Alpargatas e as Havaianas querem dominar o mundo
Os planos da Alpasgatas para os pares de chinelos mais famosos do mundo e tudo o que mexeu com os mercados hoje
Certa vez, uma amiga da faculdade me contou um causo sobre seus tempos de atleta juvenil. Ela representou o país em diversas competições internacionais — e, num ambiente com competidores de todas as partes do mundo, era comum haver uma “troca de souvenirs” nos bastidores.
Em geral, não havia taxa de câmbio: a cotação era sempre de um para um. Uma jaqueta do Marrocos em troca de uma da Espanha; um broche com a bandeira da China por um da Jamaica; uma camiseta da delegação americana vale o mesmo que a da equipe argentina.
Uma das poucas exceções nesse escambo era o Brasil, que tinha uma moeda única de troca:
"A gente levava um monte de Havaianas na mala, de vários tamanhos, vários modelos. Comprava super barato no Brasil e trocava por agasalhos inteiros de outros países".
Numa competição com atletas de nível internacional, o singelo par de sandálias era um troféu cobiçado. Uma pequena amostra do soft power das Havaianas mundo afora.
Pois a Alpargatas, dona da marca, mostrou que esse potencial se converte cada vez mais em resultado: a empresa teve um primeiro trimestre surpreendente, puxada pelo bom desempenho das vendas no exterior.
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Mas a companhia quer mais: dá a entender que o futuro está no ambiente digital — e começa a se movimentar para criar uma plataforma on-line mais ampla, de modo a impulsionar ainda mais as vendas e o relacionamento com os clientes.
Tudo isso serve para dar mais firmeza à tese de investimento desenhada lá atrás, pelos rivais da minha colega de faculdade: as Havaianas são um produto valioso e com demanda altíssima — se a oferta for ampliada, o lucro poderá crescer enormemente.
Eu contei os detalhes do balanço da Alpargatas e seus planos para o futuro nesta matéria. E adianto que o mercado gostou dos sinais emitidos pela empresa: as ações saltaram mais de 10% e foram às máximas.
Um passo enorme para um par de chinelos.
MERCADOS
• Pessimismo internacional, ansiedade pré-Copom, início dos depoimentos na CPI da Covid e declarações controversas do ministro da Economia. Tudo isso entornou o caldo nos mercados e fez o Ibovespa fechar em queda de 1,26%, aos 117.712 pontos. Já o dólar chegou a subir 1,20%, mas fechou o dia com leve alta 0,22%, a R$ 5,43.
• O número de mulheres investindo na bolsa brasileira chegou a 1 milhão neste ano. Apesar de ser motivo de comemoração, a participação feminina ainda representa só 27,3% do total dos investidores — um avanço de apenas 2 pontos percentuais nos últimos dez anos. Veja mais detalhes do levantamento conduzido pela B3.
EMPRESAS
• Agora é oficial: após receber sinal verde do BC, o Nubank poderá começar a integração de seus serviços com a recém-adquirida Easynvest. Confira o que (não) muda para os clientes da corretora e do banco digital.
• O lucro líquido ajustado da JSL disparou 408% e bateu recorde no primeiro trimestre deste ano. Veja os destaques do balanço da empresa — a subsidiária de logística da Simpar — nesta matéria.
• Já a fabricantes de ônibus Marcopolo enfrenta dias difíceis… A companhia foi duramente afetada pela segunda onda da pandemia e amargou um prejuízo de R$ 14,7 milhões no início de 2021, revertendo o lucro de R$ 10,7 milhões registrado no mesmo período do ano passado.
ECONOMIA
• O setor aéreo continua sob pressão: dados da Associação Internacional de Transportes Aéreos mostram que a demanda doméstica global caiu 32,3% em março, na comparação anual. Mas o diretor da entidade mostrou-se otimista com a vacinação no mundo — saiba mais aqui.
• Está inaugurada a temporada de contratações na Empiricus e na Vitreo. As duas empresas anunciaram hoje abertura de 100 vagas de emprego para estagiários, analistas, consultores e desenvolvedores em diversas áreas. Saiba como se candidatar.
• O ministro da Economia, Paulo Guedes, falou hoje sobre diversos temas relacionados à pasta e fez comentários sobre suas recentes falas polêmicas (pra dizer o mínimo). Em audiência pública na Câmara dos Deputados, ele revelou ter recebido diversos conselhos para pular fora do governo Bolsonaro.
OPINIÃO
• O que define um investidor “conservador”? Suas posições em renda fixa ou algo mais? Felipe Miranda, sócio-fundador e CIO da Empiricus, reflete sobre o conceito e defende o ceticismo em sua coluna “Exile on Wall Street”.
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