Maia diz que a reforma tributária não será aprovada neste ano porque proposta tem seu ‘carimbo’
Segundo o presidente da Câmara, a indústria apoia a unificação de vários impostos no IVA para dar competitividade ao setor, ainda que o setor de serviços tenha críticas à proposta

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a reforma tributária não será aprovada neste ano porque a proposta tem seu "carimbo" e o governo não quer dar a ele essa vitória.
Segundo ele, a indústria apoia a unificação de vários impostos no IVA para dar competitividade ao setor, ainda que o setor de serviços tenha críticas à proposta. "Estamos abrindo mão de fazer uma reforma que até a esquerda quer votar porque vai dar a vitória ao Rodrigo Maia", disse.
Maia disse que "nenhum parlamento no mundo conseguiu construir com tanta agilidade, e modéstia à parte, com tanta competência, uma emenda constitucional para dar todas as condições para que o governo pudesse enfrentar a pandemia, que foi a PEC da Guerra".
Ele se disse assustado pelo fato de que o governo tenha atrasado a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial, que tinha o papel de dar tranquilidade para a transição rumo a 2021, acabando com a PEC da Guerra e suas despesas extraordinárias e o estado de calamidade em razão da pandemia da covid-19.
"Para esse governo é uma incoerência falar em calamidade, porque até hoje ele não reconheceu que há uma pandemia e que as pessoas estão morrendo", afirmou. A ideia, segundo ele, era criar um espaço para aumentar a abrangência do Bolsa Família e garantir a redução do déficit primário ao longo dos próximos anos.
"Não temos só o problema do teto de gastos, nós temos o problema do déficit primário e da dívida pública, e essa trajetória tranquila não está tranquila", disse.
Leia Também
Maia disse que o teto de gastos, entre a metade do ano passado e a deste ano, foi corrigido em 2%, enquanto o salário mínimo, que indexa boa parte das despesas, terá alta de 5% - uma diferença de 3% em termos reais.
Ainda sobre a PEC Emergencial, Maia disse que o governo fez um "cambalacho" para tirar o texto da Câmara e levar ao Senado apenas para tentar enfraquecer a Casa. "Até o que é emergencial não é votado no Brasil", disse ele, ressaltando ser menos otimista que André Esteves, sócio do BTG Pactual.
"Agora mais uma vez temos uma decisão do relator (senador Márcio Bittar, do MDB-AC) de não votar porque tinha eleição municipal, depois segundo turno, e agora vamos entrar em um grande abismo fiscal no próximo ano no Brasil porque o que Guedes disse que era emergencial não", disse Maia.
Para Maia, mesmo com o confronto político, mais uma vez será a Câmara que votará os gatilhos para resolver o problema do endividamento dos Estados e liberar recursos de fundos. Ele disse ter recebido um pedido do senador Márcio Bittar para incluir os gatilhos do teto de gastos no relatório do projeto de lei do antigo Plano Mansueto, de autoria do deputado Pedro Paulo (DEM-RJ).
Maia disse não saber se essa proposta é ou não constitucional, mas ressaltou que "não temos outra saída". Segundo ele, isso permitirá a melhor administração da dívida pública e a liberação de bilhões em recursos empossados.
Maia disse que o setor privado precisa abrir mão dos subsídios a que tem direito, assim como a elite do funcionalismo público, que proporciona salários médios elevados e o atingimento do topo da carreira em cinco anos. "Temos uma péssima qualidade do nosso gasto público", disse. Ainda assim, ele ressaltou que o governo atrasou a tramitação da reforma administrativa.
