Se não for por consciência, que seja pelo lucro: o ESG pede passagem na sua carteira de investimentos
Goste ou não, o fluxo de dinheiro está mudando; veja quatro excelentes opções para entrar agora e ser beneficiado

Não duvide: nos próximos anos, você e seus investimentos serão forçados a aderir à chamada pauta ESG, sigla em inglês para as boas práticas relacionadas à sociedade, ao meio ambiente e à governança corporativa.
E não é mero ativismo ecológico: ou nos adaptamos pela consciência ambiental e social, simplesmente pelo fato de que as mudanças já estão acontecendo, ou teremos prejuízos se não estivermos preparados.
Os efeitos práticos da agenda ESG para o seu bolso
Minha intenção aqui não é a de ficar falando sobre a importância dos princípios do ESG. Afinal, qualquer pessoa minimamente informada sabe que vivemos uma crise climática e que esse é o maior desafio da humanidade depois que vencermos a pandemia de Covid-19.
A agenda social e de transparência corporativa também ganha cada vez mais relevância com o advento da internet, os debates e fluxos de opiniões e o acesso à informação.
A questão aqui é a de que, mesmo que você não esteja tão preocupado com o planeta ou não ligue muito para as pautas da nova geração, a mudança já está acontecendo. E ela impacta diretamente a sua vida e o seu dinheiro. Separei aqui quatro questões essenciais para quem quiser posicionar seus investimentos em um mundo mais engajado.
1 – É preciso mudar o modelo de crescimento econômico
O popular pensador israelense Yuval Harari, autor de “Sapiens”, costuma dizer em suas palestras que o problema do aquecimento global só pode ser resolvido se desacelerarmos o crescimento econômico.
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Embora frear o desenvolvimento não seja um consenso, tanto em termos efetivos como de disposição, a necessidade de mudar o modelo desse crescimento é. Para mantermos o padrão de vida moderno, será crucial diminuir o consumo de combustíveis fósseis e a emissão de carbono e outros poluentes, por exemplo.
Portanto, a mudança da matriz energética para fontes renováveis parece ser um caminho sem volta – e vital se quisermos evitar o colapso do planeta.
2 – Todos terão de aderir às mudanças
Mesmo que você não se importe muito com pautas ecológicas ou sociais, nem se identifique com o ativismo exagerado de alguns grupos, tenha uma certeza: as mudanças te atingirão. Por exemplo: o uso de energia limpa pode ser cada vez mais incentivado indiretamente pelos governos, a fim de que ela possa competir com os combustíveis fósseis. A Europa já quer banir os carros a gasolina nas próximas décadas. Isso pode acontecer por diversos mecanismos, como leis, multas, impostos e subsídios.
Outra pressão indireta que deve acontecer é a do consumidor. Se houver um alinhamento cada vez maior aos princípios de conservação ambiental e justiça social, a tendência é que negócios que priorizem essas pautas tenham mais aceitação e, consequentemente, maior sucesso.
3 – Os defensores do ESG ainda são jovens
Apesar da evidente transformação da cadeia de negócios global, o volume de recursos aportados em iniciativas ESG ainda está longe do seu potencial. Tomemos o nosso exemplo aqui na Vitreo: apesar da boa repercussão de fundos como o Vitreo Hidrogênio ou o Vitreo Carbono, o dinheiro colocado nesses produtos ainda é menor do que 1% dos R$ 12 bilhões custodiados pela plataforma.
Minha hipótese é a de que o ESG ainda é uma questão opcional para a faixa etária que concentra a maior parte do capital. Contudo, as pessoas envelhecem. O grupo dos jovens com menos de 25 anos, que hoje tem 1% dos recursos na B3, vai ter grande importância em alguns anos ou décadas. E seus princípios também.
4 – Quem entra na baixa ganha muito mais
A imensa maioria dos ganhos exponenciais no mercado financeiro têm algo em comum: são investimentos com alto potencial, mas ainda não tão consolidados. Veja, por exemplo, as grandes empresas de tecnologia dos EUA, como Google, Apple e Amazon: no fim dos anos 1990, elas não valiam praticamente nada. Quem investiu lá, ficou milionário.
O mesmo aconteceu com o bitcoin. Há alguns anos, a criptomoeda chegou a ser dada de graça e hoje vale dezenas de milhares de dólares. Ainda dá pra ganhar? Claro, mas a chance de lucros transformadores já diminuiu, pois tem muita gente no mercado.
Portanto, o fato de os investimentos ESG ainda contarem com baixa capitalização é uma excelente notícia. Além disso, esses ativos contam com uma segurança diferente da do segmento de tecnologia. Hoje, ninguém duvida do poder da internet, mas no passado havia incertezas.
O respeito às pautas ambientais, contudo, é necessário desde já. Embora ainda não se saiba quais serão as soluções definitivas para salvar o planeta, já há um consenso de que elas precisam acontecer.
Mas onde estão os investimentos ESG? Conheça boas opções
Bem, mas vamos ao que interessa. Muito se fala em investimentos de impacto e tudo o mais, mas quais os produtos você deve ter na sua carteira para se aproveitar da transformação global alinhada aos princípios do ESG? Para o investidor comum, que tem pouco tempo à disposição, é difícil pensar quais empresas cumprem determinados protocolos ou acompanhar se o negócio como um todo é sustentável.
Por isso, uma excelente opção é começar a investir nas novas tendências por meio de fundos. Assim, você deixa a responsabilidade de fiscalizar os ativos, seja por seu potencial de lucros, seja por seu alinhamento ao ESG, a gestores profissionais. Aqui na Vitreo, estamos lançando nesta terça-feira um fundo de ações nacionais voltado exclusivamente para o segmento. Além disso, temos fundos temáticos e aqueles que aportam em gestoras tradicionais.
Oportunidades de Uma Vida ESG
Partindo do pressuposto de que empresas que seguem princípios ESG podem entregar até 9% a mais de lucros, segundo estudo da Harvard Business Scholl, a Vitreo, em parceria com a Empiricus, lançam nesta terça-feira o fundo Oportunidades de Uma Vida ESG. O produto, selecionado pela analista Larissa Quaresma, é o “primo ecológico” do já consagrado Oportunidades de Uma Vida, de Felipe Miranda, que entrega 560% de lucro a seus assinantes desde 2015.
Ele é composto por ações brasileiras que precisam, basicamente, cumprir dois requisitos: ter o ESG como um componente realmente relevante no seu negócio e ser uma boa empresa, capaz de gerar lucros. Ou seja, nada aqui de bancos que alimentam projetos na Amazônia sem relação com seu core business ou companhias ecológicas que tragam prejuízo.
As principais estrelas da carteira são a Cosan (CSAN3), com forte investimento no etanol de segunda geração (feito de subprodutos) por meio da Raízen (RAIZ4), mas com valuation mais atrativo, e a Natura (NTCO3), com um forte projeto de sustentabilidade, em especial no espectro social.
Fundos Temáticos
Na Vitreo, temos fundos de investimento focados em temas específicos de ESG. Esses produtos aportam recursos em empresas ligadas diretamente ao desenvolvimento de soluções ou que se beneficiam de uma agenda mais ecológica.
O Vitreo Carbono, por exemplo, investe no mercado de créditos de carbono, essenciais para o controle das emissões e regulados pelos governos. Quem precisa emitir mais do que lhe cabe tem que comprar os créditos – e isso fica cada vez mais caro. Assim, o aumento do preço ajuda a diminuir as emissões e a entregar dinheiro para o investidor.
Outra excelente opção que oferecemos é o Vitreo Hidrogênio. Ele foca em empresas que desenvolvem ou se beneficiam do Hidrogênio Verde, combustível limpo que pode substituir os derivados do petróleo e uma das grandes apostas do bilionário Bill Gates, fundador da Microsoft. Esse combustível é produzido a partir da eletrólise da água e libera, ao invés de gases do efeito estufa, apenas vapor d’água ao ser consumido.
Um fundo que combina lucros com igualdade de gênero
Nossa equipe de fundos da Vitreo também distribui fundos de diversas gestoras tradicionais. Um dos queridinhos da casa é o Franklin W-ESG, gerido em parceria com a nossa corretora. Com uma rentabilidade de 19% em um ano, esse fundo acrescenta a letra W (de women, “mulheres” em inglês) em suas premissas, prezando pela diversidade de gênero e tendo como exigência que as empresas tenham ao menos três representantes do sexo feminino em seu Conselho de Administração.
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