🔴 ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS E CRIPTOMOEDAS – CONFIRA

O que esperar da reabertura das economias e quais setores da bolsa devem se destacar

Com a retomada econômica, as três grandes teses que guiam os mercados atualmente devem continuar ganhando espaço nos próximos 12 meses

27 de abril de 2021
6:42 - atualizado às 17:21
Imagem: Shuttertstock

Confesso ter uma atração esquisita por assistir anualmente à cerimônia do Oscar.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A edição de 2021 guardou várias surpresas, a começar pela estatueta de melhor ator, que foi para Anthony Hopkins. Não tem jeito, o galês é soberano quando se trata de atuação e, ainda que as críticas não esperassem a vitória do senhor de 83 anos, a pessoa mais velha a ganhar o prêmio, sua vitória foi incontestável.

Não foi surpresa, porém, o triunfo de Nomadland como melhor filme. O movimento da academia já era amplamente aguardado - por sinal, foi merecidíssimo. Curiosamente, em tempos de reabertura econômica e realocação da força de trabalho, o tema da obra nunca esteve tão próximo.

Para quem não viu, prometo não revelar nenhum spoiler.

Em linhas gerais, a história narra a trajetória de Fern, que depois de perder o emprego, ingressa em uma vida nômade. A ideia do filme é linda e foi brilhantemente executada tanto pela diretora, a chinesa Chloé Zhao, como pela atriz principal, Frances McDormand. Ambas, vale destacar, ganharam os prêmios em suas respectivas posições também.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Veja, estamos no final do primeiro mês do segundo trimestre de 2021, o ano da recuperação econômica mundial. Ao longo de 2020 assistimos muitas famílias tendo que passar pelo que Fern passou: o desemprego. Nos EUA, porém, houve grandes estímulos à economia, de modo a não permitir que o desfecho das famílias fosse uma realidade nômade. 

Leia Também

O mercado, por sua vez, parece ter adotado tal estilo, mudando sua temática constante, sem permanecer em um só tema por muito tempo.

Novas, velhas ideias

Em grande parte, podemos dividir o mercado hoje em três grandes teses:

  • crescimento, tecnologia e nova economia;
  • valor, de modo a capturar o que ficou para trás; e
  • reabertura, para surfar a onda de setores que se beneficiam de uma normalização econômica.

Desde o final do ano passado, vemos o mercado rodar por entre essas teses incessantemente, feito um nômade.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Num dia, é para comprar tecnologia; afinal, esse é o grande vencedor de longo prazo. A tendência estrutural ainda é a estagnação secular. Logo, é preciso comprar a Nova Economia em detrimento da Velha.

Em um segundo momento, há uma possibilidade real de superaquecimento cíclico da economia norte-americana. Assim, é a hora dos bancos (financials em geral) e das commodities. De volta à Velha Economia!

Por fim, mas não menos importante, percebe-se que, na verdade, o que ficou barato mesmo foram os nomes de abertura doméstica, muito castigados na crise. Precisam subir as aéreas, os shoppings, o varejo físico e as educacionais.

A isso, minhas amigas e meus amigos, se dá o nome de rotação setorial.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Excesso de liquidez

Hoje, contudo, o resultado é que temos um sistema financeiro crescido demais em relação à economia real. Seria necessário uma correção, mas o apetite de risco para um maior crescimento de capital está de volta ao normal; ou seja, altista. Isso é sustentável? A princípio, não. Entretanto, com taxa de juros tão baixa, não há uma alternativa.

Quando o sistema corrigirá? Provavelmente nos apertos monetários mais bruscos. Se estes não acontecerem, poderemos ter entrado em um novo paradigma para as finanças. Por ora, a equação oportunidades de construção de riqueza (crescimento) igual a cidadãos contentes (estabilidade social) parece manter o sistema de pé.

Atualmente, há bastante liquidez para elevar os preços das ações sem uma correção significativa. O M2 (agregado monetário composto por papel moeda e depósitos à vista) aumentou em US$ 4,2 trilhões sem precedentes até fevereiro.

Além disso, nos últimos 12 meses até fevereiro, a poupança pessoal totalizou um recorde de US$ 3,1 trilhões. Tudo o que ocorreu antes da terceira rodada de cheques de alívio nos EUA (US$ 1.400 por pessoa elegível) foi enviado pelo Tesouro a mais de 250 milhões de americanos desde meados de março.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Assim sendo, entendo que as três ideias sigam ganhando espaço nos próximos 12 meses, com o devido destaque para a reabertura, com possibilidade de fortes ganhos nos cíclicos domésticos, varejo, shoppings, serviços e construção civil.

