Dos tijolos aos bytes, BTG Pactual lança criptoativo com lastro em imóveis
A ideia do banco é proporcionar aos investidores do ReitBZ retorno com a recuperação dos ativos e a venda por um valor superior ao preço de aquisição. Lançamento envolve parceria com os gêmeos Winklevoss, que atuaram na criação do Facebook

Você com certeza já ouviu falar nas criptomoedas, como o bitcoin. Mas e em “criptoimóveis”? O BTG Pactual uniu esses dois mercados tão antagônicos entre si ao lançar o ReitBZ.
Trata-se de um criptoativo que terá lastro em imóveis com problemas, como inadimplência, localizados em São Paulo e no Rio. A ideia é proporcionar aos investidores retorno com a recuperação dos ativos e a venda por um valor superior ao preço de aquisição.
O lançamento inclui ainda uma parceria com os gêmeos Cameron e Tyler Winklevoss, conhecidos por atuarem na criação do Facebook.
A oferta do ReitBZ será a primeira realizada por um banco de investimento com o uso da tecnologia blockchain, a mesma que viabilizou o bitcoin. O objetivo do BTG é captar até US$ 15 milhões.
Mas se você ficou interessado, não adianta procurar o banco ou alguma corretora de criptomoedas porque o criptoativo não estará disponível para investidores brasileiros.
A escolha do banco foi realizar essa primeira operação da forma mais rápida e prática possível, por isso a oferta não será realizada por aqui, segundo me contou André Portilho, sócio do BTG.
“A legislação ainda é cara e demorada, mas conversamos com os reguladores, que estão muito abertos e querendo fomentar inovação, e a ideia é futuramente fazer no Brasil”, afirmou.
Como funciona?
Na superfície, o ReitBZ não é muito diferente de um fundo imobiliário tradicional. O banco optou por realizar a captação com a criação de um criptoativo pela possibilidade de realizar uma oferta global de forma mais eficiente e com menor custo, segundo Portilho.
“Eu não consigo vender um fundo imobiliário para um investidor em Cingapura. Com o blockchain isso é possível”, diz o sócio do BTG.
A tecnologia e a maior eficiência permitiram ainda ao banco reduzir a aplicação mínima para US$ 10 mil. O que amplia o alcance de um investimento mais sofisticado e, pelas formas tradicionais, estaria acessível apenas a investidores com mais dinheiro. A expectativa é de um retorno bem superior ao investimento em imóveis tradicionais, segundo Portilho.
Da mesma forma, a tecnologia permite ao BTG ter um controle sobre quem vai investir nos ativos, em um processo semelhante ao de uma abertura de conta no banco.
Como investir e como receber?
O ReitBZ não é uma moeda virtual, e sim um ativo comparável a um valor mobiliário, como uma ação, só que estruturado no formato de "security token". Tanto o investimento no criptoativo como o pagamento da rentabilidade aos detentores do ReitBZ serão realizados por meio de uma criptomoeda.
É aí que entram os gêmeos Winklevoss. Depois do litígio com Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, eles investiram no mundo das criptomoedas e criaram o Gemini dollar. Ao contrário de divisas virtuais como o bitcoin, o Gemini possui lastro no dólar "real". Isso significa que 1 Gemini sempre vale 1 dólar e não está sujeito à volatilidade típica do bitcoin.
"Tanto nós como os Winklevoss temos a visão de que essa tecnologia só tem futuro se for feita de forma regulada, com segurança e compliance", afirma Portilho.
Com o retorno obtido com a venda dos imóveis na carteira, o BTG vai distribuir 50% em dividendos aos detentores do ReitBZ, pagos em Gemini dollar, e a outra metade será reinvestida em novos ativos.
Para quem quiser comprar ou vender o ativo depois da oferta, o BTG fará o papel de formador de mercado do ReitBZ, que será negociado em uma plataforma própria. "Ainda não existe uma bolsa ou plataforma com requerimento pra negociar esse tipo de ativo", diz Portilho.
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