde em 2024; veja quem são

19 de abril de 2024 - 17:33

Em 2023, o “clube” tinha seis membros. Em 2020, apenas um: era Jeff Bezos, fundador da Amazon, que hoje aparece em terceiro lugar

MUDANÇA NO PÓDIO

Mark Zuckerberg ultrapassa Elon Musk e se torna terceiro homem mais rico do mundo, segundo ranking de bilionários da Bloomberg

19 de abril de 2024 - 15:00

Elon Musk, que encerrou 2023 como o homem mais rico do mundo, foi empurrado por Mark Zuckerberg para fora do pódio dos bilionários da Bloomberg

TRANSAÇÕES LIMITADAS

O fim das apostas esportivas no cartão de crédito: governo define novas regras para o ‘mercado bet’

18 de abril de 2024 - 14:31

Criada em 2018, a modalidade lotérica que reúne eventos virtuais e reais vem sendo regulamentada desde o ano passado

LOTERIAS

Lotofácil tem dois ganhadores, mas ninguém fica milionário — e outra loteria vai pagar prêmio de R$ 174 milhões nesta semana

18 de abril de 2024 - 9:37

Duas apostas cravaram as 15 dezenas sorteadas no concurso 3081 da Lotofácil; confira os números que saíram na loteria

COM A PALAVRA, O CHEFE DO BC

Qual o futuro dos juros no Brasil? Campos Neto dá pistas sobre a trajetória da taxa Selic daqui para frente

17 de abril de 2024 - 20:03

O presidente do banco central falou sobre a inflação, o mercado de trabalho e sobre a trajetória da economia durante entrevista para a CNBC

Oficializou

Senado aprova isenção de imposto de renda para quem ganha até dois salários mínimos por mês; projeto vai à sanção presidencial

17 de abril de 2024 - 19:08

Aprovação do projeto de lei oficializa medida provisória publicada pelo governo em fevereiro; limite de isenção do imposto de renda passa para R$ 2.824

OS ARGUMENTOS DO MINISTRO

Haddad responde aos mercados sobre ruídos provocados por meta fiscal; veja o que o ministro falou

16 de abril de 2024 - 19:06

Haddad argumentou que o ajuste estabelece uma trajetória “completamente em linha” com o que se espera no médio prazo de estabilidade da dívida

REALITY SHOW

A final do BBB 24 está aí: Quanto o prêmio recorde de R$ 2,92 milhões renderia se o vencedor resolvesse viver de renda?

16 de abril de 2024 - 18:29

O Big Brother Brasil pagará o maior prêmio da história na final desta edição, com Davi, Isabelle e Matheus na disputa. Mas é possível viver apenas com a bolada?

DE OLHO NAS REDES

Petrobras (PETR4) é uma das melhores petroleiras do mundo, mas ‘risco Lula’ empaca: “ações podem desabar da noite pro dia” — o que fazer com os papéis? 

16 de abril de 2024 - 15:51

“Se você focar apenas em resultados, a Petrobras (PETR4) é uma das melhores petroleiras do mundo”. É assim que o analista Ruy Hungria começa sua participação no mais recente episódio do podcast Touros e Ursos. Ele explica que a estatal tem margens até melhores do que as gigantes do setor — como Chevron, Exxon e […]

NAS ALTURAS

Dólar em R$ 5,28: os dois eventos que fizeram a moeda norte-americana atingir o maior patamar em mais de um ano

16 de abril de 2024 - 11:44

Entenda por que os investidores buscam abrigo em ativos considerados porto seguro como o ouro e os títulos do Tesouro dos EUA

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar