EUA frustram Brasil e indicam candidato próprio para o BID
Até ontem, o Ministério da Economia acreditava que teria o apoio do governo Trump no pleito e conseguiria emplacar um nome do País para a presidência da instituição

Os Estados Unidos decidiram anunciar candidato próprio para disputar a presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), hoje ocupada pelo colombiano Luis Alberto Moreno. O anúncio atropela as intenções do governo brasileiro, que foi pego de surpresa com a decisão americana desta semana. Até ontem, o Ministério da Economia acreditava que teria o apoio do governo Trump no pleito e conseguiria emplacar um nome do País para a presidência da instituição.
Há cerca de duas semanas, o ministro da Economia, Paulo Guedes, avisou o Secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, por telefone, que o Brasil indicaria Rodrigo Xavier, ex-presidente do UBS e do Bank of America no Brasil, para o posto. O americano não se comprometeu com o apoio. Ontem, segundo fontes do governo, Mnuchin telefonou a Guedes. O assunto em questão seria a presidência do BID.
Hoje, os EUA anunciaram a intenção de nomear Mauricio Claver-Carone para o posto. Carone é atualmente diretor sênior do Conselho de Segurança Nacional para Assuntos do Hemisfério Ocidental, considerado um dos responsáveis pela política mais linha dura do governo republicano com relação a Cuba, Venezuela e Nicarágua. A eventual eleição do americano quebra uma tradição de escolher um nome da região para chefiar a instituição.
Por já serem os maiores acionistas, os EUA costumam ficar de fora do rodízio de presidentes do banco. O governo Trump no entanto está disposto a quebrar o protocolo.
"A indicação de Claver-Carone demonstra o forte compromisso do presidente Trump com a liderança dos EUA em importantes instituições regionais e com o avanço da prosperidade e segurança no Hemisfério Ocidental. Estamos confiantes de que sua liderança no BID fortalecerá a capacidade de gerar impacto no desenvolvimento da região", afirmou Mnuchin em um comunicado nesta terça-feira.
Questionado, o Ministério da Economia ainda não respondeu se manterá a candidatura de Xavier ou se vai abrir mão da indicação própria para apoiar o nome do governo Trump.
Leia Também
Pela política interna de rotação de presidentes do banco, candidatos do Brasil ou da Argentina são os que teriam maior chance de receber apoio significativo na eleição, que acontecerá em 2020. Com a eleição de Alberto Fernández, nome da esquerda argentina, no ano passado, o governo brasileiro avaliou que os EUA apoiariam um nome do governo Bolsonaro, alinhado a Trump.
Nos bastidores, os americanos deixavam claro que gostariam que a presidência da instituição não fosse entregue a nomes apoiados por Fernández ou Manuel López Obrador, do México.
O governo brasileiro avaliava que o posto poderia alçar o País a um posição de liderança regional, já que a presidência do BID acaba se tornando uma representação da América Latina na capital americana, onde o banco fica sediado.
A eleição para a presidência do banco é feita pela assembleia de governadores da instituição considerando a maioria do poder total de voto. Os EUA sozinhos possuem 30% do total de votos. O mandato do presidente é de cinco anos. Moreno, foi eleito em 2005 e reeleito em 2010 e, novamente, em 2015.
Se o nome de Claver-Carone vencer a disputa, o BID terá um presidente alinhado à política externa de Trump mesmo que o republicano não ganhe a reeleição em novembro.
A tradição é que haja uma rotação da presidência entre países que ainda não assumiram a cadeira. Assim, a candidatura de um colombiano seria desencorajada, por exemplo. Moreno é o quarto presidente da história do BID. Antes dele, a cadeira foi ocupada por representantes de Chile, México e Uruguai. Dos maiores países da região, estariam aptos a concorrer, portanto, Peru, Argentina e Brasil. A presidência do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) já está sob responsabilidade do peruano Luis Carranza. Com isso, Brasil e Argentina seriam os mais bem cotados para entrar na disputa.
