Bitcoins, IPOs, reestruturações e M&As: coisas para comprar ainda nesta semana

De onde você menos espera é que não vem nada mesmo. É notável a regularidade da incompetência. Ela não surpreende. Está sempre por aí.
Lembro com frequência da famosa frase, já meio clichê, você tem razão, do Kennedy: não pergunte o que seu país pode fazer por você. Pergunte o que você pode fazer por seu país.
Se vale para os Estados Unidos, imagina na Copa…
Pergunto a mim mesmo se estou certo. Talvez não, mas noto algo triste no Brasil. As pessoas estão perdendo a capacidade de acreditar, perdendo a fé. A fé na vida em si. Olha-se para um lado, depois para o outro e não se vê saída. Parecemos condenados às mazelas de sempre, à armadilha do país da renda média.
Ficaríamos, como país, velhos antes de ficarmos ricos? Os países velhos e ricos já enfrentam graves problemas; agora, como será ser velho e pobre? Perde-se a vontade sequer de conversar, de debater, ou mesmo de acompanhar os rumos do Brasil — e aquilo falo do ponto de vista de Estado, não de governo. A alternativa à esquerda é péssima, fique claro.
A sensação é de que a própria realidade se tornou um vírus e ninguém quer se contaminar com aquilo. Fugimos de nós mesmos, o que é sempre a pior fuga. Ficamos impedidos de dar o salto de fé de Soren Kierkegaard. Nietzsche diria que a esperança é o mal derradeiro, o pior dos males, porque prolonga o sofrimento humano.
Leia Também
Mas, com o perdão do pragmatismo sobre a filosofia, o que seria do desenvolvimento econômico e social sem a esperança? Não é disso, afinal, que se trata quando falamos no “espírito animal” dos empresários?
Eu preciso ser justo. Até acho que essa batalha do Orçamento vai ser endereçada de algum modo. Há limites até para o ridículo. A realidade se impõe de algum modo. E não existem meios de escapar dela neste caso particular. Mas não esperamos muita coisa da política.
A parte boa é que isso não necessariamente é uma má notícia. Para ganhar dinheiro, dado o nível de preços e dado aquilo que Fabio Okumura brilhantemente chamou de “excepcionalismo norte-americano”, ou seja, que o processo de vacinação e abertura da economia vai chegar a outros países, podemos prescindir de novidades positivas da política. Basta não atrapalhar. Como já escrevi aqui, estamos ainda vivendo 2020 e só se fala em 2022.
Há coisas mais urgentes — e úteis — para se falar. Vamos a elas, porque este é meu último Day One da semana e não temos tempo a perder.
Hoje é o IPO da Coinbase. Apesar de um valuation bem esticado, a expectativa predominante é de forte alta. Grupos de WhatsApp discutem se a alta será de dois ou até três dígitos. Faz parte da festa.
Os desdobramentos sobre o bitcoin já têm sido tangíveis. A criptomoeda bateu US$ 64 mil, em novo recorde histórico. Há gente importante do meio dizendo que só este evento pode levar o bitcoin acima de US$ 70 mil.
Na dúvida, se você não tem ainda, melhor comprar um pouco. Temos mais a ganhar do que a perder aqui. E você pode comprar o que você não entende, desde que entenda o impacto daquilo no seu portfólio, que, no fundo, é o que importa.
Nesta semana, rolam as reservas para o primeiro ETF de cripto listado na B3. Acho que vale a pena participar. Entre em contato com a sua corretora e faça a sua reserva. Eu mesmo já sinalizei minha intenção de compra na Vitreo.
Ainda no âmbito dos IPOs urgentes, essa Viveo parece bacana. Setor quente, empresa bem tocada e as melhores casas do Brasil no book. Antes bem acompanhado do que só.
