Após 24 anos de lançamento, Robert Kiyosaki mostra que ‘Pai rico, pai pobre’ continua mais atual e necessário que nunca
‘Pai rico, pai pobre’ mostra a importância da inteligência financeira nos investimentos, e mostra o motivo de ser uma leitura obrigatória para investidores – mesmo após 24 anos de seu lançamento

Pense no seu livro favorito sobre finanças. Aquele que lhe ensinou as bases para enriquecer, criar inteligência emocional, ter mentalidade empreendedora, controlar seu salário e realizar bons investimentos.
Na minha visão, o título “Pai rico, pai pobre” de Robert T. Kiyosaki cumpre esse papel. Ele representa a ‘molhada de pés’ no vasto mar que é o enriquecimento, e por isso, tornou-se um best-seller.
E se você não o leu, esta é a hora de recuperar o prejuízo: não é à toa que é considerado um clássico.
Quem é o pai rico da história?
Eu não poderia estragar o enredo contando tal spoiler, ainda que ele seja quase irrelevante à trama. No entanto, é por meio dessa anedota, uma narrativa sobre dois pais - um suposto gênio cheio de dinheiro a quem todos ouviam (e que terminou cheio de dívidas), e outro homem tido pela sociedade como pouco inteligente, por não ter ensinamentos convencionais, mas muitos na escola da vida, terminando rico - que ele desenvolve seu pensamento.
Para facilitar - e simplificar - o pensamento do pai rico, Kiyosaki sintetiza os ensinamentos por ele passados em 6 lições macro, que encabeçam os capítulos homônimos. Dentro destes, ele discorre e esmiuça os pormenores dos aprendizados. As páginas ficam recheadas da sabedoria do empresário - seu pai rico -, que lhe ensinava por meio de exemplos, tal qual a vida.
“O dinheiro é uma forma de poder. Mais poderosa ainda, entretanto, é a educação financeira. O dinheiro vem e vai, mas, se tiver sido educado quanto ao seu funcionamento, você adquire poder sobre ele e começa a construir riqueza.”
Robert Kiyosaki no livro “Pai rico, pai pobre”Leia Também
Lançado em 1997, ou seja, 24 anos atrás, as lições passadas pelo autor não poderiam ser mais atuais. Ainda que alguns se percam no debate entre a história ser fantasia de Kiyosaki, pois conta com ricos diálogos ainda na infância ou uma reencenação dos ocorridos, fato é que em sua essência o livro segue brilhante.
O que é interessante é que a edição especial comemorativa de 20 anos do título, além da história original, traz notas extras sobre os assuntos abordados, além de ‘atualizar’ alguns dos fatos abordados - como por exemplo, colocar as cifras atuais da dívida americana e do crédito escolar.
Uma lição para qualquer fase da vida
Um dos grandes méritos de ‘Pai rico, pai pobre’ é, sem dúvidas, sua capacidade de explicar conceitos complexos da economia de forma simples. Já que ele os aprendeu quando jovem, a linguagem precisava ser extremamente mais simples do que os jargões sofisticados que os adultos usam - e essa é a genialidade dentro do título.
O pai rico, por vezes, se expressava por meio de explicações ou metáforas filosóficas, para em seguida questioná-los e quebrá-los em ideias simples. Ou, até mesmo, deixava uma lição para o garoto. Conforme a leitura avança, você se pega questionando a grande pompa com que aprendemos a lidar com dinheiro.
Para além do ensinamento sobre finanças, Kiyosaki ressalta o tempo todo um dos principais aspectos para se tornar o “pai rico”: a mudança de mentalidade. Ter o mindset correto é parte essencial de como construir seu patrimônio, lidar para que seu racional vença seu emocional, e claro, criar independência financeira no processo.
O pensamento do ‘pai rico’ versus o ‘pai pobre’
Com uma introdução dedicada a explicar o motivo que o levou a construir um patrimônio significativo em sua vida, e ainda, poder ter escolhido a quem ouvir em sua vida, Robert nos presenteia com diversos exemplos.
São frases e expressões simples, que dizemos a nós mesmos ou que conhecemos com frequência, e que são parte do problema de nos envolvermos em comportamentos destrutivos para nosso patrimônio.
“Um pai costumava falar: ‘Não posso comprar isso.’ O outro proibia o uso dessas palavras. Insistia que eu falasse “O que posso fazer para comprar isso?” Em um caso, temos uma afirmação, no outro, uma pergunta. Um deixa você sem alternativa, o outro obriga a refletir. Meu ‘pai que logo ficaria rico’ explicava que ao falar automaticamente ‘Não posso comprar isso’ seu cérebro para de se esforçar. (...) Ele incentivava enfaticamente que eu treinasse a minha mente, o computador mais poderoso do mundo. ‘Meu cérebro fica mais forte a cada dia porque eu o exercito. Quanto mais forte ele fica, mais dinheiro ganho.’”
- Trecho do livro "Pai rico, pai pobre"
A importância do pensamento na construção do patrimônio não é nenhuma novidade. O tema já foi abordado anteriormente, em títulos como A Psicologia Financeira, Comporte-se e Psychonomics. Por isso, mais do que um clássico a decorar estantes, ‘Pai rico, pai pobre’ é uma leitura essencial e atemporal.
E se você gosta de títulos que estimulam o pensamento, além de tratar de negócios e finanças, te convido a conhecer o Empiricus Books, clube do livro da Empiricus. Nele, você recebe um título selecionado a dedo pela equipe a cada dois meses, além de outros mimos especiais para complementar a leitura.