Também não foi dessa vez: Nasa adia novamente lançamento de foguete à Lua — sabia o motivo e a nova data
O lançamento do foguete da missão Artemis I estava previsto para ocorrer hoje à tarde (horário de Brasília), no Centro Espacial Kennedy, na Flórida
De tenista a investidora: Serena Williams se despede das quadras com um patrimônio de mais de US$ 200 milhões
A tenista de 40 anos perdeu na sexta-feira (02) para a australiana Ajla Tomljanovic, 29, mas não deixou a porta aberta para um possível retorno
Dólar acumula desvalorização de 7% frente ao real no ano — veja o que mexe com o mercado de câmbio
Após três sessões consecutivas de alta, em que acumulou valorização de 4,07%, o dólar à vista recuou mais de 1% no pregão desta sexta-feira (02)
Vai ter que esperar mais um pouco: Nasa adia lançamento de foguete à Lua; missão Artemis 1 seria a primeira expedição do tipo em meio século
A missão Artemis 1 é o primeiro passo dos Estados Unidos na retomada da exploração tripulada do espaço
Efeito Fed? Biden diz que os norte-americanos já sentem o alívio dos preços altos
Mais cedo, o Departamento do Comércio dos EUA informou que o dado preferido do Fed para medir a inflação recuou 0,1% em julho ante junho, mas Powell não está satisfeito; entenda por quê
Powell derruba as bolsas mundo afora ao dar um alerta que o mercado não queria ouvir — veja o recado do presidente do Fed em Jackson Hole
O tão aguardado discurso do chefão do maior banco central do mundo aconteceu depois da divulgação de dados que mostraram que a inflação perdeu força nos EUA e, ainda assim, os investidores não gostaram do que ouviram; entenda por quê
Fed carrega na tinta da ata e pinta um quadro que o mercado não gostou; entenda
Wall Street seguiu operando em queda depois da divulgação do documento, que deixou em aberto os próximos passos que o banco central norte-americano pode adotar
E agora, Biden? Putin afirma que EUA querem prolongar a guerra na Ucrânia e provocar a China — saiba por quê
Putin acusou o país governado por Joe Biden de querer “parasitar” o mundo com interferências em outros países, promovendo uma política “anti-Rússia”
Cinco empresas chinesas vão retirar seus ADRs da Bolsa de Nova York — saiba por quê
As estatais anunciaram planos de retirada voluntária de seus ADRs ainda neste mês; a decisão acontece em meio à desacordo entre os órgãos reguladores da China e dos EUA
A catástrofe na Rússia que Putin não quer que o Ocidente descubra: Estados Unidos e aliados estão causando um verdadeiro estrago na economia do país; veja os maiores impactos
Enquanto algumas matérias derrotistas apontam a Rússia ‘à prova’ de sanções, um estudo de Yale afirma que os efeitos são catastróficos; entenda detalhes
Os EUA viraram uma república de bananas? O que se sabe até agora sobre a operação do FBI contra Donald Trump
Aliados de Donald Trump saíram-se com reações exacerbadas; Casa Branca exaltou respeito ao estado de direito
Máquina de gerar empregos dos EUA passa por cima do S&P 500 — entenda o que atropelou o índice hoje
O mercado de trabalho norte-americano adicionou 528.000 novas vagas em julho, superando facilmente uma estimativa da Dow Jones de um aumento de 258.000; a taxa de desemprego fica abaixo do previsto e cai para 3,5%
China contra-ataca: entenda o recado que Xi Jinping mandou ao lançar mísseis que caíram no Japão
Governo japonês diz que cinco mísseis balísticos lançados por Pequim durante exercícios militares em torno de Taiwan caíram na zona econômica exclusiva do Japão pela primeira vez
‘Estou confiante de que teremos uma recessão nos EUA dentro dos próximos 18 meses’, diz ex-secretário do Tesouro americano
Lawrence Summers esteve presente na Expert XP 2022, onde fez duras críticas ao Fed e à política monetária dos Estados Unidos.
A guerra do golfe: Jogadores processam liga após serem banidos por participar de campeonato rival
A principal liga de golfe dos Estados Unidos é processada por formação de cartel depois de suspender jogadores que aceitaram jogar competição paralela recém-criada
Não importa o que Putin diz: sanções implodiram a economia russa, apesar da ajuda da China
Estudo da Universidade de Yale revela o estrago que as punições lideradas pelos EUA causaram na economia da Rússia, mas pesquisa do FMI mostra cenário de resiliência — entenda as diferenças
Provador de doces? Empresa canadense paga salário de R$ 50 mil por mês
O emprego dos sonhos aceita candidaturas de pessoas a partir dos 5 anos de idade; o “provador” vai degustar cerca de 3,5 mil doces por mês
Quem é Nancy Pelosi, a líder democrata que acirrou as tensões entre EUA e China com visita a Taiwan
Pelosi é a primeira mulher a comandar um grande partido nos EUA. Para muitos especialistas, ela é a arma para os democratas e o alvo favorito da oposição republicana; saiba mais sobre essa veterana da política norte-americana
Tambores de uma nova guerra? Entenda por que Taiwan coloca China e Estados Unidos em pé de guerra
Visita de Nancy Pelosi a Taiwan acirra tensões entre Estados Unidos e China em meio a disputa por hegemonia global
No boca a boca, ‘Top Gun: Maverick’ mantém bilheterias multimilionárias mais de dois meses depois do lançamento
A sequência de ‘Top Gun: Asses Indomáveis’ calou os críticos com um arroz com feijão bem feito e segue batendo recordes depois de 10 semanas em cartaz