Lições da pandemia: em meio às incertezas, há de se ter convicções
Apostamos em medidas que nos proporcionam, agora, segurança em nossos esforços de gerar transformações benéficas para o mercado de crédito do país
Já não é novidade para qualquer um de nós a constatação de que a pandemia causada pelo novo coronavírus colocou o mundo todo em uma situação antes inimaginável.
Momentos delicados e desafiadores como esse, em que observamos transformações profundas em diversos setores da sociedade — seja no modo como nos relacionamos, seja no modo como consumimos e nos organizamos economicamente — nos forçam a ter reflexões sobre os padrões que vínhamos adotando até aqui.
E, por uma questão de sobrevivência, fazer uma nova leitura sobre o futuro, principalmente, em relação aos modelos de gestão dos nossos negócios.
Uma das lições que a pandemia nos deu foi a de que planejamentos estratégicos devem levar em consideração a capacidade de adaptação das nossas equipes a situações imprevisíveis.
A variável da incerteza deve passar a ser considerada para que a resiliência seja, de fato, uma característica das nossas companhias — sem deixar de lado algumas das nossas convicções.
No primeiro trimestre deste ano, a Boa Vista comprovou a resiliência do nosso negócio, focado em desenvolver soluções analíticas que fundamentam os processos decisórios mais importantes de nossos clientes.
Leia Também
Diante da segunda onda de contaminações da covid-19, que levou à ampliação de medidas restritivas e que prejudicou a atividade econômica de grande parte das empresas, apostamos em medidas que nos proporcionam, agora, segurança em nossos esforços de gerar transformações benéficas para o mercado de crédito do país.
Pautados pela convicção de que estamos montando um modelo de negócio inovador mantivemos investimentos para nos consolidarmos ainda mais como empresa referência em inteligência analítica.
O lançamento oficial do nosso Centro de Excelência em Analytics (CEA), em abril, foi mais um passo na estratégia da companhia de se consolidar fundamentalmente como uma empresa referência nesse ramo de atividade e que a coloca na vanguarda internacional.
Ainda que a iniciativa exija novas contratações de cientistas e engenheiros de dados para operacionalização do CEA, mantivemos o caixa sob controle — prova de nossa capacidade de adaptação, da qual falamos anteriormente.
E um exemplo disso é que quando analisamos nossos resultados orgânicos deste primeiro trimestre, visualizamos um bom trabalho na gestão de nossos custos e despesas, com crescimento de Ebitda ajustado ano contra ano, mesmo em períodos de comparação distintos pelos efeitos da pandemia (muito mais impactante no primeiro trimestre de 2021 do que no mesmo período de 2020).
O CEA permitirá à Boa Vista gerar importante diferencial competitivo, incrementando nosso portfólio de soluções em analytics, produtos que reúnem informações inclusive do Cadastro Positivo, capazes de contribuir com empresas e instituições financeiras a avaliarem com maior precisão clientes mais propensos a renegociar dívidas e a fazerem uma melhor gestão dos riscos em relação a linhas de crédito oferecidas, por exemplo.
São vários algoritmos e modelos estatísticos que também ajudam os consumidores a resgatarem potencial para realizar seus sonhos de consumo, via acesso a crédito. Contribuem, portanto, para tornar o mercado de crédito mais sustentável.
Atuar por meio de uma abordagem colaborativa, gerando e compartilhando conhecimento e experiências no segmento de inteligência analítica de dados, também é uma das nossas premissas refletidas no CEA — e aqui tomo a liberdade de ressaltar o elemento da criatividade que norteia a gestão do nosso negócio, criatividade que é típica do ambiente acadêmico.
Assim, buscamos parcerias com universidades que preveem a frequência, pelos profissionais do CEA, em cursos de mestrado latu sensu e strictu sensu — a primeira delas já está firmada com a Unicamp —, iniciativa que proporciona a valorização e a qualificação dos nossos colaboradores e benefícios para a sociedade.
Sem improvisos, mas com flexibilidade e olhares atentos sobre o mercado, seguiremos em 2021 com a nossa estratégia de impulsionar o desenvolvimento de soluções baseadas em inteligência analítica de ponta, para maximizar os resultados dos nossos clientes e contribuir com a melhora do ambiente de crédito para os brasileiros, estruturando modelos inovadores, eficazes e privilegiando equipes de alta performance.
Se a pandemia nos trouxe uma série de lições e aprendizados, fico, dessa vez, com a de que em meio a tantas incertezas, é preciso nos apegarmos a algumas de nossas convicções.
Outros artigos de CEOs:
- Como a Ambipar avalia as empresas que estão no radar de aquisições
- Eduardo Ragasol, da Neogrid: Investir na gestão da cadeia de suprimentos é estratégico para o varejo superar a crise
- Fernando Cirne, CEO da Locaweb: Como tornar os negócios digitais resilientes
As lições do Chile para o Brasil, ata do Copom, dados dos EUA e o que mais movimenta a bolsa hoje
Chile, assim como a Argentina, vive mudanças políticas que podem servir de sinal para o que está por vir no Brasil. Mercado aguarda ata do Banco Central e dados de emprego nos EUA
Chile vira a página — o Brasil vai ler ou rasgar o livro?
