O presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou uma quarentena obrigatória a partir da madrugada desta sexta-feira (20) em todo o país, num esforço para impedir a disseminação do novo coronavírus. A quarentena deve durar até 31 de março.
Os argentinos poderão sair de suas casas para comprar bens básicos, como alimentos e remédios, que serão controlados pelas forças de segurança. Alguns trabalhadores de setores essenciais também poderão se deslocar.
A Argentina já tinha fechado suas fronteiras por 15 dias e suspendeu voos vindos de países altamente atingidos pela pandemia. Até essa quinta-feira (19) , a Argentina havia registrado 128 casos, com três mortes.
Política monetária
O Banco Central da República Argentina (BCRA) anunciou uma série de medidas para tentar conter o impacto econômico gerado no setor produtivo do país pela pandemia de coronavírus.
Entre as ações, está a liberação para que entidades financeiras possam oferecer uma linha de crédito especial para micro, pequenas e médias empresas, a uma taxa máxima anual de 24%.
"Para aumentar a capacidade de empréstimo, o BCRA estabeleceu que as entidades devem se desfazer de sua posição nas Letras de Liquidez (Leliq)", diz um comunicado da instituição.
"Essas medidas são destinadas, principalmente, para que o sistema financeiro possa dar mais apoio às empresas e aos indivíduos", acrescenta o BCRA.
Além disso, as exigências de reservas compulsórias para as entidades financeiras que realizarem os empréstimos serão reduzidas. "Esses empréstimos visam especialmente ao financiamento do capital de giro das empresas", explica a autoridade monetária argentina.
Segundo o BCRA, as ações como um todo geram um volume de crédito em mais de 50% do financiamento bancário atual no país.
*Agência de notícias britânica, Estadão Conteúdo e Agência Brasil