O bitcoin (BTC) volta a rondar as máximas históricas no rali do final de ano, o que torna o preço da maior criptomoeda do mundo em valor de mercado menos atrativo para os investidores em busca de valorizações exponenciais. Hoje, esse papel cabe às moedas alternativas, as chamadas altcoins.
Essas criptomoedas têm um potencial de alta maior, apesar de também carregarem riscos mais elevados por envolverem projetos novos. Entretanto, com cautela e uma carteira equilibrada, os especialistas dizem que é possível surfar uma onda boa.
E quem está na crista da onda desta vez é a Avalanche (AVAX), uma blockchain (rede) que nasceu para competir com o ethereum (ETH) como plataforma de desenvolvimento de projetos.
Por volta das 13h desta segunda-feira (08), a Avalanche avançava 5,99%, aos US$ 91,90 (R$ 511,11). Nos últimos sete dias, a criptomoeda “deslancha” com uma alta de 40,53%.
O que faz a Avalanche (AVAX)
Diferentemente de outras blockchains como a Polkadot (DOT) e a Solana (SOL), a Avalanche é o que se chama de resolução de primeira camada (layer one ou 1L, em inglês), ou seja, os projetos são desenvolvidos no ecossistema da Avalanche.
DOT e SOL são protocolos criados dentro da blockchain do ethereum. Dessa forma, as taxas de transação (gas fees) e velocidade da rede estão atreladas ao ecossistema do ether.
A AVAX pretende ser uma blockchain com gas fees mais baratas e que busca resolver o trilema das criptomoedas: escalabilidade, segurança e descentralização.
A rede da Avalanche é composta por três blockchains separadas: X-Chain, C-Chain e P-Chain. Cada uma delas busca resolver um dos três problemas.
Por que ganhou destaque
Além da procura por moedas alternativas, os programadores estão em busca de redes fora da plataforma do ethereum. Protocolos como SushiSwap (SUSHI) e TrueUSD (TUSD) já se integraram à blockchain da avalanche em 2020, quando a criptomoeda foi lançada.
O desenvolvimento de aplicativos descentralizados (Dapps) relacionados a finanças descentralizadas (DeFi) ganharam mercados neste ano.
De acordo com o portal DeFi Pulse, em 2021 o mercado de DeFis cresceu 271,29% e alcançou o valor de mercado de US$ 105,69 bilhões.
Para Mayra Siqueira, gerente geral da Binance no Brasil, a forte alta não é de hoje. Para um projeto de apenas 14 meses, a Avalanche já briga para ganhar um espaço entre as dez maiores criptomoedas do mundo.
“Analisando as notícias recentes, vemos que para além dos aspectos técnicos, como altíssima velocidade de transação, compatibilidade com mais de 200 projetos, a Avalanche conquistou escalabilidade fazendo importantes parcerias. Além disso, atraiu a atenção dos investidores institucionais, arrecadando US$ 230 milhões em uma rodada fechada de tokens", afirma.
Não deixe de conferir o nosso último Papo Cripto, onde eu converso sobre os principais temas que movimentam os mercados. No programa desta semana, nós conversamos sobre os ETFs dos Estados Unidos e da bolsa brasileira — e qual o melhor deles.