*Com Estadão Conteúdo
Governo ignora parecer da Petrobras (PETR4) e indicará dois nomes barrados pela estatal para o conselho de administração
Jônathas de Castro, secretário da Casa Civil e Ricardo Soriano de Alencar, Procurador-Geral da Fazenda Nacional, foram bloqueados por conflito de interesses
Bolsonaro promete 50 embaixadores em reunião para falar de fraude em urnas eletrônicas, mas Estados Unidos, Japão e Reino Unido não confirmam presença
Os presidentes do STF e TSE também devem faltar ao encontro, convocado pelo presidente para discutir a nunca comprovada fraude nas eleições de 2014 e 2018
As alianças se consolidam: Rodrigo Garcia e Tarcísio selam acordos na disputa por um lugar no segundo turno em São Paulo
Tarcísio de Freitas (Republicanos) consegue apoio de Kassab; Rodrigo Garcia (PSDB) fecha com União Brasil
Barrados no baile: com IPO suspenso pela justiça, Corsan e governo do RS estudam medidas para retomar privatização
Os planos da estatal de saneamento do Rio Grande do Sul foram barrados pelo Tribunal de Contas do Estado, que pede ajustes na modelagem da oferta
Caixa revela que sabia de denúncia de assédio contra Pedro Guimarães desde maio e aponta presidente interina
A Corregedoria aguardou até que o denunciante apresentasse um “conjunto de informações” suficiente para prosseguir com a investigação contra Pedro Guimarães
Governo oferecerá mais de R$ 340 bilhões para produtores rurais no novo Plano Safra; valores entram em vigor em julho
O programa do governo federal prevê o direcionamento de recursos públicos para financiar e apoiar a agropecuária nacional
Pedro Guimarães entrega carta de demissão a Jair Bolsonaro e rebate acusações de assédio; veja quem o sucederá na presidência da Caixa
Guimarães deixa o cargo em meio a uma investigação do Ministério Público Federal por múltiplas denúncias de assédio sexual
Governo já decidiu quem será a nova presidente da Caixa — só falta Pedro Guimarães sair
Atual secretária especial de produtividade e competitividade da pasta, Daniella Marques foi escolhida para suceder Guimarães em meio a escândalo de assédio sexual
Governador de SP anuncia corte do ICMS sobre combustíveis para 18%; arrecadação deve cair em R$ 4,4 bilhões no ano e afetar transportes no estado
A redução da alíquota será de 25% para 18%, o que deve gerar uma queda de R$ 0,48 do valor do litro da gasolina nos postos
Uma lista mais enxuta: Governo ‘desconvida’ dois indicados ao conselho da Petrobras (PETR4); confira os nomes atualizados
Ao todo, a lista contém oito nomes. Caio Paes de Andrade foi confirmado na pasta atual como a indicação da União para a presidência da estatal
Governo propõe zerar impostos federais sobre diesel e gasolina para conter inflação — e ‘compensar’ os estados por redução adicional no ICMS
Em nenhum momento, o governo mencionou sobre os impactos da proposta sobre o orçamento ou sobre o teto de gastos e também não disse de onde o dinheiro da compensação ao estados vai sair
Parecer de PL do ICMS deve acontecer até terça-feira, afirma relator; compensações aos estados ameaçam as contas públicas
Entre os pontos analisados está a possibilidade de tirar qualquer tipo de compensação para os Estados que perderem arrecadação, o que desagradou governadores
Na briga pelo ICMS, governo avalia PEC para compensar R$ 22 bilhões aos estados; proposta segue em debate na próxima semana
Os estados e o governo federal tentam achar um meio termo para redução de impostos e compensação de arrecadação
Conselho do PPI recomenda inclusão da Petrobras (PETR4) em lista de estudos para privatização — mas o caminho para a venda ainda é longo; saiba mais
O sinal verde ocorre dois dias após o pedido formal para a entrada da companhia na carteira do programa
‘Petrobras (PETR4) quer mais é arrancar dinheiro do povo’: confira os novos ataques de Bolsonaro à política de preços da estatal
O presidente também culpou Lula, seu maior rival nas eleições deste ano, e os governadores pelas altas sucessivas no preço dos combustíveis
Incorporadoras da B3 sobem forte com novidades no programa Casa Verde e Amarela; veja quais ações mais ganham com as atualizações
As mudanças já anunciadas e outras ainda em discussão no Ministério do Desenvolvimento Regional trazem alívio ao segmento hoje
Privatização da Eletrobras (ELET3): pedido de oferta de ações bilionária no Brasil e nos EUA pode ser protocolado amanhã, diz agência de notícias
De acordo com o Broadcast, a companhia define hoje a data de lançamento e os detalhes da operação global
Novo presidente da Petrobras (PETR4) pode dar adeus ao cargo após apenas um mês, diz jornal — veja o que ameaça Ferreira Coelho
Segundo o Estadão, com a troca de comando no Ministério de Minas e Energia, o cargo de presidente da petroleira também está na mira
TCU marca julgamento da Eletrobras (ELET3) para a próxima semana; confira outras pedras no caminho da privatização da estatal
Vale relembrar que, sem o sinal verde do tribunal, não há como prosseguir com a desestatização, prevista para ser concluída até agosto deste ano
Quem é José Mauro Ferreira Coelho, o homem que vai comandar a Petrobras (PETR4) em meio a crise dos combustíveis
Ele assume o lugar do general Joaquim Silva e Luna, que está no comando da empresa desde abril de 2021