Bolsa na semana é marcada por crise institucional; Marisa, JBS e Petrobras são destaque

Dizer que é complicado conversar sobre política no Brasil é quase fofo. Esse é um tema que divide amigos, família, colegas de trabalho e que leva nenhuma discussão a um consenso. Mas se tem uma coisa que todo mundo deveria pelo menos concordar é que o clima político em Brasília prejudica, e muito, os negócios brasileiros.
Os ataques do presidente Jair Bolsonaro não se limitam apenas ao sistema de urnas eletrônicas ou aos ministros do Supremo Tribunal Federal, em especial Luís Barroso e Alexandre de Moraes.
A crise institucional reflete também nas contas públicas. Em uma manobra para tentar manter alguma popularidade, Bolsonaro tenta encontrar espaços para financiar medidas que não são compatíveis com os gastos de um Brasil pós-pandemia.
A essa altura do campeonato, a flexibilidade do teto de gastos já é maior do que a de muita ginasta. Só nesta semana, o governo levantou a hipótese de um calote — ou parcelamento no compromisso de pagamento, se você preferir — de quase R$ 90 bilhões em precatórios.
Ou isso, ou a sua retirada da cifra do teto de gastos, para acomodar um reajuste maior do que o projetado para o Bolsa Família. E tudo isso enquanto a arrecadação federal fica ameaçada pela reformulação do programa que permite o parcelamento tributário (Refis).
Hoje, a bolsa brasileira conseguiu pegar carona nos números positivos da economia americana e fechou o dia em alta de 0,97%, aos 122.810 pontos, o que apagou as perdas da semana e levaram a um avanço acumulado de 0,83% nos últimos dias.
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Mas, nas sessões anteriores, foi a cautela que deu o tom dos negócios. E, para comprovar isso, basta olhar para o dólar e para a curva de juros.
Nem mesmo a decisão do Banco Central brasileiro de elevar a Selic a 5,25% e já deixar sinalizado mais um aumento de um ponto no próximo encontro conseguiu tirar a pressão do câmbio.
A medida do Copom já vinha sendo precificada pelo mercado, mas, mesmo que o tom mais duro tenha sido bem recebido, a reação positiva não teve vida longa.
É bem verdade que o payroll elevado divulgado hoje explica parte da alta de 0,40%, a R$ 5,2363. Mas a semana foi de ganhos para a moeda americana, com um avanço de 0,51%, com a pressão nos principais contratos de juros futuros contaminando os demais mercados.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta sexta-feira, incluindo os principais destaques do pregão e as ações com o melhor e o pior desempenho.
AMER3 + AMAR3?
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A Huon é a segunda maior criadora e processadora de salmão da Austrália; a aquisição foi fechada por pouco mais de US$ 300 milhões.
DIVIDENDO ADITIVADO
Petrobras estuda usar dividendos ao governo para aliviar preços dos combustíveis
A União receberá quase R$ 15,4 bilhões em dividendos da estatal — e essa cifra pode servir como base para um fundo de estabilização dos preços da gasolina e do diesel.
OTIMISMO NAS MOEDAS DIGITAIS
Criptomoedas no Apple Pay e Ethereum deram impulso ao Bitcoin hoje
Com o avanço de hoje, o Bitcoin (BTC) voltou a ficar acima da marca de US$ 40.000.
RISCO FISCAL
Teto de gastos pode sofrer golpe com parcelamento de dívidas públicas
A Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado fez um alerta quanto aos riscos do parcelamento de precatórios.
VÍDEO: ANÁLISE
Ação da Raízen (RAIZ4) pode se valorizar mais de 50% após o IPO. Entenda na análise que a nossa colunista Larissa Quaresma preparou para você.
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