O debate sobre regulamentação de criptomoedas no mundo segue a todo vapor. Não só no Congresso dos Estados Unidos, mas aqui no Brasil também existem projetos que visam estabelecer regras e diretrizes para negociação de bitcoin (BTC) em exchanges e incentivar a mineração verde.
A mineração de criptomoedas ainda não é uma realidade rentável no Brasil: o país tem uma das maiores tarifas de energia elétrica e cobra cerca de 80% a mais de impostos em equipamentos do que os Estados Unidos, como afirmou Rudá Pellini, presidente da Arthur Mining e escritor do best-seller “O Futuro do Dinheiro”.
Em entrevista ao Papo Cripto, o programa no Youtube do Seu Dinheiro sobre as tendências do mercado de criptomoedas, Pellini expõe os principais pontos positivos do Projeto de Lei 4207/2020, que isenta de impostos os mineradores que utilizarem 100% de energia renovável na mineração.
Mineração de bitcoin (BTC) pode gerar apagão no Brasil?
Quando falamos de mineração de criptomoedas, estamos nos referindo a uma atividade que, no total, consome o equivalente a alguns países.
“A nossa mineração é toda feita com o que sobra da indústria de óleo e gás, o que ia ser jogado fora. Então, quando nós estamos em um sistema on grid, o impacto é menor”, afirma Pellini. O sistema on grid é a rede geral de energia, que fornece eletricidade para a população geral.
Em países como o Irã e o Cazaquistão, a mineração puxa mais energia do que as casas ou outras atividades, o que chegou a gerar apagões nas regiões mineradoras. Entretanto, quando há uma geração de eletricidade extra, como da queima do gás ou de um painel solar, esse impacto é reduzido drasticamente.
No Brasil existe um excedente energético, mas a transmissão dessa eletricidade ainda é precária. Dito isso, existem alternativas como energia eólica e solar que podem ser uma saída para a mineração verde do bitcoin.
No Papo Cripto #008, eu conversei com Rudá Pellini, presidente da Arthur Mining, sobre o futuro da mineração no Brasil e as apostas no mercado cripto para os próximos anos. E aqui vai um spoiler: as DeFis, as finanças descentralizadas, podem explodir. Confira: