Esquenta dos mercados: ata do Copom deve dar o tom dos negócios, com teto de gastos e desemprego no radar; cautela predomina antes da fala de Powell
O exterior segue em baixa antes de maiores detalhes sobre o tapering dos EUA e de olho na desaceleração da economia chinesa

O primeiro pregão da semana foi marcado pela presença de velhas conhecidas da bolsa brasileira. O rali das commodities animou os negócios na segunda-feira (27) e, apesar de ter derrapado um pouco nas curvas do dia, o Ibovespa encerrou a segunda em alta de 0,27%, aos 113.583 pontos. O dólar à vista, por sua vez, encerrou o dia em alta de 0,65%, a R$ 5,3788.
Para a sessão desta terça-feira (28), o investidor deve ficar de olho nos desdobramentos da proposta aprovada pelo Congresso que permite que a reforma do Imposto de Renda pague o Auxílio Brasil. O texto, entretanto, ainda não foi aprovado pelos parlamentares, o que abriu uma brecha para debates sobre responsabilidade fiscal.
Outra notícia que deve mexer com a bolsa hoje deve ser a divulgação da ata do Copom, que não deve trazer maiores novidades para os investidores, mas pode dar o tom dos negócios nas próximas horas. Com a alta vertiginosa da inflação, um aumento de 100 pontos-base na Selic não deve ser suficiente para manter a meta deste ano.
Ainda hoje, os números do Caged devem mostrar como anda a situação do emprego no Brasil. De acordo com projeções de especialistas ouvidos pelo Broadcast, devem ser criadas 300 mil vagas em agosto.
Já no exterior, as falas do presidente do Federal Reserve e da Secretária do Tesouro devem movimentar as bolsas lá fora. Os principais índices do mundo seguem pressionados, com medo da retomada mais fraca da economia chinesa e a variante delta no radar.
Antes de continuar, um convite:
Leia Também
Ataque hacker e criptomoedas: por que boa parte do dinheiro levado no “roubo do século” pode ter se perdido para sempre
Eve, subsidiária da Embraer (EMBR3), lança programa de BDRs na B3; saiba como vai funcionar
mostramos no nosso Instagram por que, no atual cenário global, dólar e dois ativos do Tesouro Direto devem estar na carteira de quem busca o primeiro milhão de reais.
Confira abaixo e aproveite para nos seguir no Instagram (basta clicar aqui). Lá entregamos aos leitores análises de investimentos, notícias relevantes para o seu patrimônio, oportunidades de compra na bolsa, insights sobre carreira, empreendedorismo e muito mais.
Saiba o que movimenta o Ibovespa hoje:
Ata do Copom
A ata da última reunião do Copom deve ser divulgada ainda hoje e deve trazer maiores detalhes sobre a manutenção do ciclo de alta da Selic. O Banco Central já contratou uma nova elevação nos juros de 1 ponto percentual.
Entretanto, os economistas veem a pressão inflacionária ganhar corpo, o que exigiria um aumento mais forte da Selic. Segundo IBGE, o IPCA-15 de setembro veio acima do esperado, em 1,14%, o que resulta em uma alta acumulada de 10,05% nos últimos 12 meses.
Se o novo aumento for confirmado, a Selic deve encerrar 2021 em 8,25%, o que torna a tomada de crédito mais cara e deve segurar a alta da inflação. A meta do BC para este ano era de um IPCA de 3,75%, com limite superior de 5,25%.
Teto de gastos e o Auxílio Brasil
O Congresso Nacional aprovou na noite de ontem (27) uma mudança na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que permite a criação de novas despesas antes de o governo mostrar como será feita a compensação de gastos.
A medida divide opiniões, tendo em vista que uma das regras de responsabilidade fiscal é apresentar de onde virão os recursos para os novos gastos. Na prática, o projeto pode permitir que o governo crie um novo programa para substituir o Bolsa Família, o Auxílio Brasil, sem a aprovação da PEC dos precatórios ou a reforma do Imposto de Renda, em um primeiro momento.
De acordo com o Ministério da Economia, a reforma do IR deve custear o novo programa em 2022, mas o texto precisa ser aprovado até dezembro deste ano para passar a valer.
