Por que o Ethereum (e não o bitcoin) é a grande aposta em criptomoedas de uma das principais gestoras de fundos do mercado
Com R$ 56 bilhões sob gestão, a Kinea destaca o potencial do ethereum (ETH) como base de todo o sistema de validação na próxima geração da internet, a Web 3.0

A ideia de propriedade é simples quando falamos do mundo físico. Uma Ferrari, um original de Da Vinci ou algo mais simples como uma caneca são seus a partir do momento da compra. Mas o que dizer do conteúdo produzido na internet? E o que isso tem a ver com o universo das criptomoedas, como o bitcoin e o ethereum?
No futuro — talvez um pouco distante ainda — essa pergunta pode ser respondida com facilidade: uma postagem no Facebook pertence ao usuário da conta, que pode até cobrar por ela. É o que propõe um estudo inédito da Kinea, gestora de fundos ligada ao Itaú Unibanco.
Com um total de R$ 56,5 bilhões sob gestão, a tradicional empresa do mercado financeiro se embrenhou no universo das criptomoedas e destaca o potencial do ethereum (ETH) como base de todo o sistema de validação na próxima geração da internet, a Web 3.0.
Ethereum como base da web 3.0
Quem conduziu a pesquisa foi Rodrigo Zobaran, analista de pesquisas quantitativas da Kinea, focado em criptoativos, modelagem macroeconômica e dinâmicas de mercado.
Ele afirma que o ethereum — e não o bitcoin — é a melhor moeda digital para se apostar porque ela reúne características que outras criptomoedas ainda não conseguiram atingir.
Em um mundo cada vez mais digital, a economia da terceira geração da internet, a chamada Web 3.0, é focada na experiência do usuário e do produtor de conteúdo. Mas exatamente o que isso quer dizer?
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Recapitulando rapidamente: a primeira geração da internet era basicamente uma fonte de consulta, sem interação do usuário. Já a segunda fase da web (onde surgiram as redes sociais) focou na experiência do usuário.
“Na web 3.0 o usuário pode manter seu conteúdo em uma blockchain e escolher postar ou não. No futuro, a plataforma pode até te pagar para você fazer uma postagem”, afirma Zobaran.
O metaverso, tendência que o Facebook pretende explorar, é uma das vertentes dos projetos em web 3.0. Para garantir que o conteúdo é de propriedade do usuário, uma tecnologia conhecida do mundo das criptomoedas e começou para validar obras de arte começa a tomar outras formas: os NFTs, sigla em inglês para non fungible token, ou certificados digitais.
Aliás, antes de entender por que o Ethereum é a moeda da vez, é importante entender o que está acontecendo no mercado macro. Assim, explicamos por que uma queda maior do bitcoin até o final do ano não está descartada, segundo o analista Tassio Lago.
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Por que o Ethereum?
Feito esse preâmbulo tecnológico, vamos ao que interessa: por que a Kinea aposta no ethereum (ETH) como a tecnologia que vai viabilizar a web 3.0?
O ETH foi o primeiro protocolo que criou os certificados digitais, os NFTs. E por ser a mais antiga da segunda geração de criptomoedas, que foram criadas com o intuito de virarem plataformas de criação de projetos, o ethereum já passou por diversos testes de estresse e atualizações, o que o coloca na frente de outras moedas digitais, como Solana (SOL) e Polkadot (DOT), segundo o especialista da Kinea.
“O ethereum já sofreu testes de estresse muito mais vezes do que outros projetos”, comenta Zobaran, “e é muito improvável que o ethereum saia do ar, como aconteceu com a Solana, que ficou 24h offline”.
Vantagens do ethereum sobre o bitcoin
O bitcoin (BTC) foi a primeira moeda digital do mundo, e inaugurou a primeira geração de criptomoedas. Essa blockchain (rede) é um projeto mais estático e que sofre menos atualizações — como foi o caso recente do Taproot, que demorou quatro anos para ser instalado.
Em contrapartida, o ethereum (ETH) e a segunda geração de criptomoedas possuem uma comunidade mais engajada e o próprio desenho das blockchains permite que alterações e soluções de problemas sejam feitas de maneira mais dinâmica.
“Em um mundo cada vez mais focado em ESG [sigla para boas práticas socioambientais e de governança], uma mudança de paradigma do proof-of-work do bitcoin em relação ao proof-of-stake do ethereum é fundamental para a adequação a esse novo cenário”, diz Zobaran.
O proof-of-work é um método utilizado na mineração de criptomoedas que consome muita energia e tem sido duramente criticado como uma forma pouco ecológica de manutenção da rede do bitcoin. Você pode entender mais sobre mineração de criptomoedas clicando aqui.
O proof-of-stake é considerado uma forma de manutenção de rede que consome menos energia, o que é visto com bons olhos pela comunidade internacional interessada em criptomoedas. Essa tecnologia já é utilizada em outras moedas do mercado, como Cardano (ADA) e Chanlink (LINK).
Tradição e modernidade
Ouvir o profissional de uma gestora tradicional do mercado falar em termos técnicos do mundo das criptomoedas ainda é pouco comum.
A Kinea foi uma das primeiras casas a abrir uma parcela, ainda que pequena, nas moedas digitais em meio ao portfólio composto por ações, renda fixa e outros ativos.
Zobaran não especificou o quanto da carteira a gestora detém em cripto, mas disse que a Kinea possui investimento em ethereum e uma posição estratégica em bitcoin para momentos de estresse do mercado.
Um banho de água fria
Apesar do otimismo com o mercado de criptomoedas e com todo ambiente digital, o analista da Kinea destaca que é importante manter uma carteira equilibrada e ressalta que os investimentos em ativos digitais são altamente voláteis.
Além disso, Zobaran destaca dois empecilhos para o crescimento desse mercado: uma regulamentação pesada dos Estados Unidos sobre ativos digitais, que já tem pressionado o mercado de criptomoedas na última semana, e o tempo que o mercado pode demorar para fazer esses ativos decolarem.
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