Rodolfo Amstalden: mantendo a graça de investir

Quando lançamos o podcast Empiricus Puro Malte, tínhamos dúvidas sobre se as pessoas iriam se interessar por um lado nosso, digamos, menos econômico.
Hoje sabemos que existe o interesse. Jamais poderemos entendê-lo ou justificá-lo, mas ele existe.
Em vez das costumeiras dicas financeiras, os ouvintes do Empiricus Puro Malte preferem nossas dicas culturais, geralmente concentradas ao final da gravação.
Dicas como a do livro Será que Isso Presta?, compilando cinco décadas do stand-up de Jerry Seinfeld.
Por incrível que pareça, aprendemos um pouco mais sobre como investir com Seinfeld, com seu processo criativo, sua rotina de escrita.
Jerry senta todo santo dia em uma escrivaninha, onde encara um único lápis, desafiado por várias folhas de sulfite em branco.
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Ao seu lado, consta também um caderno repleto de anotações aleatórias, uma coleção anedótica de fatos e opiniões que, por algum motivo, foram capturadas no ar em algum momento de sua vida.
Por exemplo: quando estamos falando ao telefone e o sinal cai, por que as pessoas na ponta da linha se portam como se fossem culpadas, tentando contextualizar a falha ou pedindo desculpas? A culpa não seria tão somente do elevador, ou — principalmente — da operadora de telefonia?
Ok, esse lance do telefone parece um gancho interessante. Mas não é mais do que um gancho, um singelo fragmento de algo potencialmente maior.
Dali em diante, Seinfeld começa a trabalhar no sentido de construir um caminho capaz de alcançar aquele fragmento perdido no espaço-tempo.
A alegoria que ele usa para descrever esse processo é rigorosamente a mesma que norteia o trabalho dos analistas e gestores de ações, embora muitos desses financistas não tenham a honestidade intelectual necessária para admitir isso.
Para Seinfeld, é como se sempre existisse um alvo diante de nós.
Alguns alvos estão a cerca de vinte metros de onde estamos agora, outros se situam um pouco mais longe, a uns cem metros, mas ainda dentro do nosso campo normal de visão.
Você olha para o alvo à frente, e começa a pensar no que aquilo significa. Há um único arco na sua mão esquerda e um punhado de flechas na sua mão direita.
As coisas começam a fazer um pouco mais de sentido.
Você vai ter que arrumar um jeito, sem sair do lugar, de fazer com que pelo menos uma das flechas atinja o alvo mediante a tensão proporcionada pela corda do arco.
Esse é o trabalho do artista, e esse é o trabalho de qualquer financista que se proponha à tarefa de construir uma tese de investimentos.
Primeiro, você quer comprar uma ação. Depois, monta um DCF e coleciona os bons motivos para comprar aquela ação.
Seria tão mais simples se pudéssemos revelar nossos gostos e preferências diretamente, mas a vida perderia toda a sua graça.
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