Para ser um investidor conservador é preciso, antes de tudo, ser cético

“Todos os bons investidores se parecem, mas os investidores são ruins cada um à sua maneira.” A frase abre o livro “Princípios do Estrategista”. É uma referência a Tolstói, claro. No original: “Todas as famílias felizes se parecem, mas cada família infeliz é infeliz à sua maneira”.
Ele sabia, ainda no século 19, que a infelicidade é multifacetada. As famílias são complexas, permeadas por mazelas e nuances, cada uma à sua maneira.
Há uma corrente autobatizada “conservadora” que defende a família dos anos 1950. Bom, como se a família dos anos 50 fosse mesmo perfeita, a descrição cirúrgica do respeito à convenção. O sujeito é contra o casamento gay, contra a descriminalização do aborto e das drogas. Consegue também se definir como liberal na economia. Sua definição de liberdade não chega às questões individuais.
John Kekes definiu a tradição conservadora como a arte da imperfeição. Não há utopias, crenças exageradas, tampouco políticos de estimação. Instituições são preferíveis a pessoas. Ritos e tradições oferecem algum valor, pois já sobreviveram ao teste do tempo. O novo é apenas desconhecido. Mudanças, portanto, deveriam ser feitas na margem, com parcimônia.
Em alguma medida, portanto, o conservadorismo encontra o liberalismo. O “mercado”, na essência, existe há milhares de anos. O comércio é uma tradição humana, muito antes, inclusive, do surgimento do conservadorismo como linha de pensamento formal (assim como é o próprio liberalismo, diga-se). John Locke e Adam Smith precedem Edmund Burke.
Acima de qualquer outra coisa, o conservador é um cético. Alguém com respeito pela realidade objetiva, que valoriza o teste do tempo, que enaltece consensos. Ele também é cético quanto à própria indução, claro. Não é porque as coisas sempre foram assim que necessariamente serão. Ele sabe disso. Porém, se o Sol até hoje nasceu no Leste e se pôs no Oeste, talvez possamos supor que há maiores chances de amanhã ser assim também, ainda que haja alguma desconfiança sobre o tema. O que funciona empiricamente tende a continuar funcionando. As coisas — e sobretudo as mudanças — serão sempre incertas e imperfeitas.
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Curioso como a ideia pode ser transposta ao ambiente de investimentos, sendo capaz de unir George Soros e Warren Buffett/Charlie Munger, esses com duas abordagens bastante diferentes.
Soros ensina, insistentemente, que toda posição tem sua vulnerabilidade. Se você acha sua exposição perfeita, cuidado. Você apenas não entendeu direito. Há algo escondido ali, alguma armadilha não percebida. Suas chances de ser surpreendido negativamente são altas. O famoso “unskilled and unaware of it”.
Na reunião da Berkshire no último sábado, Warren Buffett, ao defender sua posição em Chevron, afirmou: “Se você espera perfeição, seja em seu relacionamento, em seus amigos, ou nas empresas, não vai encontrar.”
Charlie Munger, até com um discurso pouco politicamente correto, completou: “Imagine um casamento na sua família: um professor de inglês ou um funcionário da Chevron, qual você escolheria? Eu ficaria com o segundo”, numa referência às maiores possibilidades de carreira (não me julguem, veio dele).
E se há alguma dúvida sobre a perfeição de casamentos, seja com pessoas ou com ações, não existe muito, recorra ao Twitter do Bill Gates.
O suitability típico adotado na indústria financeira, tal como feito hoje, desafia o próprio conceito de conservadorismo. Se o conservador valoriza o que empiricamente vem dando certo e respeita comportamentos históricos, ele deveria ter posições maiores em ações e fundos imobiliários, sobretudo nos países desenvolvidos. Esses são os grandes vencedores históricos. Montar portfólios sem isso é, na verdade, uma postura revolucionária, não conservadora, projetando um transcorrer do futuro completamente diferente do passado. Não combinaria com Burke.
Num mundo de mais inflação, a posição mais imperfeita e arriscada talvez seja em renda fixa. Mas esse é um assunto para amanhã.
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