O surgimento das criptomoedas colocou em xeque o papel das instituições financeiras como bancos e fintechs. Há quem diga que os dois mundos são opostos e que não podem se misturar: agora os clientes não precisam mais deles para investir e fazer negócios.
Mas a solução para essa briga entre passado e presente passa pela união desses mundos. A tokenização de ativos, por exemplo, é uma das saídas para o mercado tradicional para se beneficiar da eficiência dos ativos digitais.
A avaliação é de André Portilho, responsável pela área de ativos digitais do BTG Pactual. O banco foi o primeiro do mundo a lançar um ativo tokenizado em imóveis, em 2019.
Em entrevista ao Papo Cripto, programa do Seu Dinheiro sobre criptomoedas, ele comentou sobre os benefícios da criptografia para o ganho de eficiência dos negócios.
“Empresas pequenas e médias têm menor possibilidade de acesso ao mercado de capitais, muito por causa dos custos envolvidos. Com esse avanço tecnológico trazido pelo bitcoin, o custo de captação de recursos chega à metade, às vezes menos de um terço, do que um processo normal de mercado”, comenta.
Entretanto…
O surgimento dos protocolos de finanças descentralizadas foi outro duro golpe nas instituições financeiras. Agora, além de os investidores poderem negociar moedas sem a necessidade de um banco, empréstimos e outros tipos de contratos são feitos por meio de um protocolo automatizado.
Mesmo assim, Portilho não se deixa intimidar e ainda afirma que esse tipo de protocolo cresceu, sim, mas ainda precisa solucionar “problemas mundanos”, como no caso de uma falha do sistema.
“As pessoas ainda estão muito acostumadas a ver um rosto nos investimentos. No limite, não tem quem você processar se o protocolo parar.”
No Papo Cripto #007, o head de ativos digitais do BTG Pactual comenta como as instituições financeiras podem caminhar lado a lado com a inovação e comenta as apostas para o futuro. Aperte o play e assista ao programa logo baixo: