ETFs ganham espaço no Brasil, mas ainda tem muito que caminhar
					Apesar de serem investimentos feitos sob medida para a pessoa física, os ETFs - sigla para Exchange Traded Funds - ainda são produtos financeiros obscuros para a maioria dos brasileiros, mesmo aqueles que já têm alguma educação financeira.
Também chamados de fundos de índice, esses fundos de investimento têm suas cotas negociadas em bolsa de valores como se fossem ações, e se propõem a seguir de perto o desempenho de um indicador de mercado.
São, portanto, o que se convencionou chamar de fundos passivos: um investidor iniciante, que não saiba muito bem que ação escolher e/ou que não tenha muita grana para montar uma carteira diversificada, pode simplesmente comprar cotas de um ETF de Ibovespa, a partir de uns cento e poucos reais, e surfar o desempenho do principal índice da B3.
Além do investimento inicial baixo e da diversificação com pouco dinheiro, os ETFs também são baratos. As taxas de administração costumam ser bem mais baixas que as dos fundos abertos comuns, principalmente os de gestão ativa, em que um gestor profissional seleciona os ativos.
Apesar do apelo óbvio para o pequeno investidor, os ETFs ainda não “pegaram” de fato no mercado brasileiro. A liquidez também é relativamente baixa. Mas com a forte migração das pessoas físicas para os ativos de risco após a mais recente queda de juros, a oferta de ETFs no mercado brasileiro aumentou bastante.
Além de ETFs de diversos índices de ações - dos índices amplos, como o Ibovespa e o de small caps, aos setoriais -, passamos a ter também ETFs de índices de renda fixa, índices estrangeiros e até mesmo BDRs de fundos de índices negociados lá fora.
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Em mercados mais desenvolvidos, é bom lembrar, existe índice de tudo que é segmento econômico, todos com seus respectivos ETFs.
Os índices temáticos também já chegaram por aqui. A Itaú Asset, por exemplo, lançou hoje um ETF na bolsa brasileira que segue o desempenho de um índice gringo de ações do setor de tecnologia para a saúde. Tal como já acontece no exterior, investir num produto como esse é uma forma fácil e barata de se expor a uma tese de investimentos superespecífica.
Outra função interessante dos ETFs é tornar acessíveis mercados que possam ser muito complexos para o investidor comum. Investir em fundos de índices de criptomoedas, por exemplo, é bem mais simples e barato do que comprá-las diretamente via exchange.
Depois de a gestora Hashdex lançar o HASH11, primeiro ETF de criptoativos do Brasil, hoje a gestora QR Capital anunciou a oferta do primeiro ETF de bitcoin da América Latina, que acompanhará o desempenho do índice de bitcoin da bolsa de Chicago, a maior bolsa de derivativos do mundo.
Agora, um segmento em que os ETFs ainda não estão “bombando” no Brasil é o dos fundos imobiliários. Por enquanto, temos apenas um fundo que se propõe a acompanhar o Índice de Fundos Imobiliários (IFIX): o XFIX11, da XP. E sua liquidez ainda é bastante reduzida, mesmo para o mercado de FII.
Eu disse que o XFIX11 “se propõe” a seguir o IFIX porque ele não tem estado assim tãããão aderente ao seu índice de referência quanto deveria. Nesta matéria, eu mostro como o desempenho do fundo anda descolado do seu benchmark e porque isso é ruim para o investidor.
MERCADOS
• Os investidores já esperavam números altos para a inflação em maio, mas o índice divulgado pelo IBGE superou até as maiores expectativas e deu o tom do mercado nesta quarta. Mas, com a ajuda das commodities, o Ibovespa conseguiu se segurar nos 129.906 pontos. Já o dólar, que estava comportado nos últimos dias, subiu 0,69%.
EMPRESAS
• Nem mesmo o lançamento do maior projeto de sua história - um empreendimento de luxo que, no primeiro fim de semana, vendeu 75% das unidades - foi capaz de fazer com que a Lavvi decolasse na bolsa. Mesmo com a alta de até 4% nos papéis depois da notícia, o preço segue abaixo do valor de estreia dos ativos na bolsa. Confira a análise do Victor Aguiar.
• Enquanto algumas companhias amargam performances abaixo do esperado, outras sonham em ver seu nome no pregão da B3. Esse é o caso da Tópico, a especialista em compra e venda de galpões, que oficializou a intenção de abrir o capital.
• Criticada pelo valor baixo da negociação, a venda da Refinaria Landulpho Alves pela Petrobras para uma empresa do fundo árabe Mubadala foi aprovada sem restrições pelo Cade. Veja os detalhes do certame.
• Está preocupado com os boletos para pagar? Imagine então os executivos da Latam, empresa com mais de US$ 10 bilhões em dívidas. A aérea, cujas operações brasileiras estão na mira da Azul, pediu à justiça americana mais tempo para apresentar um plano de reestruturação.
ECONOMIA
• O início do ano continuou sendo de resultados positivos para as maiores incorporadoras do país. Enquanto outros segmentos da economia ainda eram afetados pela pandemia, os lançamentos de imóveis no Sudeste, assim como as vendas, registraram alta no primeiro trimestre.
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