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Ibovespa segue embalado após nova alta da Selic e recupera os 114 mil pontos; dólar recua

Tela mercado juros

Ainda no embalo da Super quarta, a quinta-feira (23) é de apetite por risco nos mercados globais,  dando sequência ao movimento de recuperação visto nos últimos dois pregões.

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O Ibovespa repercute não só a decisão do Banco Central brasileiro de elevar a Selic em mais um ponto percentual, mas também a sinalização do Federal Reserve de que a retirada de estímulos da economia americana deve se iniciar em breve. Agora pela manhã, novos dados da economia americana adicionam alguma incerteza sobre uma movimentação já na próxima reunião, como sinalizou Powell em seu discurso na tarde de ontem.

Os novos pedidos de auxílio-desemprego tiveram alta de 16 mil solicitações na semana passada e o índice de atividade nacional do Fed de Chicago foi de 0,75 em julho para 0,29 em agosto. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) também veio abaixo do esperado pelos analistas. Enquanto o índice industrial recuou a 60,5, o setor de serviços, 54,4.

Por aqui, o Ibovespa segue renovando máximas desde a abertura, mesmo após a ocupação da B3 por movimentos sociais que protestam contra o governo. Por volta das 16h, o principal índice da bolsa brasileira operava em alta de 1,35%, aos 113.803 pontos. O dólar à vista passou a operar instável após dados mais fracos do que o esperado nos EUA e exibe leve alta de 0,03%, a R$ 5,3051.

Ecos da véspera

Ontem, o Banco Central brasileiro confirmou as expectativas do mercado e decidiu elevar a taca básica de juros em 1 ponto percentual, a 6,25% ao ano. O comunicado já indicou também uma elevação de mesma magnitude no próximo encontro e que, no cenário-base, a Selic deve terminar o ano em 8,25%, chegando a 8,50% em 2022.

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Já nos Estados Unidos, o Federal Reserve optou pela manutenção da taxa básica de juros na faixa dos 0% a 0,25% ao ano, mas indicou que a redução do programa de recompra de títulos pode começar em breve. Jerome Powell, presidente do Fed, chegou a falar sobre novidades já na próxima reunião, mas tudo depende do ritmo de recuperação do mercado de trabalho. 

Nervos de aço

Embora o temor de uma reação em cadeia devido ao possível calote de dívidas da incorporadora chinesa Evergrande tenha sido desfeito, os investidores seguem monitorando o caso. Há relatos de que os governos locais já foram orientados a se preparar para a falência da companhia.

O Banco Central chinês (PBoC) continua injetando dinheiro no sistema financeiro como forma de garantir liquidez e acalmar o mercado frente às preocupações com as dificuldades enfrentadas pela Evergrande. Nesta madrugada, foram US$ 18,6 bilhões, mesmo volume injetado no dia anterior. 

Com a notícia de que uma subsidiária da companhia deve honrar o pagamento dos juros das dívidas, as ações da Evergrande saltaram mais de 30% em Hong Kong.

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Sobe e desce do Ibovespa

O noticiário corporativo movimentado influencia os desempenhos do dia. Em alta de quase 10%, a Embraer lidera o avanço após anunciar um novo acordo firmar parceria com a Bristow para desenvolver mais de 100 eVTOLS, o veículo elétrico voador que é a aposta sustentável para o futuro.

A Ultrapar também tem alta firme após anunciar uma reestruturação de sua diretoria e de sua principal subsidiária. Confira as maiores altas do dia:

CÓDIGONOMEULTVAR
EMBR3Embraer ONR$ 23,389,77%
UGPA3Ultrapar ONR$ 15,767,87%
USIM5Usiminas PNAR$ 16,105,64%
CVCB3CVC ONR$ 23,054,82%
LWSA3Locaweb ONR$ 24,344,02%

Depois de relatório do Credit Suisse rebaixando os papéis da Cyrela, a companhia lidera a lista de empresas com o pior desempenho. Confira as maiores quedas:

CÓDIGONOMEULTVAR
CYRE3Cyrela ONR$ 19,91-1,97%
B3SA3B3 ONR$ 14,05-1,40%
ALPA4Alpargatas PNR$ 57,09-1,21%
EZTC3EZTEC ONR$ 26,17-1,13%
RADL3Raia Drogasil ONR$ 25,03-1,07%
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