Aliás, boa parte dessa turma está também comprando as debêntures da Vale, anteriormente nas mãos do BNDES. O negócio ganhou bastante liquidez, oferece um yield bacana e tem ganho de capital aqui acho que até para curto prazo. Saiu a R$ 53, mercado já está operando entre R$ 57 e R$ 58 e os R$ 65 são logo ali.
Para fechar, duas coisas sobre ações.
LAME4 subiu 9% ontem. Na segunda, saiu um grande call spread para junho, de 11 milhões de opções, aos strikes de R$ 23,50 e R$ 26,50. Chamou atenção do mercado todo. “No creo en brujas, pero que las hay, las hay.” Há gringo na ponta compradora e em cerca de um mês devemos conhecer os detalhes finais da reestruturação, que é muito positiva para a companhia. Simplifica estrutura societária, ganha liquidez, otimiza estrutura fiscal, ganha sinergia operacional. Nesse valuation, acho que tem que comprar agora.
E precisamos falar de Oi. A ação reagiu muito mal à operação de venda da Infra para o BTG. Entendo que a reação derive mais de um mau gerenciamento das expectativas de mercado do que do deal em si. Como já se conhecia o preço mínimo e a Oi sinalizou muito interesse pela companhia, parte do mercado interpretou que pudesse vir algo acima do mínimo.
Contudo, a Oi sai dessa operação muito melhor do que entrou. Isso é inequívoco. Sobre o deal em si, ele tinha muito risco. Se isso fosse uma empresa standalone, o valor seria maior. Na prática, o BTG comprou uma expectativa, muito apoiado ainda numa espécie de powerpoint (embora já com entregáveis claros e tangíveis).
Precisa fazer o carveout. Isso obviamente envolve um risco que está no preço. Sobra muito upside na parte em que eles continuam — dá para ganhar dinheiro grande aqui.
Essa empresa vai dar muita alegria ainda. Amos é muito competente neste ramo, o BTG tem alguns dos melhores caras do Brasil e Esteves está pessoalmente no deal — e isso conta muito. Minha leitura pessoal, para resumir: a Oi cristalizou a metade que vendeu agora num preço “ok” e comprou a opção de explodir lá na frente no percentual remanescente.
O BTG vai entregar a empresa, derisk o business e pode fazer um IPO disso em dois, três anos, num outro valuation. Agora é a execução — e esses caras são bons nisso.
A realidade objetiva e concreta melhorou. Eu me nego a fugir dela.
De olho na conta de luz: Aneel aprova orçamento bilionário da CDE para 2025 com alta de 32% — e cria novo encargo
Novo orçamento da agência regula impacto de R$ 49,2 bilhões no setor elétrico — quase tudo será pago pelos consumidores
Governo Trump apela até para a Rua 25 de março e o Pix na investigação contra o Brasil. Aqui estão as seis acusações dos EUA
O governo norte-americano anunciou, na noite da última terça-feira (15), investigações contra supostas práticas desleais do comércio brasileiro. Veja as seis alegações
Ganhador da Mega-Sena fatura prêmio de mais de R$ 45 milhões com aposta simples; Lotofácil também faz um novo milionário
Em uma verdadeira tacada de sorte, o ganhador foi o único a cravar todas as dezenas do concurso 2888 da Mega-Sena; confira os resultados das principais loterias da Caixa
Copom vai cortar juros ainda em 2025 para seguir o Fed, mas não vai conseguir controlar a inflação, diz Fabio Kanczuk, do ASA
O afrouxamento monetário deve começar devagar, em 25 pontos-base, mesmo diante da possível tarifação dos EUA
Lula tira do papel a Lei da Reciprocidade para enfrentar Trump, mas ainda aposta na diplomacia
Medida abre caminho para retaliação comercial, mas o governo brasileiro segue evitando o confronto direto com os Estados Unidos
Temporada de balanços 2T25: Confira as datas e horários das divulgações e das teleconferências
A temporada de balanços do 2T25 começa ainda em julho e promete mostrar quem realmente entregou resultado entre as principais empresas da B3