Já foram lançados títulos imperdíveis como ‘Princípios’ de Ray Dalio, ‘O Valor de Tudo’ de Mariana Mazzucato e ‘O Efeito Halo’, de Phil Rosenzweig. Te convido a conhecer o clube, para ver mais leituras enriquecedoras.
A fome de aquisições de um FII que superou a crise da Americanas e tudo que mexe com o seu bolso nesta quarta (15)
A história e a estratégia de expansão do GGRC11, prestes a se tornar um dos cinco maiores FIIs da bolsa, são os destaques do dia; nos mercados, atenção para a guerra comercial, o Livro Bege e balanços nos EUA
Um atalho para a bolsa: os riscos dos IPOs reversos, da imprevisibilidade de Trump e do que mexe com o seu bolso hoje
Reportagem especial explora o caminho encontrado por algumas empresas para chegarem à bolsa com a janela de IPOs fechada; colunista Matheus Spiess explora o que está em jogo com a nova tarifa à China anunciada por Trump
100% de tarifa, 0% de previsibilidade: Trump reacende risco global com novo round da guerra comercial com a China
O republicano voltou a impor tarifas de 100% aos produtos chineses. A decisão foi uma resposta direta ao endurecimento da postura de Pequim
Felipe Miranda: Perdidos no espaço-tempo
Toda a Ordem Mundial dos últimos anos dá lugar a uma nova orientação, ao menos, por enquanto, marcada pela Desordem
Abuse, use e invista: C&A queridinha dos analistas e Trump de volta ao morde-assopra com a China; o que mexe com o mercado hoje?
Reportagem especial do Seu Dinheiro aborda disparada da varejista na bolsa. Confira ainda a agenda da semana e a mais nova guerra tarifária do presidente norte-americano
ThIAgo e eu: uma conversa sobre IA, autenticidade e o futuro do trabalho
Uma colab entre mim e a inteligência artificial para refletir sobre três temas quentes de carreira — coffee badging, micro-shifting e as demissões por falta de produtividade no home office
A pequena notável que nos conecta, e o que mexe com os mercados nesta sexta-feira (10)
No Brasil, investidores avaliam embate após a queda da MP 1.303 e anúncio de novos recursos para a construção civil; nos EUA, todos de olho nos índices de inflação
Esta ação subiu mais de 50% em menos de um mês – e tem espaço para ir bem mais longe
Por que a aquisição da Desktop (DESK3) pela Claro faz sentido para a compradora e até onde pode ir a Microcap
Menos leão no IR e mais peru no Natal, e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (9)
No cenário local, investidores aguardam inflação de setembro e repercutem derrota do governo no Congresso; nos EUA, foco no discurso de Powell
Rodolfo Amstalden: No news is bad news
Apuração da Bloomberg diz que os financistas globais têm reclamado de outubro principalmente por sua ausência de notícias
Pão de queijo, doce de leite e… privatização, e o que mexe com os mercados nesta quarta-feira (8)
No Brasil, investidores de olho na votação da MP do IOF na Câmara e no Senado; no exterior, ata do Fomc e shutdown nos EUA
O declínio do império americano — e do dólar — vem aí? Saiba também o que mexe com os mercados hoje
No cenário nacional, investidores repercutem ligação entre Lula e Trump; no exterior, mudanças políticas na França e no Japão, além de discursos de dirigentes do Fed
O dólar já não reina sozinho: Trump abala o status da moeda como porto seguro global — e o Brasil pode ganhar com isso
Trump sempre deixou clara sua preferência por um dólar mais fraco. Porém, na prática, o atual enfraquecimento não decorre de uma estratégia deliberada, mas sim de efeitos colaterais das decisões que abalaram a confiança global na moeda
Felipe Miranda: Lições de uma semana em Harvard
O foco do curso foi a revolução provocada pela IA generativa. E não se engane: isso é mesmo uma revolução
Tudo para ontem — ou melhor, amanhã, no caso do e-commerce — e o que mexe com os mercados nesta segunda-feira (6)
No cenário local, investidores aguardam a balança comercial de setembro; no exterior, mudanças de premiê na França e no Japão agitam as bolsas
Shopping centers: é melhor investir via fundos imobiliários ou ações?
Na última semana, foi divulgada alteração na MP que trata da tributação de investimentos antes isentos. Com o tema mais sensível retirado da pauta, os FIIs voltam ao radar dos investidores
A volta do campeão na ação do mês, o esperado caso da Ambipar e o que move os mercados nesta sexta-feira (3)
Por aqui, investidores ainda avaliam aprovação da isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil; no exterior, todos de olho no shutdown nos EUA, que suspendeu a divulgação de dados econômicos
Tragédia anunciada: o que a derrocada da Ambipar (AMBP3) ensina sobre a relação entre preço e fundamento
Se o fundamento não converge para o preço, fatalmente é o preço que convergirá para o fundamento, como no caso da Ambipar
As críticas a uma Petrobras ‘do poço ao posto’ e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (2)
No Brasil, investidores repercutem a aprovação do projeto de isenção do IR e o IPC-Fipe de setembro; no exterior, shutdown nos EUA e dados do emprego na zona do euro
Rodolfo Amstalden: Bolhas de pus, bolhas de sabão e outras hipóteses
Ainda que uma bolha de preços no setor de inteligência artificial pareça improvável, uma bolha de lucros continua sendo possível