Com a palavra, Jerome Powell e Janet Yellen
Os investidores internacionais voltam seus olhos para as falas do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e a Secretária do Tesouro, Janet Yellen, no Senado. O tapering, como é chamada a retirada de estímulos da economia norte-americana, deve ser o tema principal abordado por ambos.
O presidente do BC dos EUA deve destacar ainda o momento transitório da inflação, que deve permanecer elevada para os próximos meses. A retirada de estímulos pode ser frustrada pelo avanço da variante delta no país, que ameaça a reabertura da economia.
Os Estados Unidos vivem uma “pandemia de não vacinados”, tendo em vista que o país tem doses suficientes para a população e chegou a ser exemplo em um primeiro momento do combate à pandemia, mas o número de pessoas imunizadas permanece estagnado.
Yellen ainda deve ressaltar o limite da dívida dos Estados Unidos. A proposta prevê recursos para o financiamento do governo até o final do ano, mas o texto enfrenta resistência do Senado.
Bolsas pelo mundo
Os principais índices asiáticos encerraram o pregão desta terça-feira majoritariamente em baixa. Os analistas acreditam que o crescimento chinês perdeu força, em meio a preocupações com choques de oferta. Além disso, os cortes de fornecimento de eletricidade e dados oficiais sobre o lucro do setor industrial chinês, que também aumentou em ritmo mais lento, colocam a retomada chinesa em cheque.
De maneira semelhante, as bolsas da Europa também seguem em baixa, à espera de Jerome Powell e Janet Yellen hoje. Pelo mesmo motivo, os futuros de Nova York apontam para uma abertura de perdas.
Agenda do dia
- FGV: Sondagem da indústria em setembro (8h)
- Banco Central: Divulgação da ata do Copom (8h)
- Estados Unidos: Secretária do Tesouro, Janet Yellen, e presidente do Fed, Jerome Powell, testemunham diante do Comitê Bancário do Senado (11h)
- Tesouro Nacional: Resultado primário do Governo Central em agosto (14h30)
- Ministério da Economia: Secretário do Tesouro, Jeferson Bittencourt, concede coletiva sobre resultado primário do Governo Central (15h)
- Estados Unidos: Secretária do Tesouro, Janet Yellen participa de evento anual da Associação Nacional para Economia Empresarial (15h)
- Ministério da Economia: Ministro da Economia, Paulo Guedes, participa de jantar da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) (19h30)
- Caged: geração de emprego em agosto (sem horário)
Smart Fit (SMFT3) falha na série: B3 questiona queda brusca das ações; papéis se recuperam com alta de 1,73%
Na quarta-feira (2), os ativos chegaram a cair 7% e a operadora da bolsa brasileira quis entender os gatilhos para a queda; descubra também o que aconteceu
Ibovespa vale a pena, mas vá com calma: por que o UBS recomenda aumento de posição gradual em ações brasileiras
Banco suíço acredita que a bolsa brasileira tem espaço para mais valorização, mas cita um risco como limitante para alta e adota cautela
Da B3 para as telinhas: Globo fecha o capital da Eletromidia (ELMD3) e companhia deixa a bolsa brasileira
Para investidores que ainda possuem ações da companhia, ainda é possível se desfazer delas antes que seja tarde; saiba como
Os gringos investiram pesado no Brasil no primeiro semestre e B3 tem a maior entrada de capital estrangeiro desde 2022
Entre janeiro e junho deste ano, os gringos aportaram cerca de R$ 26,5 bilhões na nossa bolsa — o que impulsionou o Ibovespa no período
As nove ações para comprar em busca de dividendos no segundo semestre — e o novo normal da Petrobras (PETR4). Veja onde investir
Bruno Henriques, analista sênior do BTG Pactual, e Ruy Hungria, analista da Empiricus Research, contam quais são os papéis mais indicados para buscar dividendos no evento Onde Investir no Segundo Semestre, do Seu Dinheiro
Ibovespa faz história e chega aos 141 mil pontos pela primeira vez na esteira dos recordes em Nova York; dólar cai a R$ 5,4050
O Ibovespa acabou terminando o dia aos 140.927,86 pontos depois de renovar recorde durante a sessão