Tarifas de Trump jogam balde de água fria nas expectativas para a economia brasileira; confira os impactos da guerra tarifária no país, segundo o Itaú BBA
O banco ressalta que o impacto final é incerto e que ainda há fatores que podem impulsionar a atividade econômica do país
Agenda econômica: Inflação, Livro Bege, G20 e PIB chinês; confira os indicadores mais importantes da semana
Com o mercado ainda digerindo as tarifas de Trump, dados econômicos movimentam a agenda local e internacional
É improvável que tarifa de 50% dos EUA às importações brasileiras se torne permanente, diz UBS WM
Para estrategistas do banco, é difícil justificar taxação anunciada por Trump, mas impacto na economia brasileira deve ser limitado
Bolsonaro é a razão da tarifa mais alta para o Brasil, admite membro do governo dos EUA — mas ele foge da pergunta sobre déficit comercial
Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional dos Estados Unidos, falou em “frustração” de Trump em relação à situação do ex-presidente Jair Bolsonaro ante a Justiça brasileira, mas evitou responder sobre o fato de os EUA terem superávit comercial com o Brasil
Sem milionários, só Lotofácil fez ganhadores neste sábado (12); Mega-Sena acumula em R$ 46 milhões. Veja resultados das loterias
Lotofácil fez quatro ganhadores, que levaram R$ 475 mil cada um. Prêmio da +Milionária agora chega a R$ 128 milhões
Banco do Brasil (BBAS3), ataque hacker, FII do mês e tarifas de 50% de Trump: confira as notícias mais lidas da semana
Temas da semana anterior continuaram emplacando matérias entre as mais lidas da semana, ao lado do anúncio da tarifa de 50% dos EUA ao Brasil
Tarifas de Trump podem afastar investimentos estrangeiros em países emergentes, como o Brasil
Taxação pode ter impacto indireto na economia de emergentes ao afastar investidor gringo, mas esse risco também é limitado
Lula afirma que pode taxar EUA após tarifa de 50%; Trump diz que não falará com brasileiro ‘agora’
Presidente brasileiro disse novamente que pode acionar Lei de Reciprocidade Econômica para retaliar taxação norte-americana
Moody’s vê estatais como chave para impulsionar a economia com eleições no horizonte — e isso não será bom no longo prazo
A agência avalia que, no curto prazo, crédito das empresas continua sólida, embora a crescente intervenção política aumenta riscos de distorções
O UBS WM reforça que tarifas de Trump contra o Brasil terão impacto limitado — aqui estão os 4 motivos para o otimismo
Na última quarta-feira (9), o presidente dos EUA anunciou uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros, que devem entrar em vigor em 1º de agosto
Governo vai abrir crédito de R$ 3 bilhões para ressarcir vítimas da fraude do INSS; confira como vai funcionar o reembolso
Entre os R$ 3 bilhões em crédito extraordinário, R$ 400 milhões vão servir para ressarcir as vítimas em situação de vulnerabilidade e que não tenham questionado os valores descontados
Trump é a maior fonte de imprevisibilidade geopolítica e econômica da atualidade — e quem diz isso pode surpreender
Gustavo Loyola, ex-presidente do BC, falou com exclusividade ao Seu Dinheiro sobre a imposição, por Donald Trump, da sobretaxa de 50% às exportações brasileiras para os EUA
De Galípolo para Haddad: a carta do presidente do BC ao ministro da Fazenda deixa alerta sobre inflação
Embora Galípolo tenha reforçado o compromisso com a convergência, foi o que ele não disse que chamou atenção
O Brasil pode escapar dos impactos das tarifas de Trump: economista-chefe da ARX revela estratégias — e diz por que a retaliação não é uma delas
Segundo Gabriel Barros, Lula teria uma série de opções estratégicas para mitigar os efeitos negativos dessa medida sobre a economia; confira a visão do especialista