Não por acaso, ganha força a leitura de que o Chile de 2025 antecipa, em diversos aspectos, o Brasil de 2026
Felipe Miranda: Uma visão de Brasil, por Daniel Goldberg
O fundador da Lumina Capital participou de um dos episódios de ‘Hello, Brasil!’ e faz um diagnóstico da realidade brasileira
Dividendos em 2026, empresas encrencadas e agenda da semana: veja tudo que mexe com seu bolso hoje
O Seu Dinheiro traz um levantamento do enorme volume de dividendos pagos pelas empresas neste ano e diz o que esperar para os proventos em 2026
Como enterrar um projeto: você já fez a lista do que vai abandonar em 2025?
Talvez você ou sua empresa já tenham sua lista de metas para 2026. Mas você já fez a lista do que vai abandonar em 2025?
Flávio Day: veja dicas para proteger seu patrimônio com contratos de opções e escolhas de boas ações
Veja como proteger seu patrimônio com contratos de opções e com escolhas de boas empresas
Flávio Day nos lembra a importância de ter proteção e investir em boas empresas
O evento mostra que ainda não chegou a hora de colocar qualquer ação na carteira. Por enquanto, vamos apenas com aquelas empresas boas, segundo a definição de André Esteves: que vão bem em qualquer cenário
A busca pelo rendimento alto sem risco, os juros no Brasil, e o que mais move os mercados hoje
A janela para buscar retornos de 1% ao mês na renda fixa está acabando; mercado vai reagir à manutenção da Selic e à falta de indicações do Copom sobre cortes futuros de juros
Rodolfo Amstalden: E olha que ele nem estava lá, imagina se estivesse…
Entre choques externos e incertezas eleitorais, o pregão de 5 de dezembro revelou que os preços já carregavam mais política do que os investidores admitiam — e que a Bolsa pode reagir tanto a fatores invisíveis quanto a surpresas ainda por vir
A mensagem do Copom para a Selic, juros nos EUA, eleições no Brasil e o que mexe com seu bolso hoje
Investidores e analistas vão avaliar cada vírgula do comunicado do Banco Central para buscar pistas sobre o caminho da taxa básica de juros no ano que vem
Os testes da família Bolsonaro, o sonho de consumo do Magalu (MGLU3), e o que move a bolsa hoje
Veja por que a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência derrubou os mercados; Magazine Luiza inaugura megaloja para turbinar suas receitas
O suposto balão de ensaio do clã Bolsonaro que furou o mercado: como fica o cenário eleitoral agora?
Ainda que o processo eleitoral esteja longe de qualquer definição, a reação ao anúncio da candidatura de Flávio Bolsonaro deixou claro que o caminho até 2026 tende a ser marcado por tensão e volatilidade
Felipe Miranda: Os últimos passos de um homem — ou, compre na fraqueza
A reação do mercado à possível candidatura de Flávio Bolsonaro reacende memórias do Joesley Day, mas há oportunidade
Bolha nas ações de IA, app da B3, e definições de juros: veja o que você precisa saber para investir hoje
Veja o que especialista de gestora com mais de US$ 1,5 trilhão em ativos diz sobre a alta das ações de tecnologia e qual é o impacto para o mercado brasileiro. Acompanhe também a agenda da semana
É o fim da pirâmide corporativa? Como a IA muda a base do trabalho, ameaça os cargos de entrada e reescreve a carreira
As ofertas de emprego para posições de entrada tiveram fortes quedas desde 2024 em razão da adoção da IA. Como os novos trabalhadores vão aprender?
As dicas para quem quer receber dividendos de Natal, e por que Gerdau (GGBR4) e Direcional (DIRR3) são boas apostas
O que o investidor deve olhar antes de investir em uma empresa de olho dos proventos, segundo o colunista do Seu Dinheiro
Tsunami de dividendos extraordinários: como a taxação abre uma janela rara para os amantes de proventos
Ainda que a antecipação seja muito vantajosa em algumas circunstâncias, é preciso analisar caso a caso e não se animar com qualquer anúncio de dividendo extraordinário
Quais são os FIIs campeões de dezembro, divulgação do PIB e da balança comercial e o que mais o mercado espera para hoje
Sete FIIs disputam a liderança no mês de dezembro; veja o que mais você precisa saber hoje antes de investir
Copel (CPLE3) é a ação do mês, Ibovespa bate novo recorde, e o que mais movimenta os mercados hoje
Empresa de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, a Copel é a favorita para investir em dezembro. Veja o que mais você precisa saber sobre os mercados hoje
Mais empresas no nó do Master e Vorcaro, a escolha do Fed e o que move as bolsas hoje
Titan Capital surge como peça-chave no emaranhado de negócios de Daniel Vorcaro, envolvendo mais de 30 empresas; qual o risco da perda da independência do Fed, e o que mais o investidor precisa saber hoje