Nadal, Djokovic e o match point do Ibovespa
A TV está sempre ligada enquanto eu trabalho. Geralmente num jornal ou num canal de notícias — eu vou fazendo as minhas coisas, mas sempre com olhos e ouvidos atentos para a segunda tela.
Excepcionalmente hoje, estou desde o começo da tarde rodando pelos canais de esportes. Afinal, não há notícia no mundo que se equipare a uma semifinal de Roland Garros entre Rafael Nadal e Novak Djokovic.
Eu adoro tênis e Nadal x Djokovic é quase garantia de bom jogo. Pontos disputados, ajustes de estratégia, ritmo alucinante — é uma experiência quase terapêutica assistir mais um capítulo da rivalidade.
A bolinha vai, a bolinha volta. Centenas, milhares de vezes, por horas e horas. É um xadrez físico e mental, jogado por dois dos melhores da história.
De certa maneira, o tênis me lembra um pouco o mercado de ações. Acompanhar o sobe e desce do Ibovespa em tempo real é como ver a bolinha cruzando a rede numa partida bem acirrada. Centenas, milhares de vezes, por horas e horas.
Cada notícia corporativa é um voleio; cada índice macroeconômico, um golpe de direita; cada oscilação dos preços das commodities, uma deixadinha. E assim o jogo vai se desenhando: entre paralelas e erros não-forçados, o placar é construído.
Leia Também
Os planos e dividendos da Petrobras (PETR3), a guerra entre Rússia e Ucrânia, acordo entre Mercosul e UE e o que mais move o mercado
Felipe Miranda: O paradoxo do banqueiro central
Nesta semana, o Ibovespa jogou na quadra da inflação — um piso difícil, como a terra de Roland Garros. O IPCA mais alto deixou o quique da bola irregular; resta saber se o Banco Central vai conseguir ajustar seus golpes com a Selic para superar a dificuldade.
Essa incerteza quanto ao comportamento do Copom afetou o Ibovespa, que vinha de vitória atrás de vitória, recorde atrás de recorde. O saldo da semana foi negativo para a bolsa brasileira, enquanto o dólar subiu e se afastou da marca de R$ 5,00.
A Jasmine Olga esteve sentada na primeira fila e acompanhou todos os detalhes da partida na B3 — o resumo do pregão de hoje e da semana na bolsa está nesta matéria.
PS: Enquanto eu escrevia esse texto, Novak Djokovic fechou a partida e venceu Rafael Nadal por 3 sets a 1, parciais de 3/6, 6/3, 7/6 e 6/2. A final será domingo, contra Stefanos Tsitsipas.
MERCADOS
• O departamento de TI da B3 anda trabalhando dobrado nos últimos dias. Apenas um mês após o problema com as ações PN e ON da Modalmais, a operadora da bolsa relatou uma nova instabilidade. Veja quais ativos poderão ser afetados.
• E, como se não bastasse a pane no sistema, a B3 ainda enfrenta um outro problema: os calotes. A empresa divulgou hoje sua maior lista de inadimplentes do ano, com 37 páginas e cerca de 1.500 nomes.
EMPRESAS
• A fusão operacional entre Lojas Americanas e B2W, aprovada ontem pelos acionistas, anda confundindo a cabeça dos investidores. O Renato Carvalho conversou com analistas para entender a operação e conta o que mudará para os papéis da “nova e velha” Americanas.
• Depois da oferta frustrada pela Cia Hering, a Arezzo voltou ao mercado e, desta vez, conseguiu fechar a compra da BAW. Apesar de um balanço com números modestos, a marca é a queridinha dos influencers e vai incrementar a presença digital da empresa.
• Quem também se animou com as compras foi a XP. Uma semana após anunciar a aquisição de parte da Giant Steps, a corretora abocanhou outra participação, desta vez na Capitânia Investimentos. Saiba mais.
• A Petrobras surpreendeu o mercado hoje com uma redução no preço da gasolina. O movimento, que ocorre em meio à alta do petróleo e deixa os preços da estatal abaixo do mercado internacional, não foi bem recebido pelos investidores e levou a uma queda nas ações.
• Se, por um lado, sua política de preços anda azedando o humor do mercado, a empresa agradou ao informar que assinou um contrato bilionário. A estatal será fornecedora de uma nova plataforma no campo de Búzios — a entrega está prevista para 2025.
ECONOMIA
• Parece que o resultado do PIB brasileiro no primeiro trimestre operou uma verdadeira transformação na visão dos analistas estrangeiros sobre o país. O Bank of America revisou para cima suas projeções de crescimento econômico e elevou a recomendação de exposição ao Brasil.
• O petróleo foi um dos ativos a sofrer com os impactos da covid-19. Mas, de acordo com a Agência Internacional de Energia, o apetite global pela commodity deverá retornar a níveis pré-pandemia até o fim do ano que vem.
Este artigo foi publicado primeiramente no "Seu Dinheiro na sua manhã". Para receber esse conteúdo no seu e-mail, cadastre-se gratuitamente neste link.
Planejamento, pé no chão e consciência de que a realidade pode ser dura são alguns dos requisitos mais importantes de quem quer ser dono da própria empresa
Milhões de brasileiros sonham em abrir um negócio, mas especialistas alertam que a realidade envolve insegurança financeira, mais trabalho e falta de planejamento
Rodolfo Amstalden: Será que o Fed já pode usar AI para cortar juros?