Banco do Brasil (BBAS3): enquanto apostas contra as ações crescem no mercado, agência de risco dá novo voto de confiança para o banco
A aposta da S&P Global Ratings é que, dadas as atividades comerciais diversificadas, o BB conseguirá manter o ritmo de lucratividade e a estabilidade do balanço patrimonial
Na contramão do Ibovespa, Petrobras (PETR4), Prio (PRIO3) e Brava (BRAV3) garantem ganhos no dia; saiba o que ajudou
A commodity está em alta desde o início da semana, impulsionado por tensões no Oriente Médio — mas não é só isso que ajuda no avanço das petroleiras
S&P 500 e Nasdaq renovam máximas históricas, mas um dado impede a bolsa de Nova York de disparar; Ibovespa e dólar caem
No mercado de câmbio, o dólar à vista continuou operando em queda e renovando mínimas depois de se manter no zero a zero na manhã desta quarta-feira (2)
Onde investir: as 4 ações favoritas para enfrentar turbulências e lucrar com a bolsa no 2º semestre — e outras 3 teses fora do radar do mercado
Com volatilidade e emoção previstas para a segunda metade do ano, os especialistas Gustavo Heilberg, da HIX Capital, Larissa Quaresma, da Empiricus Research, e Lucas Stella, da Santander Asset Management, revelam as apostas em ações na bolsa brasileira
Bresco Logística (BRCO11) diz adeus a mais um inquilino, cotas reagem em queda, mas nem tudo está perdido
O contrato entre o FII e a WestRock tinha sete anos de vigência, que venceria apenas em setembro de 2029
Gestora lança na B3 ETF que replica o Bloomberg US Billionaires e acompanha o desempenho das 50 principais empresas listadas nos EUA
Fundo de índice gerido pela Buena Vista Capital tem aplicação inicial de R$ 30 e taxa de administração de 0,55% ao ano
Ibovespa em 150 mil: os gatilhos para o principal índice da bolsa brasileira chegar a essa marca, segundo a XP
A corretora começa o segundo semestre com novos nomes em carteira; confira quem entrou e as maiores exposições
Ibovespa fecha primeiro semestre de 2025 com extremos: ações de educação e consumo sobem, saúde e energia caem
Entre os destaques positivos estão a Cogna (COGN3), o Assaí (ASAI3) e a Yduqs (YDUQ3); Já na outra ponta estão RaiaDrogasil (RADL3), PetroRecôncavo (BRAV3) e São Martinho (SMTO3)
XP Log (XPLG11) vai às compras e adiciona oito ativos logísticos na carteira por até R$ 1,54 bilhão; FIIs envolvidos disparam na B3
Após a operação, o XPLG11 passará a ter R$ 8 bilhões em ativos logísticos e industriais no Brasil
É hoje! Onde Investir no Segundo Semestre traz a visão de grandes nomes do mercado para a bolsa, dólar, dividendos e bitcoin; veja como participar
Organizado pelo Seu Dinheiro, o evento totalmente online e gratuito, traz grandes nomes do mercado para falar de ações, criptomoedas, FIIs, renda fixa, investimentos no exterior e outros temas que mexem com o seu bolso
“Não é liderança só pela liderança”: Rodrigo Abbud, sócio do Patria Investimentos, conta como a gestora atingiu R$ 28 bilhões em FIIs — e o que está no radar a partir de agora
Com uma estratégia de expansão traçada ainda em 2021, a gestora voltou a chamar a atenção do mercado ao adicionar a Genial Investimentos e a Vectis Gestão no portfólio
Nada de ouro ou renda fixa: Ibovespa foi o melhor investimento do primeiro semestre; confira os outros que completam o pódio
Os primeiros seis meses do ano foram marcados pelo retorno dos estrangeiros à bolsa brasileira — movimento que levou o Ibovespa a se valorizar 15,44% no período
Bolsas nas máximas e dólar na mínima: Ibovespa consegue romper os 139 mil pontos e S&P 500 renova recorde
A esperança de que novos acordos comerciais com os EUA sejam fechados nos próximos dias ajudou a impulsionar os ganhos na última sessão do mês de junho e do semestre
É possível investir nas ações do Banco do Brasil (BBAS3) sem correr tanto risco de perdas estrondosas, diz CIO da Empiricus
Apesar das recomendações de cautela, muitos investidores se veem tentados a investir nas ações BBAS3 — e o especialista explica uma forma de capturar o potencial de alta das ações com menos riscos