Claro, o ideal mesmo é combinar teses descontadas com reabertura, devendo tomar entre 50% a 75% do portfólio de ações, deixando os outros 25% a 50% para teses relacionadas à Nova Economia, o grande cabelo de longo prazo.

Note que minha ponderação se dá para o portfólio de ações, que não deve ser 100% de sua carteira de investimentos e deve sempre ser função em percentual de sua aceitação ao risco, a depender de seu perfil de investimentos.

Dessa forma, tudo isso, claro, deve ser feito sob o devido dimensionamento das posições, conforme seu perfil de risco, e a devida diversificação de carteira, com as respectivas proteções associadas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Commodities em destaque

Os preços à vista das commodities aumentaram em 77%, em média durante os últimos 12 meses. Crucialmente, todos os mercados e setores estão em alta, o que é indicativo de um surto inflacionário de base ampla. Mesmo os retornos do ouro são positivos.

No coração do boom contínuo está a recuperação do setor cíclico de petróleo, especialmente o petróleo WTI (+ 351%) e Brent (+ 224%). Dois mercados menores, madeira e suínos magros, também puderam se desvincular do padrão de preço mais amplo e se recuperaram intensamente.

O resto da classe de ativos, como agricultura e metais, seguiu uma tendência mais comum, apoiada pela fraqueza do dólar americano (USD), intensificação do nacionalismo da segurança alimentar, interrupção do fornecimento de COVID-19 e recuperação da demanda suportada pela dívida.

Os próximos meses devem ser especiais para as empresas com fluxo de caixa relacionado às commodities. Captura reabertura da economia e teses de valor!

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Se você gostou deste insight, não pode deixar de ler mais na série "Palavra do Estrategista", best-seller da Empiricus. Nela, Felipe Miranda, Estrategista-Chefe da casa de análise, apresenta suas melhores ideias de investimento para os mais diferentes tipos de investidores. Saber a melhor forma de surfar esta onda que descrevi acima pode ser encontrada por lá nos mais profundos detalhes.

Convido a todos os leitores a conferir!

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Política monetária não cede, e fiscal não ajuda: o que resta ao Copom é a comunicação

4 de novembro de 2025 - 7:10

Mesmo com a inflação em desaceleração, o mercado segue conservador em relação aos juros. Essa preferência traz um recado claro: o problema deriva da falta de credibilidade fiscal

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: Inteligência artificial — Party like it’s 1998

3 de novembro de 2025 - 22:11

Estamos vivendo uma bolha tecnológica. Muitos investimentos serão mais direcionados, mas isso acontece em qualquer revolução tecnológica.

DÉCIMO ANDAR

Manter o carro na pista: a lição do rebalanceamento de carteira, mesmo para os fundos imobiliários

2 de novembro de 2025 - 8:00

Assim como um carro precisa de alinhamento, sua carteira também precisa de ajustes para seguir firme na estrada dos investimentos

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Petrobras (PETR4) pode surpreender com até R$ 10 bilhões em dividendos, Vale divulgou resultados, e o que mais mexe com seu bolso hoje

31 de outubro de 2025 - 7:58

A petroleira divulgou bons números de produção do 3° trimestre, e há espaço para dividendos bilionários; a Vale também divulgou lucro acima do projetado, e mercado ainda digere encontro de Trump e Xi

SEXTOU COM O RUY

Dividendos na casa de R$ 10 bilhões? Mesmo depois de uma ótima prévia, a Petrobras (PETR4) pode surpreender o mercado

31 de outubro de 2025 - 6:07

A visão positiva não vem apenas da prévia do terceiro trimestre — na verdade, o mercado pode estar subestimando o potencial de produção da companhia nos próximos anos, e olha que eu nem estou considerando a Margem Equatorial

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Vale puxa ferro, Trump se reúne com Xi, e bolsa bateu recordes: veja o que esperar do mercado hoje

30 de outubro de 2025 - 7:34

A mineradora divulga seus resultados hoje depois do fechamento do mercado; analistas também digerem encontro entre os presidentes dos EUA e da China, fala do presidente do Fed sobre juros e recordes na bolsa brasileira

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: O silêncio entre as notas

29 de outubro de 2025 - 20:00

Vácuos acumulados funcionaram de maneira exemplar para apaziguar o ambiente doméstico, reforçando o contexto para um ciclo confiável de queda de juros a partir de 2026