Chegamos à situação contemporânea nos EUA em que o mercado de trabalho começa a dar sinais em prol de cortes nos juros, enquanto a inflação (acima da meta) sugere insistência no aperto
A nova estratégia dos FIIs para crescer, a espera pelo balanço da Nvidia e o que mais mexe com seu bolso hoje
Para continuarem entregando bons retornos, os Fundos de Investimento Imobiliários adaptaram sua estratégia; veja se há riscos para o investidor comum. Balanço da Nvidia e dados de emprego dos EUA também movem os mercados hoje
O recado das eleições chilenas para o Brasil, prisão de dono e liquidação do Banco Master e o que mais move os mercados hoje
Resultado do primeiro turno mostra que o Chile segue tendência de virada à direita já vista em outros países da América do Sul; BC decide liquidar o Banco Master, poucas horas depois que o banco recebeu uma proposta de compra da holding Fictor
Eleição no Chile confirma a guinada política da América do Sul para a direita; o Brasil será o próximo?
Após a vitória de Javier Milei na Argentina em 2023 e o avanço da direita na Bolívia em 2025, o Chile agora caminha para um segundo turno amplamente favorável ao campo conservador
Os CDBs que pagam acima da média, dados dos EUA e o que mais movimenta a bolsa hoje
Quando o retorno é maior que a média, é hora de desconfiar dos riscos; investidores aguardam dados dos EUA para tentar entender qual será o caminho dos juros norte-americanos
Direita ou esquerda? No mundo dos negócios, escolha quem faz ‘jogo duplo’
Apostar no negócio maduro ou investir em inovação? Entenda como resolver esse dilema dos negócios
Esse número pode indicar se é hora de investir na bolsa; Log corta dividendos e o que mais afeta seu bolso hoje
Relação entre preço das ações e lucro está longe do histórico e indica que ainda há espaço para subir mais; veja o que analistas dizem sobre o momento atual da bolsa de valores brasileira
Investir com emoção pode custar caro: o que os recordes do Ibovespa ensinam
Se você quer saber se o Ibovespa tem espaço para continuar subindo mesmo perto das máximas, eu não apenas acredito nisso como entendo que podemos estar diante de uma grande janela de valorização da bolsa brasileira — mas isso não livra o investidor de armadilhas
Seca dos IPOs ainda vai continuar, fim do shutdown e o que mais movimenta a bolsa hoje
Mesmo com Regime Fácil, empresas ainda podem demorar a listar ações na bolsa e devem optar por lançar dívidas corporativas; mercado deve reagir ao fim do maior shutdown da história dos EUA, à espera da divulgação de novos dados
Rodolfo Amstalden: Podemos resumir uma vida em uma imagem?
Poucos dias atrás me deparei com um gráfico absolutamente pavoroso, e quase imediatamente meu cérebro fez a estranha conexão: “ora, mas essa imagem que você julga horripilante à primeira vista nada mais é do que a história da vida da Empiricus”
Shutdown nos EUA e bolsa brasileira estão quebrando recordes diariamente, mas só um pode estar prestes a acabar; veja o que mais mexe com o seu bolso hoje
Temporada de balanços, movimentos internacionais e eleições do ano que vem podem impulsionar ainda mais a bolsa brasileira, que está em rali histórico de valorizações; Isa Energia (ISAE4) quer melhorar eficiência antes de aumentar dividendos
Ibovespa imparável: até onde vai o rali da bolsa brasileira?
No acumulado de 2025, o índice avança quase 30% em moeda local — e cerca de 50% em dólar. Esse desempenho é sustentado por três pilares centrais
Felipe Miranda: Como era verde meu vale do silício
Na semana passada, o mitológico investidor Howard Marks escreveu um de seus icônicos memorandos com o título “Baratas na mina de carvão” — uma referência ao alerta recente de Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, sobre o mercado de crédito
Banco do Brasil (BBAS3) precisará provar que superou crise do agro, mercado está otimista com fim do shutdown nos EUA no horizonte, e o que mais você precisa saber sobre a bolsa hoje
Analistas acreditam que o BB não conseguirá retomar a rentabilidade do passado, e que ROE de 20% ficou para trás; ata do Copom e dados de inflação também mexem com os mercados
Promovido, e agora? Por que ser bom no que faz não te prepara para liderar pessoas
Por que seguimos promovendo técnicos brilhantes e esperando que, por mágica, eles virem líderes preparados? Liderar é um ofício — e como todo ofício, exige aprendizado, preparo e prática
Novo nome da Eletrobras em nada lembra mercado de energia; shutdown nos EUA e balanço da Petrobras também movem os mercados hoje
Depois de rebranding, Axia Energia anuncia R$ 4 bilhões em dividendos; veja o que mais mexe com a bolsa, que bate recorde depois de recorde
Eletrobras agora é Axia: nome questionável, dividendos indiscutíveis
Mesmo com os gastos de rebranding, a empresa entregou bons resultados no 3T25 — e há espaço tanto para valorização das ações como para mais uma bolada em proventos até o fim do ano
FII escondido no seu dia a dia é campeão entre os mais recomendados e pode pagar dividendos; mercado também reflete decisão do Copom e aprovação da isenção de IR
BTGLG11 é campeão no ranking de fundos imobiliários mais recomendados, Copom manteve Selic em 15% ao ano, e Senado aprovou isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil
É bicampeão! FII BTLG11 volta ao topo do ranking dos fundos mais recomendados em novembro — e tem dividendos extraordinários no radar
Pelo segundo mês consecutivo, o BTLG11 garantiu a vitória ao levar quatro recomendações das dez corretoras, casas de análise e bancos consultados pelo Seu Dinheiro