Planos da Partners Group no Brasil, precatórios, aquisição da Americanas (AMER3) e outros destaques do dia

Como jornalista, aprendi que as notícias mais quentes costumam aparecer nas horas mais indesejadas. Foi o que ocorreu no Natal de 2015, quando o meu telefone tocou enquanto eu curtia uma folga na praia com a família.
Do outro lado da linha, vinha uma informação exclusiva: um fundo suíço havia comprado uma participação na Hortifruti Natural da Terra, em um negócio de centenas de milhões de reais.
A tacada se revelou certeira quase seis anos depois daquele Natal. No mês passado, o mesmo fundo anunciou a venda da rede de varejo de produtos naturais para a Americanas, por R$ 2,1 bilhões.
O fundo em questão é da Partners Group, que atua no lucrativo (e arriscado) mercado de private equity. Em outras palavras, a gestora investe em empresas com o objetivo de vendê-las com um bom retorno no futuro.
Com US$ 120 bilhões sob gestão, a Partners é pouco conhecida do público em geral, mas já atua no país desde o início dos anos 2000.
Após colocar no bolso o lucro com a venda da Hortifruti, a gestora segue de olho em oportunidades de investimento no Brasil, ainda que o momento atual de turbulência econômica e política não seja dos melhores.
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A expectativa é investir até US$ 300 milhões (quase R$ 1,6 bilhão) em novas aquisições. A Partners também pretende lançar uma versão de seu fundo global para investidores brasileiros, inclusive no varejo.
Eu conversei com exclusividade com Tiago Andrade, responsável pelas operações do fundo suíço na América Latina, e conto para você os planos e as oportunidades que a gestora vê no país.
Correção: A matéria principal da newsletter da manhã de ontem foi enviada com um erro no link de acesso. Pedimos desculpas e agradecemos aos leitores que nos avisaram do equívoco. Segue agora o texto com o link correto: Mercado coloca no preço chance de Selic voltar aos 10% na véspera da eleição de 2022.
O que você precisa saber hoje
ESQUENTA DOS MERCADOS
Impasse dos precatórios deve pressionar bolsa hoje antes dos dados do varejo nos EUA. Além disso, seguem no radar o risco fiscal antes da eleição de 2022 e os dados da economia dos Estados Unidos, com destaque para os pedidos de auxílio-desemprego.
AMPLIANDO O ECOSSISTEMA
Americanas (AMER3) compra Skoob, rede social para leitores, e mira segmento com custo menor de aquisição. Empresa tem mais de oito milhões de usuários, que fazem parte de uma categoria do e-commerce que tem custo de aquisição de cliente bem menor que a média.
CAPTAÇÃO EM DÓLARES
B3 levanta US$ 700 milhões e revisa projeção de alavancagem. Segundo operadora da bolsa brasileira, a emissão faz parte da gestão dos negócios da companhia e visa diversificar as fontes de captação com condições atrativas de financiamento.
MOVIMENTAÇÃO NO MERCADO
BR Malls anuncia programa de recompra de ações; veja condições. Empresa de shoppings quer usar operação para maximizar a alocação de caixa da empresa e gerar valor aos acionistas.
NÃO AGRADOU
IBP critica mudanças regulatórias na venda de combustíveis. Representante das grandes distribuidoras defende a manutenção do modelo de exclusividade no mercado de revenda de derivados de petróleo.
QUEM SE SALVOU
Na B3, ações do setor de saúde foram as que menos sofreram em agosto. Levantamento da Teva Índices mostra também que os papéis do comércio e da construção foram os mais castigados no último mês.
ANDRÉ FRANCO
O ser humano é exponencial por natureza. Depois do bitcoin, qual será a próxima revolução das criptomoedas? O digital intangível aos poucos vai se tornar mais importante para as futuras gerações do que é para nós, e você tem que estar preparado para isso
Aquele abraço e uma ótima quinta-feira!
Ontem, hoje, amanhã: Tensão com fim da trégua comercial dificulta busca por novos recordes no Ibovespa
Apetite por risco é desafiado pela aproximação do fim da trégua de Donald Trump em sua guerra comercial contra o mundo
Talvez fique repetitivo: Ibovespa mira novos recordes, mas feriado nos EUA drena liquidez dos mercados
O Ibovespa superou ontem, pela primeira vez na história, a marca dos 141 pontos; dólar está no nível mais baixo em pouco mais de um ano
A história não se repete, mas rima: a estratégia que deu certo no passado e tem grandes chances de trazer bons retornos — de novo
Mesmo com um endividamento controlado, a empresa em questão voltou a “passar o chapéu”, o que para nós é um sinal claro de que ela está de olho em novas aquisições. E a julgar pelo seu histórico, podemos dizer que isso tende a ser bastante positivo para os acionistas.
Ditados, superstições e preceitos da Rua
Aqueles que têm um modus operandi e se atêm a ele são vitoriosos. Por sua vez, os indecisos que ora obedecem a um critério, ora a outro, costumam ser alijados do mercado.
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