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A corrida para investir em ouro, o resultado surpreendente do Santander, e o que mais mexe com os mercados hoje

29 de outubro de 2025 - 8:10

Especialistas avaliam os investimentos em ouro depois do apetite dos bancos centrais por aumentar suas reservas no metal, e resultado do Santander Brasil veio acima das expectativas; veja o que mais vai afetar a bolsa hoje

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O que a motosserra de Milei significa para a América Latina, e o que mais mexe com seu bolso hoje

28 de outubro de 2025 - 7:50

A Argentina surpreendeu nesta semana ao dar vitória ao partido do presidente Milei nas eleições legislativas; resultado pode ser sinal de uma mudança política em rumo na América Latina, mais liberal e pró-mercado

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

A maré liberal avança: Milei consolida poder e reacende o espírito pró-mercado na América do Sul

28 de outubro de 2025 - 7:31

Mais do que um evento isolado, o avanço de Milei se insere em um movimento mais amplo de realinhamento político na região

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os balanços dos bancos vêm aí, e mercado quer saber se BB pode cair mais; veja o que mais mexe com a bolsa hoje

27 de outubro de 2025 - 8:09

Santander e Bradesco divulgam resultados nesta semana, e mercado aguarda números do BB para saber se há um alçapão no fundo do poço

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Só um susto: as ações desta small cap foram do céu ao inferno e voltaram em 3 dias, mas este analista vê motivos para otimismo

24 de outubro de 2025 - 8:03

Entenda o que aconteceu com os papéis da Desktop (DESK3) e por que eles ainda podem subir mais; veja ainda o que mexe com os mercados hoje

SEXTOU COM O RUY

Por que o tombo de Desktop (DESK3) foi exagerado — e ainda vejo boas chances de o negócio com a Claro sair do papel

24 de outubro de 2025 - 6:01

Nesta semana os acionistas tomaram um baita susto: as ações DESK3 desabaram 26% após a divulgação de um estudo da Anatel, sugerindo que a compra da Desktop pela Claro levaria a concentração de mercado para níveis “moderadamente elevados”. Eu discordo dessa interpretação, e mostro o motivo.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Títulos de Ambipar, Braskem e Raízen “foram de Americanas”? Como crises abalam mercado de crédito, e o que mais movimenta a bolsa hoje

23 de outubro de 2025 - 8:21

Com crises das companhias, investir em títulos de dívidas de empresas ficou mais complexo; veja o que pode acontecer com quem mantém o título até o vencimento

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: As ações da Ambipar (AMBP3) e as ambivalências de uma participação cruzada

22 de outubro de 2025 - 20:00

A ambição não funciona bem quando o assunto é ação, e o caso da Ambipar ensina muito sobre o momento de comprar e o de vender um ativo na bolsa

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Caça ao Tesouro amaldiçoado? Saiba se Tesouro IPCA+ com taxa de 8% vale a pena e o que mais mexe com seu bolso hoje

22 de outubro de 2025 - 7:58

Entenda os riscos de investir no título público cuja remuneração está nas máximas históricas e saiba quando rendem R$ 10 mil aplicados nesses papéis e levados ao vencimento

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Crônica de uma tragédia anunciada: a recuperação judicial da Ambipar, a briga dos bancos pelo seu dinheiro e o que mexe com o mercado hoje

21 de outubro de 2025 - 8:00

Empresa de gestão ambiental finalmente entra com pedido de reestruturação. Na reportagem especial de hoje, a estratégia dos bancões para atrair os clientes de alta renda

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Entre o populismo e o colapso fiscal: Brasília segue improvisando com o dinheiro que não tem

21 de outubro de 2025 - 7:35

O governo avança na implementação de programas com apelo eleitoral, reforçando a percepção de que o foco da política econômica começa a se deslocar para o calendário de 2026

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Um portfólio para qualquer clima ideológico

20 de outubro de 2025 - 19:58

Em tempos de guerra, os generais não apenas são os últimos a morrer, mas saem condecorados e com mais estrelas estampadas no peito. A boa notícia é que a correção de outubro nos permite comprar alguns deles a preços bastante convidativos.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A temporada de balanços já começa quente: confira o calendário completo e tudo que mexe com os mercados hoje

20 de outubro de 2025 - 7:52

Liberamos o cronograma completo dos balanços do terceiro trimestre, que começam a ser divulgados nesta semana

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar